Presidente da Liga do Nordeste, Eduardo Rocha, afirmou ao Diario de Pernambuco que deve apresentar proposta na próxima semana a clubes e CBF
Volta aos jogos, tendo os estádios da Região Metropolitana do Recife como sede única e intervalo de até 48 horas entre uma partida e outra, para encerrar a realização da edição 2020 da Copa do Nordeste. Esse foi o cenário desenhado pelo presidente da Liga do Nordeste, Eduardo Rocha, em entrevista cedida ao portal Globoesporte.com. Proposta que, segundo o gestor, deve ser apresentada com brevidade na próxima semana aos clubes participantes da competição.
"Vamos apresentar (a proposta) dentro da brevidade que o cenário requer. Acredito que na próxima semana, com tudo formatado apresentando os prós e os contras, deixando bem claro que por nós queríamos e queremos disputar a competição do mesmo jeito em que ela estava pré-determinada, com jogos de ida e volta, normalmente, todos com portões abertos para torcida. Claro que seria um sonho para todo mundo, mas é possível? Imagino que, com esse quadro atual em que vivemos, não", explicou Eduardo Rocha, à reportagem do Diario de Pernambuco.
O presidente da Liga do Nordeste ainda reforça que a ideia precisa ser aprovada pelos clubes participantes da Copa do Nordeste, assim como pela própria CBF, responsável pela realização da Copa do Nordeste. "Não é que a proposta seja exclusivamente essa, mas a direção da Liga do Nordeste tem que buscar alternativas. Quem vai definir isso é a CBF, afinal o campeonato é da CBF", apontou.
"Mas nós não somos obrigados a não ter uma opinião. Não podemos nos furtar de ouvir os clubes. Quem decide a proposta que será apresentada à CBF são os clubes. A Liga vai dizer 'temos essa proposta. Algum clube tem outra proposta? Tem. Então decide-se a vencedora, se é a A ou a B'. E Aí se encaminha para a CBF", completou.
Ainda sobre as devidas recomendações necessárias para garantir a saúde dos atletas e evitar a contaminação por Covid-19, Eduardo Rocha também atribui à CBF o papel de adotar ou não o modelo apresentado pela Federação Catarinense de Futebol, com uma série de medidas a serem tomadas como protocolo de saúde.
"Tudo isso quem vai dizer é a CBF, não somos nós. Deverá haver um manual da CBF que vai tomar todas as precauções que estão tomando, como exames em todos os atletas e todas as comissões técnicas da Séries A e B. Se protocola, evidentemente que a CBF que vai auditar. Estamos apenas dando sugestões, como até o próprio torcedor também pode dar a sua sugestão", aponta, antes de criticar arbitrariedade no processo da discussão sobre a volta do futebol no país.
"Estou sendo muito democrata e acho que as pessoas também deveriam ser. Mas tem gente que não é. Acham que só quem pode mandar é quem ocupa o cargo, mas às vezes quem está no cargo manda por força do cargo. Às vezes entende menos do que quem não está", concluiu.
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