William Shakespeare imortalizou-se quando tornou a cidade de Verona o palco das desavenças entre Capuletos e Montéquios, criando o arquétipo da rivalidade entre famílias vizinhas e rivais. Na bela Lisboa, quatro séculos depois, duas famílias iguais em nobreza, impulsionadas por antigas divergências, fizeram com que entre si se desecandeassem novas discórdias, abrindo espaço para a mais famosa das rivalidades portuguesas...
Não sendo uma história de amor como Romeu e Julieta, o "Benfica x
Sporting" apaixona o país e divide
Portugal desde os tempos dos Reis, pintando de verde e vermelho o país que em tempos ía de Valença do Minho a Timor. É um clássico português do século XX, em todas as suas tristezas e glórias, que o zerozero.pt lhe apresenta hoje em três actos:
Que seria da história leonina sem o 7x1? Cada golo nessa tarde não terá válido tanto como um campeonato? E por outro lado, haverá nas últimas décadas campeonato mais saboroso para o comum adepto benfiquista, do que aquele arrancado às mãos do rival, com um 3x6 no antigo Estádio José
Alvalade, humilhando um rival que não havia maneira de quebrar o jejum e ser campeão?
qA rivalidade entre os dois vizinhos e rivais faz parte do ADN de ambos os clubes
A rivalidade entre os dois vizinhos e rivais faz parte do ADN de ambos os clubes. Lagartos e lampiões, como são conhecidos do outro lado da barricada, não gostam definitivamente uns dos outros, vibram com as desventuras dos rivais e sonham em vencer outro, e por quanto mais, melhor!
É uma relação de ódio-ódio (o amor aqui não tem lugar), onde contudo perdura um profundo respeito. Os adeptos referem-se ao jogo como "o dérbi dos derbies" e enfurecem os adeptos portistas quando colocam o "dérbi" (assim mesmo, sem adjectivos, o
Sporting x
Benfica, é simplesmente o dérbi) acima de todos os jogos.
E em abono da verdade é preciso reconhecer que como mais nenhum jogo em
Portugal, a história do dérbi é profícua em grandes momentos. Todos lembram os quatro golos de Manuel Fernandes, o hattrick de João Vieira Pinto, Azevedo a defender de braço ao peito e a garantir uma vitória leonina por 1x3 em casa do rival, ou um em tempos famosíssimo 7x2 para os encarnados, com Peyoroteo a ser o autor do último golo, numa partida onde se assistiu a uma "interminável" sequência de nove golos nos últimos 40 minutos...
A lista de momentos marcantes é longa e discutível, e como em tudo nesta vida, o bom adepto puxará sempre a brasa à sua sardinha, escolhendo o seu herói, o seu golo e a sua vitória. A lista de jogos que cimentaram esta rivalidade é tão longa que há capítulos para todos os gostos.
A verdade é que talvez nunca como nos últimos anos, essa rivalidade entre os adeptos seja tão evidente, ao contrário do que curiosamente acontece entre as direcções e os jogadores dos dois clubes. Em épocas de "vacas magras" e enquanto a Norte há um papão que "come tudo", sportinguistas e benfiquistas agarraram-se a pequenas vitórias sobre o rival e tornam a rivalidade mais viva.
Se as duas últimas épocas foram humilhantes para os leões, constantemente derrotados pelos benfiquistas e arredados da luta pelos principais troféus, nos quatro anos anteriores tinham sido os benfiquistas a penar no 3º e 4º lugar ficando longe do
Sporting e dos títulos (do
FC Porto).
Muitos no seio de ambos os clubes, acham que é precisamente aí que reside o problema dos
dois grandes da segunda circular... As lutas
Sporting x
Benfica e as «vitórias de Pirro» servem para camuflar uma mútua incapacidade de lutar com o
FC Porto pela hegemonia nacional...
Não será de espantar que a época 2011/12, com um
Benfica ainda mais forte e um
Sporting renascido, deixe os adeptos das duas equipas a sonhar com vitórias e a ultrapassagem ao
FC Porto...
A história dos dois maiores clubes de Lisboa, foi durante décadas a história dos dois maiores clubes portugueses. O
FC Porto discordou e deu a volta a esse texto, mas hoje não é dia de falar do
FC Porto, os dragões que nos perdoem, mas hoje os holofotes estão sobre a águia imperial e o leão rampante...
Esta é a história de uma rivalidade ancestral, longe de ser trágica - mas com as suas vítimas - é a história de uma epopeia com lágrimas, suor e sangue, vitórias e derrotas, história e estórias, e a eterna procura da glória.
Tudo começou quando o
Benfica ainda não se chamava
Benfica e o
Sporting, clube da elite lisboeta, lançou o repto aos melhores jogadores do Sport Lisboa, para estes se mudarem para o Campo Grande, para um clube com outras capacidades e dimensões. Oito "footballers" do Sport Lisboa passaram a vestir de verde-e-branco e por muito pouco o futuro
Benfica não deixava de existir.
O primeiro jogo teve todos os ingredientes de um clássico. Senhores bem vestidos de casaco comprido, cabelos alinhados, bigodes aparados e a mais fina flor lisboeta sentada nas bancadas de madeira a ver vinte e dois jovens a correr atrás de uma bola.
Os leões marcaram primeiro, por Cândido Rodrigues - um dos que tinham desertado. Depois Corga restabeleceu o empate e tudo corria bem quando a chuva apareceu em grande força e os aristocratas leoninos resolveram abandonar o campo, enquanto os do Sport Lisboa resistiam impávidos e serenos à chuva.
Foi preciso negociar o regresso verde-e-branco ao relvado, e os leões que nem queriam assim tanto jogar, acabaram por vencer a partida com um autogolo de Cosme Damião, o fundador do
Benfica... 2x1 para o
Sporting, os leões saíam na frente, após esta invernosa estreia à chuva.
Já diz o adágio que boda molhada é boda abençoada, e estes dois companheiros de aventuras e desventuras parecem ter uma especial predilecção para se encontrarem à chuva, mas adiante...
Quase 58 anos depois, num novo dia de chuva, uma chuva de golos fez história. Lourenço, marcou quatro golos em pleno Estádio da
Luz, contra o
Benfica de Eusébio e companhia, entrando para a história do dérbi. A vitória foi de tal maneira épica e marcante, que havia quem jurasse que o
Sporting nunca mais voltaria a ganhar de forma tão clara em casa do rival. Verdade ou mentira, previsão ou maldição, a verdade é que o
Sporting só voltaria a vencer na
Luz em 1986, na penúltima jornada, ajudando a desviar o Campeonato para o norte, onde o
FC Porto aproveitaria de tal maneira a benesse leonina, que no ano seguinte seria Campeão Europeu. Mas já chega de falar do
FC Porto...
Outro momento marcante no álbum de ouro do dérbi teve lugar no antigo José de
Alvalade, no último Domingo de Março de 1974. Mais de 70 mil espectadores deslocaram-se ao recinto leonino, entre eles o Presidente do Conselho Marcello Caetano, que foi ovacionado em pé pela multidão, antes do jogo. O último acto público das grandes figuras do Estado Novo antes da Revolução dos Cravos, semanas depois...
Um
Sporting que venceu tudo nessa época (menos a Taça das Taças, onde só caiu na meia-final) e apesar dos dois golos de Yazalde, foi vencido e convencido por um super
Benfica que venceu por um claro 3x5 com golos de Nené (2), Jordão, Humberto Coelho e Vítor Martins.
Quatro anos antes no Jamor (outro palco épico do dérbi) os leões venceram com golos de Dinis, Nélson Fernandes e Chico Faria (2), contra o único golo benfiquista, obra do inevitável Eusébio, conquistando a Taça, num resultado bem diferente daquele obtido em 1952, quando os dois clube se encontraram na final da Taça mais empolgante de sempre: houve espectáculo, nove golos, quatro reviravoltas no marcador, três grandes penalidades e um hattrick do avançado Rogério "Pipi", o herói que apontou um golo aos noventa minutos que selou o resultado final de 5x4.
Já em 1948 outro jogo tinha ficado no imaginário de águias e leões. O
Benfica havia vencido na 1ª volta em casa do
Sporting por 1x3, quando bem perto do final do campeonato comandava com dois pontos de avanço. Os leões visitavam o reduto das águias cientes da dificuldade, dado que a somar aos dois pontos de atraso e à derrota em casa, juntava-se uma pior diferença de golos que os rivais.
As contas do título eram fáceis de fazer: ou o
Sporting vencia por três ou mais golos de diferença ou dizia adeus ao título. Mas para os
cinco violinos não havia impossíveis e
Peyroteo fez quatro golos (contra um dos benfiquistas) e o
Sporting festejou o campeonato, que passou para a história como o "campeonato do pirolito".
O pirolito era nesses tempos cinzentos em que não havia muitas opções de escolha no que concerne a refrigerantes e sumos engarrafados em
Portugal, já para não falar da coca-cola proíbida por Salazar, uma bebida gasosa famosa que encantava miúdos e graúdos. A caracteristíca mais importante da bebida é que a tampa não era uma vulgar carica e sim um berlinde, "um pirolito".
Um pirolito, um berlinde, uma pequena bola... e dado que foi pela diferença de uma singela bola que atravessou a linha de golo que o
Sporting foi campeão, os benfiquistas não demoraram muito a apodar o feito leonino de "campeonato do pirolito", e o nome pegou.
Se houve campeonatos que ganharam nomes, também houve jogadores que ganharam nova alcunha após um dérbi. Figueiredo, aliás, o Altafini de Cernache, ganhou direito a usar o nome do avançado do AC
Milan, porque apontara dois golos ao
Benfica, pouco tempo depois dos encarnados perderem a final da Taça dos Campeões de 1963 (1x2), por culpa dos dois golos do avançado italo-brasileiro.
Anos mais tarde Luisão, o defesa encarnado ganharia a alcunha de "domador de leões" pelos golos decisivos que marcou ao rival. João Vieira Pinto tornou-se o menino de ouro depois do 3x6 e Manuel Fernandes será sempre o Manel dos sete-a-um. Liedson, com quem muitos benfiquistas ainda terão pesadelos, além de levezinho, era chamado de SLB, Só Liedson Basta...
Mas talvez a mais famosa das alcunhas tenha sido atribuída a Vítor Damas, o "Eusébio" das balizas, o guarda-redes era de tal maneira preponderante nos derbies, que numa célebre derrota por 5x1 na
Luz foi considerado o melhor jogador em campo, tanto por benfiquistas, como por sportinguistas, mesmo depois de Artur Jorge fazer um hattrick. Era um
Sporting campeão em título e que no ano anterior tinha vulgarizado o
Benfica, que ainda para mais não conhecia o sabor da derrota há 30 jogos, mas Eusébio, Nené e Artur Jorge não estavam pelos ajustes e humilharam os vizinhos, fazendo-os pagar com juros o avanço pontual com que os leões tinham vencido o campeonato de 1970. E como dizia o defesa direito Pedro Gomes "quando perdemos 5x1 e o melhor jogador em campo foi o nosso guarda-redes, não há muito a dizer..."
Outra goleada famosa foi o 5x0 com que o
Benfica eliminou o
Sporting da Taça em 1986. Dia de chuva (mais um...) e os leões que nem baratas tontas a ver o
Benfica, vaga após vaga, derrubar o muro defensivo leonino. A vingança, artifício comum nos grandes clássicos da literatura, também tem o seu lugar no dérbi. Meio ano depois dos cinco golos encaixados na luz, o
Benfica conheceria aquela que seria a sua mais humilhante derrota da história, até uma certa noite de má memória na Galiza...
A 14 de Dezembro de 1986, a chuva caía (mais uma vez!) massacrando o relvado do velhinho José
Alvalade. Ao espectador mais atento parecia ser mais um dérbi, como tantos outros, ao intervalo o
Sporting vencia por 1X0, sem ter feito muito pela vida. Na segunda parte Manuel Fernandes faz o 2X0, mas longe estaria de pensar numa goleada quando Wando reduziu para 2x1. Depois veio a chuva de golos sportinguistas, um dilúvio que inundou a baliza de Silvino (que jurou nunca mais voltar a equipar de azul!).
Não foram quatro ou cinco (que, convenhamos, já seria resultado de monta), foram sete os golos que entraram na baliza encarnada, quatro deles da autoria do capitão Manuel Fernandes, que entrou para a história do dérbi e guardou para sempre a bola do jogo como se fosse o maior tesouro do mundo.
João Vieira Pinto representou os dois eternos rivais de Lisboa
Anos depois João Vieira Pinto (JVP) liderou a armada benfiquista num principio de noite em Maio de 1994.
Escusado será lembrar que chovia, no dia em que o menino de ouro fez a sua mais inesquecível serenata à chuva. Os leões sonhavam quebrar o jejum no campeonato e cedo marcaram por intermédio de Cadete, incendiando as bancadas que pulavam de euforia.
JVP tinha outros planos e marcou um, dois, três golos e iniciou a hecatombe sportinguista.
Carlos Queirós, errou o plano de emergência e tomou uma das decisões mais polémicas da sua carreira, quando tirou Paulo Torres (o defesa esquerdo) e o
Benfica passeou para a maior goleada de sempre em casa do rival. 3-6, uma goleada à chuva, como calha bem nestas coisas do
Sporting x
Benfica...
Polémicas decisões de treinadores houve muitas, assim como arbitragens. Lucílio Baptista que o diga depois de se ver obrigado a ir à televisão para explicar a grande penalidade que marcou contra o
Sporting numa célebre final da Taça da Liga.
Mas quem são os árbitros se nem Deus não consegue ficar fora das polémicas? A história é simples de contar... nos anos trinta e quarenta o
Benfica tinha em Espírito Santo o seu avançado goleador. A sua fama era tal que rivalizava inclusive com o grande
Peyroteo. Pelo sim pelo não, os sportinguistas rezavam sempre em nome do Pai, do Filho e do
Peyroteo, porque o Espírito Santo era do
Benfica...
A rivalidade era tão intensa e tão duradoura que com o correr dos anos os velhos rivais descuraram os seus papéis enquanto se desgastavam em casos como o que levou
Futre para o
Benfica com a RTP pelo meio, ou como Sousa Cintra foi à
Luz roubar de uma assentada Paulo Sousa e Pacheco debaixo das barbas de Jorge de Brito.
Se em 1986 os leões já tinham estragado a festa benfiquista, em 2000 foi a vez da vingança, servida fria como convém, e claro que tudo tinha de acontecer em mais um dia de chuva sem fim, quando o
Sporting, que tentava pôr cobro a 18 anos de jejum, recebeu o
Benfica em
Alvalade na penúltima jornada do campeonato, ciente que uma vitória dava automaticamente o título de campeão.
No estádio cheio, não caberia nem um ovo. Com o passar dos minutos e o teimoso zero zero a persistir, a euforia leonina foi dando lugar à desilusão a cada nova oportunidade perdida, a cada novo livre de André Cruz que não entrava...
qOs leões tiveram de esperar mais uma semana para festejar o seu campeonato, mas afinal de contas, o que é isso comparado com uma espera de 18 anos?
Mesmo no fim, o egípcio Sabry apontou magistralmente o livre que deu colo, e deixou o estádio, e muita gente fora dele, a chorar. Os leões tiveram que esperar mais uma semana para festejar o seu campeonato, mas afinal de contas, o que é isso comparado com uma espera de 18 anos?
Dois anos depois, um "remake" com os mesmos actores. Um
Sporting toldado pelo medo de ser feliz empatou 1x1 com o eterno rival que se arrastava pelo quarto lugar..
Só uma semana depois, é que seria o
Benfica, com um golo de Mantorras, a derrotar o
Boavista e a entregar o título de bandeja ao grande rival.
Entretanto, aquele que juramos não mencionar mais o nome neste texto, passou a perna aos rivais e conquistou o país e a Europa. O "centro de poder" deslocou-se para norte de tal maneira, que só onze anos depois da noite de ouro de JVP voltou a haver um
Benfica x
Sporting decisivo para o título.
Luisão disputa a bola com Ricardo ©Isabel Cutileiro
Em Maio de 2005 vivia-se o dérbi dos dérbis. A uma jornada do fim os leões seguiam em primeiro, bastando apenas um empate para segurarem a liderança e ficarem muito próximo de conquistar o título. O
Benfica seguia no encalço e uma vitória benfiquista dava a liderança aos encarnados e acabava com as possibilidades leoninas em relação ao título.
O
Sporting de Peseiro controlou o seu jogo, abdicando do seu futebol mais ofensivo, enquanto o
Benfica carregava sem conseguir furar a defesa verde-e-branca, até que aos 83 minutos, Luisão saltou mais alto que Ricardo e cabeceou para o 1-0. O
Benfica seria campeão e o
Sporting começava a sua semana horribilis, perdendo a final da Taça UEFA em casa na Quarta-feira, antes de perder o acesso à Liga dos Campeões no fim-de-semana seguinte, novamente em sua casa, com uma derrota com o Nacional (2x4).
E esta vitória benfiquista, a mais importande de toda a década, ocorreu precisamente entre duas derrotas pesadas às mãos do leão, já que um ano antes o
Benfica recebera o eterno rival pela primeira vez no novo Estádio da
Luz, com direito a fogo-de-artifício antes da partida e tudo. O
Sporting é que não foi um convidado muito simpático e venceu categoricamente por 1x3.
Já um ano depois da vitória com o golo solitário de Luisão, os leões voltaram a vencer por 1x3 em casa do rival, com o «Levezinho» a fazer das suas e o
Sporting a realizar uma das mais imponentes exibições de toda a história do "dérbi dos derbies", no
Benfica salvou-se o guarda-redes Moretto, responsável por evitar uma goleada de antologia.
Mas esta simpatia perante o anfitrião não é só apanágio leonino, em defesa dos leões devemos acrescentar que já o novo
Alvalade também fora inaugurado com um balde de água-fria, providenciado por Geovanni aos 87 minutos.
Além do campeonato, também a Taça é palco de grandes jogos e emoções. As últimas três vezes que os eternos rivais se encontraram em eliminatórias da competição a colheita de golos foi sempre de alto nível.
Numa chuvosa (...) noite de Janeiro de 2000 houve quatro golos na
Luz, três deles para o
Sporting com um Acosta endiabrado.
qCinco anos depois, águias e leões deram um espectáculo de sonho num empate a 3-3
Cinco anos depois, águias e leões deram um espectáculo de sonho num empate a 3-3 que terminou com a vitória encarnada no desempate através da marca de grandes penalidades, numa das duas novidade no grande jogo, tendo a outra sido o facto de não ter chovido em dia de clássico com resultado histórico, se bem que tivesse ameçado...
Em Abril de 2008 a festa tinha lugar marcado em
Alvalade, com o acesso à final em disputa. O
Benfica marcou dois golos na primeira parte por Nuno Gomes e Rui Costa (o jogador mais velho de sempre a marcar no dérbi) e tudo parecia resolvido. Tudo, até 25 minutos do final quando o jogo entrou no "Sporting x
Benfica mode" e terminou com mais um "inexplicável" 5x3 para os leões. Mais uma chuva de golos em mais um recital à chuva... Vendo bem as coisas, o dérbi até é bem previsível.