sábado, 2 de maio de 2020

"Ser campeão pode ser quase direito e forças não estão do lado do Porto"

António Oliveira afirma que "o FC Porto tem inimigos, não adversários, concentrados no Sul".



António Oliveira, antigo jogador do FC Porto, foi, esta sexta-feira, convidado do programa "FC Porto em Casa", no Porto Canal, juntamente com Teófilo Cubillas, onde apelou a Pinto da Costa que se mantenha vigilante após o regresso das competições desportivas.
O ex-internacional português recordou "esse Calabotes todos e a travessia" que o clube teve que fazer ao longo dos anos para reforçar que é necessário estar "atento o tudo o que acontece porque a história repete-se, mas só se não houver capacidade de a interromper".
"Os poderes estão novamente instalados, a força está novamente lá em baixo, na capital. Na Liga, na Federação, na Justiça, que é uma vergonha, não nos dá tranquilidade para saber que vamos ser tratados em igualdade. Assim se vê como está o país", atirou.

"O FC Porto tem de ser mais forte e interromper isto nem que vá para a Assembleia da República outra vez. É muito difícil baterem-nos porque criámos estas resistências na guerra, à chuva e ao sol. Não podemos perder este património, mas a raça não perdemos, porque vem da revolta", acrescentou.



Quanto ao retomar do campeonato nacional, António Oliveira assumiu o desejo de que "o FC Porto tenha sucesso, seja campeão e melhor do que todos os outros, por mérito", mas disse também esperar que "esta decisão não tenha sido tomada por interesses que não sejam de repor verdade, a justiça e a clareza".
"Ganhar um campeonato pode tornar-se quase um direito constitucional e as forças não estão do lado do Norte ou do Porto. Mesmo que digam que estão milhões em causa. O FC Porto tem inimigos, não adversários, concentrados no Sul. Não podemos dormir e devemos estar preparados para dar resposta a todos estes poderes que estão instalados no futebol português", rematou.

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