quarta-feira, 15 de abril de 2020

Jorge Andrade recorda treinos no FC Porto: "Era canela até ao pescoço!"

Antigo central garante que a competição era saudável.


Jorge Andrade marcou presença no programa 'FC Porto em casa' desta quinta-feira. O antigo internacional português recordou os anos que viveu no Dragão e falou sobre Chaínho, o outro convidado do programa. 


Chaínho como colega: "O Chaínho é aquele colega que todos os jogadores querem ter na equipa. Para veres como aparece vestido e o que traz debaixo do braço. O Chaínho levava revistas para o estágio e depois ficavam sem elas. O Chaínho era quem introduzia as novas tecnologias. Foi o primeiro a andar de computador debaixo de braço e passado uns tempos andávamos todos. O Chaínho é sempre aquela alegria. Ele e o Deco eram os meus padrinhos. Se eu espirrasse eles tinham que me limpar. Tinham de ir buscar a casa para jantar... Fizeram com que a integração ficasse mais fácil. O Hilário também era uma pessoa fora de série. Os mais novos eram sempre mimados pelos mais velhos. Isto fora de campo, dentro de campo davam-nos porrada. Era canela até ao pescoço! (risos) Era uma competição saudável!" 
Incidente com Deco em 2004: "Desde que me levanto até a dormir, há sempre uma pessoa a falar sobre isso! As pessoas não se lembram dos golos, lembram-se dessa cena [foi expulso depois de fingir ter pontapeado Deco no jogo FC Porto-Deportivo] e há sempre um atrevido! (risos) Foi uma situação que nos treinos fazia-se isso e não havia qualquer problema, mas no jogo não podia fazer. Acho que ali deveria ter sido mais prudente e não entrar em clima de treino. Faltava pouco tempo para o jogo acabar. Como ex-colegas pensava que o árbitro, depois de o ter feito sem pensar, poderia ter sido um pouco mais leve e dar um amarelo, que dava para jogar a 2.ª mão." 

Saída do FC Porto: "Alguém tinha que sair. Tinham contratato o Pedro Emanuel, Ricardo Silva, Ricardo Carvalho, Ricardo Costa e o Jorge Costa tinha voltado. O Pinto da Costa também soprou para eu ir embora (risos). Não levo a mal, foi bom para mim. Em termos salariais foi bom e não fui para longe de casa. Mal cheguei, o Deportivo ganhou a Supertaça e isso motivou-me muito. Fui me embora e acho que o meu caminho estava bem traçado. O FC Porto ensinou-me a ser uma pessoa que sabe caminhar sozinho." 

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