Os contratos de patrocínio do clube francês de futebol Paris Saint-Germain com várias empresas, associadas ao grupo do Qatar que detém o clube, foram “significativamente sobrevalorizados”, segundo uma investigação preliminar da UEFA, revelou hoje o Financial Times.
Segundo o jornal, que cita várias fontes próximas do processo, a Autoridade para o Controlo Financeiro dos Clubes (CFLI), que aplica as regras do ‘fair play’ financeiro da UEFA, nomeou a empresa independente Octagon para estimar os contratos entre o clube e empresas associadas, todas elas próximas do próprio estado do Qatar, que financia o Qatar Sports Investment.
Os contratos, no valor de 200 milhões de euros, terão sido “significativamente sobreavaliados”, noticiou o Financial Times, a partir de especialistas consultados na investigação preliminar.
Assim, o clube pode enfrentar sanções da UEFA, que estipula que um clube a participar nas competições europeias não pode apresentar um défice entre a receita e a despesa superior a 30 milhões de euros num espaço de três anos, mesmo sendo apoiado por um dono com vontade de investir no clube.
A UEFA abriu uma investigação ao campeão francês de futebol após as contratações do brasileiro Neymar, recrutado ao FC Barcelona por 222 milhões de euros, e do francês Kylian Mbappé, que chegou por empréstimo do Mónaco com uma cláusula de compra obrigatória a rondar os 180 milhões.
Em 2014, o clube já tinha sido sancionado por um contrato com o Turismo do Qatar, que a UEFA considerou sobrevalorizado, tendo tido que pagar uma multa e sofrido restrições nas inscrições de jogadores na Liga dos Campeões, entretanto levantadas.
Contactada pela agência noticiosa francesa AFP, a UEFA disse não comentar “quaisquer investigações em curso”, e o clube parisiense não se mostrou disponível para comentar o caso.
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