domingo, 31 de maio de 2020

Dirigente do Botafogo compara clube com uma Ferrari e abre o jogo sobre possíveis investidores

Carlos Augusto Montenegro revelou que existem conversas com algumas empresas


Membro do Comitê Executivo do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro tem sido peça importante nessa nova fase do clube. Em entrevista ao canal Hubstage, o dirigente abriu o jogo em relação a conversas com possíveis investidores e comparou a equipe com uma Ferrari atolada. 
"É como se tivéssemos uma Ferrari, a marca do Botafogo hoje no futebol brasileiro, um clube com uma história riquíssima, que mais cedeu jogadores à seleção brasileira, o clube de Mané Garrincha, uma Ferrari atolada num pântano. Não conseguimos pagar uma dívida de 1 bilhão de reais com 6, 7 milhões que às vezes sobram do custeio anual, isso é impagável. Se fosse uma outra empresa já teria fechado as portas", analisou.

Montenegro explicou que a situação financeira enfrentada pelo time carioca não é das mais simples. A opção por tornar o clube uma empresa, foi uma saída para pagar os débitos que o Glorioso tem e para voltar como uma equipe forte no cenário nacional e internacional.


"A gente resolveu procurar investidores para puxar através de um cabo essa Ferrari do pântano. Depois de tirar a Ferrari do pântano, vem outra fase. Nós estamos avançados, até da Argentina estão chegando propostas de pessoas, por exemplo, que têm empresas voltadas para a área de petróleo, que recebem em dólar e, de repente, o Brasil ficou barato para quem quer investir em dólar", disse.
O cartola ainda pontuou que o único meio para a sobrevivência do Fogão é a vinda de um investidor disposto a mudar o funcionamento do clube. Ele ainda disse o que poderia ser feito, caso não houvesse  interessados em investir alguns milhões no clube. 
"Se ninguém quiser (investir no clube-empresa), vamos para a recuperação judicial. Mas não é esse nosso plano. Já temos conversado com muita gente, não estamos encontrando obstáculos. Só verifico a sobrevivência do Botafogo com investidores novos entrando e, mais que isso, com uma mentalidade nova. Se o Botafogo amanhã vendesse jogadores e pagasse toda a dívida, por exemplo, eu continuaria querendo muito ser clube-empresa para não voltar a passar por isso e não depender de pessoas", afirmou.


Por fim, Carlos Augusto Montenegro ainda analisou o mundo financeiro dentro do futebol e voltou a realçar a sua vontade em transformar o Botafogo em uma empresa. Dentro de alguns exemplos, ele citou a função que os presidente de times exercem atualmente dentro da intituição.
"Ora você pode ter pessoas boas, bem intencionadas, profissionais e ora você pode ter amadores, como eu. O futebol é um negócio que movimenta milhões e eu não entendo o presidente não ser remunerado. O presidente resolve hoje da compra de papel higiênico à venda de um jogador por milhões, tudo passa por ele. Acredito numa empresa com acionistas cobrando de um comitê gestor tendo que produzir resultados", concluiu.

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