Membro do Comitê Executivo do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro tem sido peça importante nessa nova fase do clube. Em entrevista ao canal Hubstage, o dirigente abriu o jogo em relação a conversas com possíveis investidores e comparou a equipe com uma Ferrari atolada.
"É como se tivéssemos uma Ferrari, a marca do Botafogo hoje no futebol brasileiro, um clube com uma história riquíssima, que mais cedeu jogadores à seleção brasileira, o clube de Mané Garrincha, uma Ferrari atolada num pântano. Não conseguimos pagar uma dívida de 1 bilhão de reais com 6, 7 milhões que às vezes sobram do custeio anual, isso é impagável. Se fosse uma outra empresa já teria fechado as portas", analisou.
Montenegro explicou que a situação financeira enfrentada pelo time carioca não é das mais simples. A opção por tornar o clube uma empresa, foi uma saída para pagar os débitos que o Glorioso tem e para voltar como uma equipe forte no cenário nacional e internacional.
"A gente resolveu procurar investidores para puxar através de um cabo essa Ferrari do pântano. Depois de tirar a Ferrari do pântano, vem outra fase. Nós estamos avançados, até da Argentina estão chegando propostas de pessoas, por exemplo, que têm empresas voltadas para a área de petróleo, que recebem em dólar e, de repente, o Brasil ficou barato para quem quer investir em dólar", disse.
O cartola ainda pontuou que o único meio para a sobrevivência do Fogão é a vinda de um investidor disposto a mudar o funcionamento do clube. Ele ainda disse o que poderia ser feito, caso não houvesse interessados em investir alguns milhões no clube.
"Se ninguém quiser (investir no clube-empresa), vamos para a recuperação judicial. Mas não é esse nosso plano. Já temos conversado com muita gente, não estamos encontrando obstáculos. Só verifico a sobrevivência do Botafogo com investidores novos entrando e, mais que isso, com uma mentalidade nova. Se o Botafogo amanhã vendesse jogadores e pagasse toda a dívida, por exemplo, eu continuaria querendo muito ser clube-empresa para não voltar a passar por isso e não depender de pessoas", afirmou.
Por fim, Carlos Augusto Montenegro ainda analisou o mundo financeiro dentro do futebol e voltou a realçar a sua vontade em transformar o Botafogo em uma empresa. Dentro de alguns exemplos, ele citou a função que os presidente de times exercem atualmente dentro da intituição.
"Ora você pode ter pessoas boas, bem intencionadas, profissionais e ora você pode ter amadores, como eu. O futebol é um negócio que movimenta milhões e eu não entendo o presidente não ser remunerado. O presidente resolve hoje da compra de papel higiênico à venda de um jogador por milhões, tudo passa por ele. Acredito numa empresa com acionistas cobrando de um comitê gestor tendo que produzir resultados", concluiu.
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