Nesta semana, completou-se 60 anos da primeira partida da história da Libertadores, a principal competição de clubes da América do Sul.
O "embrião" do torneio, porém, aconteceu mais de uma década antes, e com o Vasco como primeiro campeão continental.
Em 1948, a cidade de Santiago recebeu o Campeonato Sul-Americano de Campeões. A ideia foi sugerida pelo Colo-Colo e recebeu o apoio do então presidente da Conmebol, o também chileno Luiz Valenzuela.
A capital do Chile foi a sede da competição, que aconteceu entre 11 de fevereiro e 17 de março de 1948. Todos os jogos aconteceram no Estádio Nacional no sistema de todos contra todos.
Dos sete participantes, quatro eram campeões nacionais (River Plate na Argentina, Colo-Colo no Chile, Nacional no Uruguai e Emelec no Equador), dois detinham títulos estadual/municipal (Vasco pelo Rio de Janeiro e Litoral por La Paz) e apenas o Deportivo Municipal entrou como vice de um país (Peru).
O River - chamado de "La Máquina" pela imprensa à época - era o favorito ao título e tinha como principal nome "só" Alfredo di Stéfano.
O "Expresso da Vitória" cruzmaltino comandado por Flávio Costa, no entanto, acabou arrebatando os corações da torcida chilena. Com quatro vitórias e um empate, enfrentaria o River Plate em seu último jogo e, se não perdesse, seria campeão.
Naquele 14 de março de 1948, o Vasco jogou com Barbosa; Augusto e Wilson (Rafagnelli); Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé), Friaça (Dimas), Ismael e Chico. O empate sem gols - apesar de um um gol mal anulado de Chico - deu o título sul-americano à equipe brasileira.
"A façanha do Vasco foi a maior jamais realizada por clube brasileiro. Nenhuma outra se lhe pode sequer comparar [...] por isso a conquista do título de campeão sul-americano dos campeões pertence tanto a ele quanto ao football brasileiro", escreveu Mario Filho no Jornal dos Sports.
"O Vasco, vencendo o torneiro de Santiago do Chile, nacionalizou a sua conquista. Pela primeira vez o futebol brasileiro ganhou um título no estrangeiro!", destacou o paulista Mundo Esportivo.
Geraldo Romualdo, enviado a Santiago pelo jornal O Globo, escreveu: "O Vasco da Gama encerrou afinal os seus compromissos nesse já famoso "torneio dos campeões", promovido pelo Colo-Colo. E encerrou da forma mais brilhante possível, correspondendo assim aos anseios gerais da torcida brasileira, sagrando-se campeão invicto do certame".
Ele destacou as atuações no jogo final do "príncipe" Danilo e de Wilson, que anulou o "perigo louro" Di Stéfano; Djalma, "um dínamo no ataque e defesa, simultaneamente, sem parar".
O repórter ainda fez um elogio ao River Plate: "Perdeu o título, mas soube perder como autêntico campeão. Após o jogo, todos os jogadores riverenses cumprimentaram os vascaínos, felicitando-os pela grande conquista".
A Agência France Press (AFP) também relatou o jogo diretamente do Chile e criticou o árbitro uruguaio Nobel Valentini por "incidentes desagradáveis" na segunda etapa e pela anulação "inexplicável e surpreendente" do gol de Chico.
Outro jornalista francês, Jacques Ferran (L'Èquipe), foi quem mais se encantou com o formato de disputa do Campeonato dos Campeões e levou a ideia para a Europa. A partir de seu relato, nasceu o embrião da Liga dos Campeões da Europa.
O Vasco voltaria a vencer um torneio continental, agora já chamado Copa Libertadores da América, em 1998.
Fonte: ESPN.com.br
O "embrião" do torneio, porém, aconteceu mais de uma década antes, e com o Vasco como primeiro campeão continental.
Em 1948, a cidade de Santiago recebeu o Campeonato Sul-Americano de Campeões. A ideia foi sugerida pelo Colo-Colo e recebeu o apoio do então presidente da Conmebol, o também chileno Luiz Valenzuela.
A capital do Chile foi a sede da competição, que aconteceu entre 11 de fevereiro e 17 de março de 1948. Todos os jogos aconteceram no Estádio Nacional no sistema de todos contra todos.
Dos sete participantes, quatro eram campeões nacionais (River Plate na Argentina, Colo-Colo no Chile, Nacional no Uruguai e Emelec no Equador), dois detinham títulos estadual/municipal (Vasco pelo Rio de Janeiro e Litoral por La Paz) e apenas o Deportivo Municipal entrou como vice de um país (Peru).
O River - chamado de "La Máquina" pela imprensa à época - era o favorito ao título e tinha como principal nome "só" Alfredo di Stéfano.
O "Expresso da Vitória" cruzmaltino comandado por Flávio Costa, no entanto, acabou arrebatando os corações da torcida chilena. Com quatro vitórias e um empate, enfrentaria o River Plate em seu último jogo e, se não perdesse, seria campeão.
Naquele 14 de março de 1948, o Vasco jogou com Barbosa; Augusto e Wilson (Rafagnelli); Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé), Friaça (Dimas), Ismael e Chico. O empate sem gols - apesar de um um gol mal anulado de Chico - deu o título sul-americano à equipe brasileira.
"A façanha do Vasco foi a maior jamais realizada por clube brasileiro. Nenhuma outra se lhe pode sequer comparar [...] por isso a conquista do título de campeão sul-americano dos campeões pertence tanto a ele quanto ao football brasileiro", escreveu Mario Filho no Jornal dos Sports.
"O Vasco, vencendo o torneiro de Santiago do Chile, nacionalizou a sua conquista. Pela primeira vez o futebol brasileiro ganhou um título no estrangeiro!", destacou o paulista Mundo Esportivo.
Geraldo Romualdo, enviado a Santiago pelo jornal O Globo, escreveu: "O Vasco da Gama encerrou afinal os seus compromissos nesse já famoso "torneio dos campeões", promovido pelo Colo-Colo. E encerrou da forma mais brilhante possível, correspondendo assim aos anseios gerais da torcida brasileira, sagrando-se campeão invicto do certame".
Ele destacou as atuações no jogo final do "príncipe" Danilo e de Wilson, que anulou o "perigo louro" Di Stéfano; Djalma, "um dínamo no ataque e defesa, simultaneamente, sem parar".
O repórter ainda fez um elogio ao River Plate: "Perdeu o título, mas soube perder como autêntico campeão. Após o jogo, todos os jogadores riverenses cumprimentaram os vascaínos, felicitando-os pela grande conquista".
A Agência France Press (AFP) também relatou o jogo diretamente do Chile e criticou o árbitro uruguaio Nobel Valentini por "incidentes desagradáveis" na segunda etapa e pela anulação "inexplicável e surpreendente" do gol de Chico.
Outro jornalista francês, Jacques Ferran (L'Èquipe), foi quem mais se encantou com o formato de disputa do Campeonato dos Campeões e levou a ideia para a Europa. A partir de seu relato, nasceu o embrião da Liga dos Campeões da Europa.
O Vasco voltaria a vencer um torneio continental, agora já chamado Copa Libertadores da América, em 1998.
Fonte: ESPN.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário