"Todos têm vontade de jogar", referiu Pinto da Costa, contrariando assim às declarações do Presidente do Sindicato de Jogadores que ressalvava que os jogadores não queriam jogar, por estarem preocupados com a saúde das suas famílias.
Liga e Federação Portuguesa de Futebol têm a intenção de retomar o regresso das competições nacionais em junho, embora ainda não haja um consenso relativamente à localização dos respetivos encontros (recorde-se que a FPF propôs para que as dez jornadas que faltam se realizassem numa só região do país).
Entretanto Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores, colocou várias reticências, no regresso das competições, o que mereceu um reparo do presidente do FC Porto, em declarações ao diário O Jogo.
“O senhor Joaquim Evangelista defendeu que o campeonato não devia ser retomado e que os jogadores não queriam jogar, por estarem preocupados com a saúde das suas famílias. Tudo o que sejam opiniões do senhor Evangelista eu não discuto porque ele tem o direito a tê-las, mas não pode dizer aquilo. Falei pessoalmente com os nossos capitães e todos querem jogar”, começou por dizer Pinto da Costa, que já esteve à conversa com outros presidentes da I Liga.
“Disseram-me o mesmo a respeito dos jogadores deles. Todos têm vontade de jogar, portanto, ele não pode afirmar uma coisa que não corresponde à verdade”, acrescentou Pinto da Costa.
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) referiu esta quinta-feira querer concluir as competições nacionais, nem que seja à porta fechada, e alertou para a necessidade de evitar aglomerações de adeptos junto dos estádios nesse cenário.
Através de uma reunião por videoconferência, o organismo, que rege as ligas profissionais, debateu com a Associação Portuguesa de Defesa dos Adeptos (APDA) os "diferentes cenários" relativamente à retoma das competições, salientando "as razões da importância da conclusão da época desportiva ainda que [impliquem] condicionalismos como sejam a realização de jogos à porta fechada".
Ressalvando que essa decisão caberá às "autoridades governamentais e de saúde", a Liga alertou para "a necessidade de um trabalho conjunto entre as instituições para que, em caso de realização de jogos à porta fechada, se evitem aglomerações massivas de adeptos nas imediações e à porta dos estádios".
No comunicado divulgado, o organismo dá conta do apelo da APDA para que sejam solicitadas "condições especiais" junto dos operadores televisivos durante o eventual período de encontros sem público.
"A Liga Portugal registou todas as preocupações e propostas apresentadas pela APDA, comprometendo-se a levar as mesmas aos seus grupos de trabalho com os clubes, ficando desde já acordado que as duas instituições se manterão em contacto permanente sobre o desenvolvimento das diferentes matérias", pode ler-se na nota.
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