Números favoráveis permitem que os mineiros sonhem com volta aos treinos antes de outros estados; indisciplina social torna futuro conflitante
O torcedor mineiro claramente se mostra ansioso para, pelo menos, acompanhar seu time treinando no centro de treinamento. Na tentativa de prever quando vai chegar este momento, se faz necessário compreender os números e projeções do novo coronavírus em Minas Gerais. Vírus este que atormenta todo o mundo.
Antes disso, vale lembrar que por decorrência de uma incerteza ao retorno do calendário do futebol nacional, os times tiveram suas férias prolongadas até o fim de abril. No entanto, a tendência é de que se prolongue mais, sobretudo diante da informação dada pelo governo de Minas de um novo pico no próximo mês, maio.
Segundo o Secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, estudos apontam que haverá um novo pico de contágio do coronavírus previsto para o fim de maio, 27, quando aconteceria 4.200 alvos.
Aos americanos, atleticanos e cruzeirenses, restam esperar por atitudes da Federação Mineira de Futebol, além da Confederação Brasileira do Futebol, no seguimento do esporte no Brasil, mas, dentro de um cenário nacional que torna pessimista a ideia da queda de infectados, o combate exemplar em Minas – ilustrado em números - sinaliza esperanças de dias próximos do retorno em comparação a outros estados.
Antecipação aos treinamentos em Minas é possível?
Primeira capital a fechar o comércio por decorrência à pandemia - quando o decreto começou a valer a partir do dia 20 de abril -, Belo Horizonte está há pouco mais de um mês em isolamento social. O prefeito Alexandre Kalil afirmou da possibilidade de uma flexibilização do distanciamento na cidade, que, por consequência do competente trabalho exercido pela prefeitura, junto ao governo, pode também ser o ponto de partida dentre as capitais.
Em dados divulgados na última segunda-feira (22), Minas Gerais é o nono estado com menos infectados pela covid-19 – informações mostradas pelo programa “Combate ao Coronavírus”, da Rede Globo. Alguns que são adeptos do isolamento vertical, certamente justificam que o Brasil se trata de um ‘país continental’ e, portanto, seu amplo terreno requer uma análise heterogênea, delimitada em fronteiras de municípios. Em narrativa sintonizada a tal tese, Belo Horizonte é sexta capital com menos infectados por milhão de habitantes – 178 casos por milhão.
Os números, que são favoráveis em razão das medidas de isolamento adotadas pela prefeitura, permitem que os mineiros sonhem com retorno aos treinamentos antes de outras capitais. Para se ter uma ideia, o Estado de Minas noticiou que Belo Horizonte tem coronavírus desacelerado três vezes mais do que no Rio de Janeiro e São Paulos – ambas às capitais compartilham de sua mesma região (Sudeste).
O que esbarra?
O isolamento social foi sim crucial para que Belo Horizonte fique a frente de outras capitais. Sua expansão populacional torna maior o desafio e mais admirável o resultado, quando vem sendo bem encarado. Deve-se recordar, novamente, BH como sendo a primeira capital a fechar o comércio e sua imediata identificação aos primeiros casos.
A indisciplina social, isto é, o afrouxamento está acontecendo, e tende a ser o principal impasse para o prosseguimento de bons resultados: houve uma curva crescente de circulação na cidade nos últimos três fins de semanas. Tal fato, ameaçador aos bons números, se extinto, pode, sim, resultar a tal ponto de matar a saudade de América, Atlético-MG e Cruzeiro no dia a dia de maneira antecipada. Conforme declarou Alexandre Kalil, a ciência será a principal companheira na decisão de flexibilizar - raciocínio deve se repetir perante aos clubes.
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