"Se não tivesse a parada, dificilmente ele iria", diz dirigente do Ceará sobre saída de Enderson

Jorge Macedo conta bastidores do fim do ciclo do treinador no Porangabuçu e diz que paralisação no esporte contribuiu

A saída de Enderson Moreira para o Cruzeiro surpreendeu toda a diretoria do Ceará. Em entrevista ao Esportes O POVO em live no Instagram, o executivo de Futebol do Alvinegro, Jorge Macedo, contou os bastidores do fim do ciclo do treinador no Porangabuçu e disse que a paralisação no esporte devido à pandemia do coronavírus contribuiu para a decisão do técnico pela Raposa.

O dirigente, assim como o presidente Robinson de Castro já havia declarado publicamente, admitiu surpresa pela saída de Enderson e que o fator emocional pesou na negociação. Mas o desfecho poderia ter sido outro. "Acho que essa parada facilitou. Se não tivesse essa parada, dificilmente ele iria. Não iria nos largas no meio dos jogos decisivos e não iria pegar o Cruzeiro", afirmou Jorge Macedo.

Apesar da surpresa pela escolha do treinador, o profissional da diretoria alvinegro revelou que o clube já esperava por uma investida do Cruzeiro desde os rumores de demissão de Adílson Batista. Logo após a vitória sobre o Sport na Copa do Nordeste, por 2 a 1, o dirigente conferiu o resultado da partida do Cruzeiro, derrotado para o Coimbra no estadual.

"Eu disse: 'olha, eles vão vir pra cima do Enderson'. E culminou na chegada do Ricardo Drubscky (Diretor de Futebol do Cruzeiro), que é mentor do Enderson, o ajuda, foi diretor dele na base do Cruzeiro e no América-MG. Acho que isso fez com que Enderson acabasse indo, além de ser o clube da cidade dele, onde começou", comentou.

Segundo Jorge Macedo, Enderson contou a diretoria do Ceará que "devia muito" ao Cruzeiro pela projeção no início da carreira. "O lado emocional pesou muito, voltar para casa, clube da família dele, onde começou. E com a parada ele vai ganhar tempo para trabalhar", completou.