Meia Marco Antônio rejeita proposta para reduzir salário e confirma saída do Náutico

Jogador se mostrou triste com o fim da segunda passagem pelo Timbu e afirmou que irá torcer pela recuperação do clube "do fundo do coração"

Chegou ao fim nesta quinta-feira a segunda passagem do meio-campista Marco Antônio pelo Náutico. Principal jogador do elenco, o atleta de 32 anos foi chamado pela diretoria de futebol a fim de negociar uma redução salarial diante da crise financeira por que passa o clube. Casos que também acontecem com o atacante Anselmo e o volante Maylson. Marco Antônio, porém, já rejeitou a proposta alvirrubra e, assim, deixa os Aflitos após 26 jogos e cinco gols marcados em oito meses de Timbu. Segue o mesmo caminho do zagueiro Ewerton Páscoa, do lateral Giovanni e do atacante Dudu.

“A diretoria me procurou para termos uma readequação, me propuseram uma situação que ficou inviável e chegamos a um acordo amigável para minha saída. Não tem como permanecer como propuseram. Chegamos a um acordo de uma forma tranquila e eles vão entrar em contato com meus advogados para que resolvamos as coisas”, afirmou o meio-campista.

A diretoria alvirrubra precisará negociar uma série de pendências financeiras com o atleta. Estima-se que Marco Antônio não tenha recebido nenhum salário do clube este ano e, de quebra, ainda tem algo a receber da temporada passada. A dívida do Náutico com o jogador passaria dos R$ 500 mil.

Marco Antônio ainda não sabe se ficará treinando no Náutico até o desfecho completo da situação, porém afirmou que já analisa algumas propostas de clubes da Série B. A sondagem recebida para defender o Fortaleza na Série C já foi completamente descartada. “Estou estudando ainda o meu futuro. Ainda tenho algo a dar ao futebol e vou colocar algumas coisas na balança antes de bater o martelo”, pontuou sobre o tema.

Marco Antônio diz que continua na torcida

Parte do elenco que conquistou o último título do Náutico, em 2004, Marco Antônio há muito mantém uma relação estreita com o torcedor alvirrubro. “Voltei feliz, adoro jogar aqui no Náutico, gosto muito da cidade, minha família se adaptou muito bem e é uma pena ter chegado ao fim desse jeito. Acho que o Náutico precisa de uma readequação e entrar nessa realidade diferente por tudo que o clube vive”, afirmou.

“Torço para que tudo possa dar certo do fundo coração. Eu disse ao Emerson (Barbosa, vice de futebol) que o caminho é a longo prazo mesmo e alguém precisava começar. E se for ele, ele tem meu respeito porque está fazendo da melhor forma. Quero ver o Náutico bem e não com essas notícias cada vez mais tristes. Espero notícias boas daqui para frente”, pontuou.

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