
autor ; Tiago Palma
Na 1.ª parte houve mais FC Porto, na segunda tudo se repartiu e no tempo extra só o Sporting quis o Jamor. Mas não é sobre a relva que o Sporting vence. Vence no banco. Pelo que Jesus fez e Sérgio não

O minuto era o 83. Fatigados estavam ambos. Sérgio resolve trocar Óliver por Reyes e “fechar” o jogo com um trinco mais. Antes já havia colocado Sérgio Oliveira e mantido Herrera no onze. O Sporting pouco atacava e, atacando, atacava mais pelo coração e pouco ou nada pela razão. Havia Marega no banco. E Marega na certa fecharia mais o jogo do que Reyes, desgastando o Sporting na defesa e impedindo-o de pisar o ataque. São escolhas. Sérgio escolheu a ratice. Tinha o apuramento no bolso. Mas enganou-se.
Dois minutos volvidos, e depois de um canto à direita, Marcano só tinha uma coisa a fazer, cortar, mas cortou mal, deixou a bola em Coates e o central fuzila, fazendo o primeiro do Sporting, empatando a contenda.
E agora? Sérgio havia esgotado as trocas. A manta era curta lá na frente. Restava Brahimi, exausto, Ricardo, idem, e Aboubakar, que entrou fresco mas foi “engolido” por Coates na marcação. Era tempo de rodar a bola, levar tudo até tempo extra e ver no que dá. Jesus, raposa velha, esperou pelo tempo extra. Quando mexeu, mexeu bem. Fez sair o exausto Dost e esticou o jogo com Doumbia, única opção de ataque que no banco havia ainda. Ou seja, fez com Doumbia o que Sérgio não fez com Marega: refrescou o seu ataque e impediria os portistas de atacar.
E o Sporting podia ter resolvido o jogo bem antes do desempate por penáltis. Gelson, ao minuto 95, e Bruno Fernandes, aos 103, desperdiçaram o que parecia uma inevitabilidade, ora rematando ao lado, ora permitindo que Casillas defendesse.
Recuemos. A primeira e a segunda partes, até chegar o golo de Coates, foram uma canseira. Não pelo que no relvado se correu, mas porque ninguém (Herrera e Gelson são exceções) tinha cabedal para o fazer. Os portistas controlavam o meio-campo (e a eliminatória) e o Sporting não chegava à grande área de Casillas com perigo. Aliás, a primeira terminou mesmo sem qualquer remate na direção das balizas. Na segunda, as chances nunca foram mais do que só fumaça. E só depois de sofrer o FC Porto reagiu. Foi a o minuto 87. Pontapé de canto na esquerda batido por Alex Telles, cabeceamento de Marcano à trave, recarga de Felipe também na trave e, no final de tanto azar, golo de Reyes. No entanto, o lance foi anulado porque Felipe estava adiantado quando fez a primeira recarga. Ufffff.
Voltamos aos penáltis. A história foi a mesma, ou quase, da Taça da Liga. O Sporting venceu. Mas nem foi preciso Patrício ou Casillas defenderem. Todos acertaram menos Marcano, logo na primeira tentativa. Montero não vacilou na última.
Taça de Portugal pela 4.ª vez, pela 3.ª equipa diferente:



voltam a eliminar os
numa meia-final nas grandes penalidades e marcam presença na final da
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