Sem poder ofensivo, Timbu, que precisava de uma vitória por quatro gols, incomodou pouco a Macaca e deixou de faturar premiação de R$ 2,4 milhões
O milagre não veio. E passou longe de acontecer. Com um futebol pobre e sem criatividade, o Náutico venceu a Ponte Preta por 1 a 0, na Arena de Pernambuco, mas está eliminado da Copa do Brasil. Isso porque, após perderem a ida por 3 a 0, em Campinas, os alvirrubros precisavam de um triunfo por quatro gols de vantagem. Assim, o Timbu, que já havia faturado R$ 4,3 milhões na competição em premiação, deixa de faturar mais R$ 2,4 milhões. Por outro lado, chega ao fim a sua maratona de jogos.
Isso porque, a partir de agora, o Náutico tem como única competição na temporada a Série C do Campeonato Brasileiro, com jogos semanais. O próximo desafio será no sábado, às 19h, contra o Botafogo-PB, em João Pessoa, pela segunda rodada, quando o Timbu tentará voltar a vencer após o título estadual. Em três jogos, dois empates (em casa) e uma derrota.
O jogo
Diante da missão de marcar pelo menos três gols para levar a decisão ao menos para os pênaltis, e sem contar com o atacante Ortigoza, que teve que ir ao Paraguai de última hora devido a um problema familiar, era esperado que o técnico Roberto Fernandes utilizasse o meia Wallace Pernambucano como centroavante, posição onde se tornou um dos artilheiros do time na temporada, com sete gols. Porém, o treinador alvirrubro preferiu manter o jogador em sua posição de origem, optando pelo prata da casa Tharcysio no comando de ataque. E o que se viu no primeiro tempo foi o Náutico longe de balançar as redes.
Com Wallace mais uma vez apagado na função de criação, o Timbu foi uma equipe burocrática, pobre e fácil de ser anulada. Com Tharcysio tendo uma atuação nula e os atacantes de lado, Robinho e Rafael Assis, improdutivos. Sobretudo o segundo, novamente abusando de dribles inúteis. Assim, o único chute em gol dos alvirrubros veio já aos 41 minutos, e em cobrança de falta. Wallace obrigou o goleiro Ivan fazer boa defesa. Foi só.
Assim, mesmo jogando com o conforto de poder perder por até dois gols de diferença, foram da Ponta as melhores oportunidades. Sem se sentir incomodado pelo Náutico, o time campineiro, melhor postado em campo, chegou pelo menos três vezes com perigo à meta de Bruno. Isso sem contar com um recuo do volante Wendel, que quase faz um gol contra do meio de campo. O goleiro timbu precisou recuar e dominar no peito, com dificuldade.
Segundo tempo
No retorno para a etapa final, Roberto Fernandes sacou Kevyn para a entrada de Gabriel Araújo, um lateral esquerdo com características mais ofensivas. Mas diante do buraco que o Náutico teria que sair, a mudança foi burocrática. Aos 12 minutos, Roberto Fernandes foi para o “tudo ou nada” com a saída de Wendel para a entrada do meia Júnior Timbó, deixando Negretti como único volante do time.
Porém, mesmo assim, a equipe só conseguiu ameaçar em lances de bola parada, com Gabriel Araújo em cobrança de falta ou Camutanga, após escanteio. E aos 37 minutos, em cobrança de pênalti, Júnior Timbó fez o gol de honra dos alvirrubros. Eliminação merecida.
Ficha do jogo
Náutico 1
Bruno; Thiago Ennes, Camutanga, Camacho e Kevyn (Gabriel Araújo); Negretti, Wendel (Júnior Timbó) e Wallace Pernambucano; Rafael Assis (Luiz Henrique), Tharcysio e Robinho. Técnico: Roberto Fernandes.
Ponte Preta 0
Ivan; Igor, Reynaldo, Renan Fonseca e Marciel; Nathan, Paulinho e Lucas Mineiro (Tiago Real); Felipe Saraiva (Júnior Santos), Orinho e Felippe Cardoso (Tony). Técnico: Doriva.
Local: Arena de Pernambuco
Árbitro: Alisson Sidnei Furtado (TO)
Assistentes: Fabio Pereira e Cipriano da Silva Sousa (ambos do TO)
Gol: Júnior Timbó (37 min do 2º)
Cartões amarelos: Thiago Ennes, Camutanga, Camacho, Júnior Timbó, Robinho, Negretti (N), Felipe Saraiva, Reynaldo, Paulinho (P)
Público: 1.347
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