segunda-feira, 27 de abril de 2020

Matheus Uribe faz manchete na mais recente edição da revista Dragões, já disponível em formato digital

O número 400 da revista Dragões é o primeiro, desde 1985, a ser totalmente produzido à distância. Por causa da pandemia do novo coronavírus, que obrigou à declaração do estado de emergência nacional, a redação da revista oficial do FC Porto deixou de estar reunida no Dragão Arena e, a partir de casa, construiu-se mais uma edição centenária.

O destaque de capa vai para Matheus Uribe. “Nunca duvidámos do que poderemos conseguir” disse o médio na entrevista que concedeu, por escrito, à publicação mensal do clube. Os conselhos de James Rodríguez e de Radamel Falcao “foram muito importantes para que eu decidisse vir para este clube”, conta o camisola 16, que confessou ter festejado a conquista da Liga Europa, em 2011, como se fosse sua, já que James, Falcao e Guarín equipavam de azul e branco nessa altura.

Uribe mostra-se a par da cultura do clube onde ingressou no passado verão: “O nível alto que existe no FC Porto deve-se principalmente ao profissionalismo e à qualidade dos jogadores, mas a exigência do mister faz-nos sempre dar 200%, porque ele não gosta nada que alguém não dê tudo que tem”. Os portistas venceram na Luz, em Alvalade e na receção ao Benfica e, para o colombiano, essas vitórias nos três clássicos demonstram “o nível e qualidade deste FC Porto”. 

O centrocampista, natural de Medellín, explica os esforços que a família teve de fazer, na década de 90, para que o jovem Matheus pudesse integrar os treinos de futebol nas escolas do Envigado. Aí, com 13 anos, conheceu James Rodríguez, que viria a ser fulcral na sua mudança para a Argentina, quando assinou contrato com o Deportivo Español. Convidado a revelar qual o treinador que mais o marcou, Uribe destacou quatro nomes: Pedro Sarmiento, Alberto Gamero, Reinaldo Rueda e o carismático Miguel Herrera, o último técnico que serviu antes de atravessar o Atlântico.

“Milhar Azul” revisita os primeiros 1000 dias de Sérgio Conceição enquanto treinador do FC Porto. O técnico, que chegou à Invicta com 16 anos, completou mil dias no comando técnico dos portistas em março e a revista celebra essa marca com os feitos conseguidos: os recordes e registos de figuras como José Maria Pedroto e Artur Jorge que Sérgio Conceição partilha e persegue, o regresso aos títulos e o reerguer de um campeão.

Os 50 golos do FC Porto na Liga NOS são dissecados ao pormenor na publicação. Com o futebol parado e os Dragões na liderança isolada, é tempo de rever as origens, os autores e os momentos em que a meia centena de golos portistas no campeonato 2019/20 surgiu. Das bombas solitárias de Alex Telles no Bessa e em cima da hora contra o Portimonense, da picadinha de Marega contra o racismo em Guimarães, da obra-prima de Tecatito Corona em Moreira de Cónegos ou o cabeceamento tardio, mas ganhador, de Marcano em Portimão, todos os golos entre agosto e março merecem destaque.

Por se tratar de um número redondo, e histórico, a Dragões abre a porta da galeria de ilustres dianteiros com passado azul e branco. Ao longo de 66 anos, quatro avançados tinham faturado em mais de dez jogos consecutivos como titulares. Com o golo que deu a volta à meia-final da Taça da Liga, Tiquinho Soares juntou-se ao grupo exclusivo em que tinham lugar Azumir, Gomes, Teixeira e Domingos.

Com todos os atletas do FC Porto em isolamento social nas suas residências, a edição de março da revista mostra como têm trabalhado os profissionais das mais diversas modalidades. “Mais vale só e bem acompanhado” explica como se processam os treinos domiciliários, quais os exercícios, as rotinas, a alimentação e a recuperação dos jogadores enquanto as suas equipas técnicas monitorizam cada sessão à distância. Com as declarações de elementos do departamento de saúde (médico, nutricionista e psicólogo) e dos próprios atletas, o Mar Azul pode espreitar por baixo do véu e compreender as novas rotinas dentro dos plantéis.

Há 35 anos era lançado o primeiro número da Dragões. No número 400, a revista recua três décadas e meia no tempo e mostra como era “O Mundo em que a Dragões nasceu”. No final da Guerra Fria, Ronald Reagan e Mikhail Gorbatchov eram os líderes dos Estados Unidos e da União Soviética, o FC Porto acabava de perder uma das suas maiores figuras – o Mestre José Maria Pedroto -, Portugal vivia num governo de bloco central e começava a nascer um mito chamado Ayrton Senna da Silva. 

A 25 de abril de 1985 cumpriu-se uma promessa eleitoral de Jorge Nuno Pinto da Costa aquando da campanha para o seu primeiro mandato ao comando dos destinos do FC Porto, três anos antes. Nascida a revista oficial do clube, para substituir o jornal O Porto, o Presidente deixava claro: o lançamento da nova publicação era “um passo importante na modernização e lançamento europeu do FC Porto”. 400 números depois, e com as promessas cumpridas, Pinto da Costa faz um balanço “extremamente positivo” de um projeto que deu “grande realce a acontecimentos importantes que muita imprensa desportiva ignorou”. “É uma forma de se continuar a escrever a história do FC Porto, dia a dia e mês a mês”. Palavra de Presidente.

Nas modalidades de pavilhão, os destaques vão para Carlo Di Benedetto, Pedro Pinto, Rui Silva e Rui Moreira. O hoquista francês conta que sempre sonhou vestir de azul e branco e que sente saudades do calor humano que “distingue este clube dos outros”. O base internacional português faz questão de deixar agradecimentos a todos os que têm combatido a Covid-19 e promete: “Vamos voltar mais fortes e unidos. Somos o FC Porto e isso diz tudo”. A completar cinco anos na Invicta, Rui Silva faz um balanço da epopeia dos Dragões na Europa do andebol, garantindo que não há nada que tire “a vontade de vencer” à equipa. Por sua vez, o técnico vencedor da fase regular do campeonato de voleibol feminino mostra-se “orgulhoso” do trajeto da AJM/FC Porto, equipa para quem “representar este clube implica jogar sempre para ganhar”.





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