Weigl vai integrar a lista de convocados do Benfica para a receção ao Aves, da 16.ª jornada da Liga NOS, marcada para esta sexta-feira (19h00), adiantou Bruno Lage em conferência de Imprensa, deixando ainda o alerta para um adversário em “contagem decrescente para somar pontos”.
Que CD Aves se espera, sendo o último classificado, mas tendo recentemente vencido o SC Braga e perdido pela margem mínima frente ao FC Porto e Sporting?
A alteração do treinador é muito recente, é certo que venceu o SC Braga e, na minha opinião, fez um jogo ainda melhor em Setúbal contra o Vitória, apesar de ter perdido. Acredito que seja uma equipa que esteja em evolução e tem de haver cautelas máximas da nossa parte. Primeiro, porque queremos fazer um grande jogo, vencê-lo, uma grande exibição, conquistar os três pontos; em segundo lugar porque sentimos que do outro lado está uma equipa determinada e a lutar pela vida, que está em contagem decrescente para somar pontos, perto de começar a segunda volta. Estão numa situação em que têm de conquistar pontos o mais rápido possível. Como tal, este tipo de situações é muito perigoso.
Conta com Weigl e com Rafa?
O Julian está convocado, o Rafa não.
O que correu mal para Raul de Tomas não ter singrado no Benfica?
A justificação é muito fácil. O que correu mal ao Vinícius para não ter singrado no Nápoles e no Mónaco? O que correu mal ao Seferovic para ter começado a faturar um ano e meio após ter entrado no Benfica? Há que olhar para estas questões. Por vezes estas situações acontecem. Quando falei dele há umas semanas disse para não desistir e continuar a trabalhar porque continuo a acreditar que o Raul de Tomas é um grande jogador e a prova disso é o facto de aparecer uma equipa a fazer esta proposta. Ao início não iríamos aceitar, mas quando se vê a vontade e a determinação do atleta em querer regressar ao seu país o mais rápido possível, de querer voltar a jogar na sua Liga e de querer voltar para perto dos seus, temos de avaliar as situações e foi isso que decidimos. O jogador teve sempre um grande apoio da estrutura, mas principalmente dos seus colegas que foram incansáveis e tudo fizeram para que ele tivesse a melhor adaptação possível.
Sente uma pressão acrescida para fazer resultar Weigl?
Não, a pressão é a mesma sobre fazer resultar o Vinícius ou o Florentino que é uma contratação da nossa Formação. A pressão é sempre máxima, agora, talvez, excesso de pressão de quem está fora – não de quem está dentro – condicione um pouco isto, esta adaptação. A minha pressão é fazer com que os meus jogadores treinem da melhor maneira, que a equipa jogue da melhor maneira e que consiga obter os melhores resultados, independentemente de terem custado 20 milhões de euros ou dois/três/quatro, como foi o caso do Chiquinho, ou terem custado o tempo que levou a formar o Florentino, o Gedson, o Tomas Tavares, o Ferro, o Rúben Dias, o Nuno Tavares, o David Tavares, o Jota, o Zlobin. A pressão é igual para toda a gente.
Está prevista a contratação de outro avançado?
Há que olhar para aquilo que é a nossa forma de trabalhar. Primeiro, olhamos para aquilo que é o nosso plantel e o nosso rendimento. Presidente, Rui Costa, Domingos Soares de Oliveira, Tiago Pinto e o treinador estão sempre em avaliação constante e depois temos enormes soluções para reforçar a nossa equipa. Olhar para aquilo que é o trabalho da nossa formação e depois aquilo que é a nossa perspetiva de mercado. Temos, como sabem, o scouting do futebol profissional a funcionar de uma forma fantástica. Foram eles que chegaram ao Raul de Tomas e ao Julian Weigl, e a partir daí é identificar esse tipo de jogadores que tenho dito. Para além da nossa formação e de olharmos para aquilo que é o nosso campeonato, há que analisar este tipo de jogadores no mercado. De um lado temos o Daniel dos Anjos e o Gonçalo Ramos a fazerem uma época fantástica e há que olhar também para fora e perceber como nos podemos reforçar ou não para essa posição.
Considera este Campeonato uma luta a dois?
No ano passado o Benfica estava fora da luta e fez a segunda volta que fez, portanto, é muito cedo para tirar conclusões. As minhas conclusões, neste momento, não vão para lá daquilo que é o jogo da minha equipa e a evolução que pretendo fazer com os meus jogadores. As outras análises poderemos fazer mais à frente, agora é prematuro.
Completou um ano desde o seu primeiro jogo como treinador da equipa principal do Benfica. Como foi viver por dentro um ano deste Benfica?
Foi de uma intensidade tremenda. Não só deste ano na equipa A, mas também aquilo que foi feito na equipa B. Aquilo que valorizamos mais neste meu regresso ao Benfica é olharmos para as pessoas. Este é o sinal mais forte deste Clube. O Benfica são as pessoas e as pessoas que trabalham dentro do Benfica também fazem parte do progresso. Vemos mais cabelos brancos na casa, começámos todos muito jovens, mas agora já temos mais cabelos brancos e vemos realmente que os projetos são sólidos. É o caso do Benfica Campus, como foi o caso da Benfica TV e agora, mais recentemente, a Benfica Play, que aproveito desde já para desejar a melhor sorte. O mais importante é sentirmos que o Benfica no seu todo é uma estrutura, um Clube e uma família muito sólida com uma grande margem de progressão para continuar a fazer o trabalho da melhor maneira.
Texto: Diogo Nascimento e Filipa Fernandes Garcia
Fotos: Cátia Luís / SL Benfica
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