domingo, 15 de abril de 2018

#Benfica #FC Porto: antevisão e onzes prováveis

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Quem faz «xeque» ao rival?


O MOMENTO


Benfica: a equipa de Rui Vitória vem de nove triunfos consecutivos, um ciclo que permitiu assumir a liderança da Liga na 28ª jornada. Em caso de vitória no clássico deste domingo dá um passo muito importante do penta inédito (na história do clube).
FC Porto: a formação orientada por Sérgio Conceição vem de um triunfo sobre o Desportivo das Aves, mas saiu derrotada das duas últimas deslocações (Paços de Ferreira e Belenenses), o que custou a liderança. O FC Porto continua a depender apenas de si para festejar o título, mas para tal tem de vencer na Luz.
AUSÊNCIAS
Benfica: Krovinovic. Jonas e Grimaldo em dúvida.
FC Porto: Danilo recupera de intervenção cirúrgica; Corona e Marega em dúvida
DISCURSO DIRETO
Rui Vitória: «Temos a noção que é um jogo importante para ambos. Carácter decisivo não coloco. Não tenho colocado em nenhum encontro. Não sabemos qual o jogo decisivo, como já tenho dito, e ao longo destes campeonatos tivemos essa prova. No final é que podemos olhar para aqui e para ali e podemos apontar este ou aquele jogo como decisivo. A luta pelo ponto é difícil. É um jogo importante mas não decisivo.»
Sérgio Conceição: «Estes jogos são preparados com o intuito de ganhar os três pontos. Ninguém tem estratégia para empatar. E depois o jogo dita aquilo que o adversário permite. Acho que vai ser um jogo bastante equilibrado, entre duas excelentes equipas. Preparámos o jogo não para ir buscar o ponto, mas sim os pontos.»
HISTÓRICO DE CONFRONTOS:
O Benfica já recebeu o FC Porto em 83 ocasiões, para o principal escalão, e venceu 42. A equipa azul e branca venceu 15, pelo que empates foram 26. O último duelo terminou com uma igualdade, de resto, e o Benfica não venceu nenhum dos três últimos.

ONZES PROVÁVEIS
Benfica
FC Porto




Benfica 🆚 Porto | 5⃣ duelos para desatar o “clássico”

O grande “clássico” entre Benfica e FC Porto está aí à porta. Este domingo, o líder recebe o segundo classificado, separados por apenas um ponto, numa partida transcendente para as contas finais da Liga NOS. Se os “encarnados” vencerem, o pentacampeonato ficará mais perto. Se os “dragões” levarem a melhor, recuperam a liderança que foi sua durante quase toda a temporada, fruto de uma carreira meritória e regular. Quem levará a melhor? O Benfica, que está a atravessar o melhor período da temporada, ou o FC Porto, mais regular durante mais tempo?

Ninguém sabe a resposta, mas podemos olhar para os números do desempenho das duas equipas até aqui, para ajudá-lo a formar um prognóstico. A análise colectiva cabe noutra peça, onde detectámos que a superioridade portista em diversos momentos do jogo se esbateu ao longo do campeonato, para se registar, agora, um equilíbrio estatístico assinalável. Por aqui vamos olhar para alguns duelos individuais por sectores, de jogadores que ocupam as mesmas posições e que esta temporada têm estado em destaque. Poderá passar por eles a decisão do “clássico”, pelo que olhamos para as forças e fraquezas de cada um em confronto directo. Cinco duelos que poderão decidir o futuro da Liga. E começamos pelas balizas.

O “rookie” e a lenda


GoalPoint-Bruno_Varela_2017_vs_Iker_Casillas_2017-infog
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  • Já muito se falou sobre Bruno Varela e Iker Casillas, sobre o peso de cada um nas suas equipas. A experiência do espanhol tem sido fundamental e o seu regresso à titularidade, após alguns meses preterido, parecia uma inevitabilidade. E foi o que aconteceu. O facto é que o “dragão”, com Iker na baliza (16 jogos), não sofreu golos em dez desafios. Bem melhor que as 11 “clean sheets” de Bruno Varela em 24 encontros.
  • O guardião português não consegue superar o espanhol nas principais variáveis, ficando atrás nas defesas por 90 minutos, na percentagem de remates enquadrados defendidos e na eficácia de saídas pelo ar (apesar de se equivaler no número destas acções), como pode conferir no comparativo acima.
  • Bruno Varela iguala Iker nas defesas a soco e saídas pelo solo eficazes, o que mostra algo curioso: se o espanhol era conhecido desde os tempos do Real Madrid por o seu ponto forte não ser as bolas pelo ar, o português consegue fazer pior.

Energia espanhola, perigo brasileiro


GoalPoint-Álex_Grimaldo_2017_vs_Alex_Telles_2017-infog
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  • Duas das coqueluches das equipas em confronto são os seus laterais-esquerdos. Ambos têm estado em bom plano esta temporada, com especial destaque para o portista Alex Telles. Já escasseiam adjectivos para descrever a temporada do brasileiro, que apresenta, nesta altura, um rating muito acima da média (6.78).
  • Telles arrasa Grimaldo (e toda a concorrência, diga-se) nas assistências, sendo o jogador com mais passes para golo na Liga (11). O portista é também imbatível nos passes para finalização, registando 3,3 a cada 90 minutos, para 1,4 do espanhol.
  • O benfiquista destaca-se noutros pormenores, como na eficácia de cruzamentosdribles eficazes (1,5 p/ 90m) e desarmes (2,6, para os 2,2 de Telles). Mas apesar desta maior preponderância defensiva, o “dragão” consegue mais intercepções por 90 minutos que a “águia”.
  • Quanto a golos, ambos equiparam-se, pois o brasileiro soma dois, para um do espanhol. Mas a diferença entre este futebolistas está mesmo na capacidade por portista em criar golos para os companheiros de equipa. Algo que os dois treinadores terão, certamente, em conta.
  • A aproximação à área

    GoalPoint-Pizzi_2017_vs_Sérgio_Oliveira_2017-infog
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    • A lesão de Danilo Pereira puxou Sérgio Oliveira para a ribalta portista. E o médio não tem desiludido, antes pelo contrário, sendo mesmo o Jogador do Mês de Fevereiro GoalPoint. A comparação de médios recai, desta feita, entre Pizzi e Sérgio, dois jogadores portugueses com influência decisiva nas suas formações. Com vantagem para o “dragão”.
    • Pizzi não dá grandes hipóteses ao seu adversário no que toca a assistências, chegando às seis, contra as duas do portista, mas Sérgio tem já três golos marcados, menos do que os cinco do benfiquista, porém conseguidos em menos de metade dos minutos em campo.
    • médio das “águias” assume muito mais o jogo, com 92,2 acções com bola por jogo, bem acima das 68,3 de Oliveira. E regista maior eficácia nos passes no meio-campo contrário (73%-69%). Características de um jogador de tendência bem mais ofensiva, enquanto o portista mostra-se mais completo.
    • Sérgio Oliveira tenta mais o remate que Pizzi, realiza o mesmo número de passes para finalização por 90 minutos, mas apresenta muito mais acções defensivas por 90 minutos (4,5) do que o jogador do Benfica (1,6), contribuindo bem mais para o equilíbrio da equipa. Números que poderão ter influência no “clássico”.

    Desequilíbrios na esquerda

    GoalPoint-Franco_Cervi_2017_vs_Yacine_Brahimi_2017-infog
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    • Mais uma vez, apesar do equilíbrio que já mostrámos existir em termos colectivos, o Porto apresenta um jogador com desempenhos superiores, em comparação com o jogador do Benfica mais utilizado na mesma posição. Falamos de Franco Cervi e Yacine Brahimi.
    • rating mostra-o, mas importa dizer que ambos estão a realizar excelentes temporadasBrahimi, claramente, pelos números anormais no que toca ao drible. O argelino tenta o gesto 8,9 vezes por cada 90 minutos, contra os 3,1 do argentino. E consegue-o com uma impressionante eficácia de 64%, para os 37% do benfiquista. Neste detalhe não dá hipóteses.
    • O “dragão” remata também mais, mas Cervi tem outras características em que é superior, nomeadamente nos passes para finalização (2,5 p/ 90m), nos cruzamentos de bola corrida (3,9 para 0,7). As diferenças entre ambos são notórias, com Cervi mais preocupado em servir os colegas mal possa e Brahimi a tentar sempre a jogada individual, para levar a bola bem perto da baliza.
    • Talvez por isso, o benfiquista some já oito assistências, apenas menos uma que Brahimi, mas em menos minutos jogados. Seja com que estilo for, a verdade é que estes são dois nomes a ter em conta como potenciais desequilibradores.

    Os homens de área

    GoalPoint-Jonas_2017_vs_Vincent_Aboubakar_2017-infog
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    • Golos são necessários. E esses terão uma probabilidade elevada de chegar de um destes dois jogadores, Jonas e Aboubakar (sendo que o melhor marcador do Porto, Marega, poderá ainda não ser opção, por lesão). O brasileiro soma 33 golos, o camaronês menos de metade, 15, ainda que em menos minutos. Aqui, quem mostra melhor desempenho é o benfiquista.
    • Um dos grandes jogadores deste campeonato, Jonas tenta o remate 5,0 vezes a cada 90 minutos, bem acima dos 3,5 de Aboubakar, número já de si apreciável. O “Pistolas” enquadra 66% dos disparos que realiza dentro da grande área. Talvez por isso a “águia” registe uma taxa de conversão de 25% para os 20% do “dragão”.
    • Desengane-se quem pensa que Jonas é só golo. O brasileiro realiza 1,7 passes para finalização por 90 minutos, acima dos 1,1 de Aboubakar, sendo por isso natural as seis assistências que acumula.
    • portista é um jogador diferente, mais de área e muito físico. Daí a vantagem que apresenta em relação ao Jonas nos duelos aéreos ofensivos ganhos, com 53% para os meros 35% do benfiquista.
    Cinco duelos individuais, que à primeira vista apontam para jogadores do Porto em melhor forma, mas que, como já referimos anteriormente, contrasta com o equilíbrio no desempenho colectivo. Domingo é hora de comprovar tudo isto e conferir de que forma as características de cada jogador poderá influenciar o desfecho do “clássico”… e quiçá do campeonato.

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