quinta-feira, 11 de maio de 2017

Rinaldo… 1966 poderia ter sido melhor



Colaboraram nesta edição Pedro Luiz Boscato e João Domingos Custódio.
Deixado de lado na convocação final para o mundial de 1966, quando estava em sua melhor forma jogando pelo Palmeiras, falamos hoje da trajetória de Rinaldo Luís Amorim, nascido na cidade de Jurema (PE), em 19 de fevereiro de 1941.
Sua carreira foi iniciada nas categorias amadoras do Santa Cruz de Recife e pouco tempo depois teve passagens pelo Auto Esporte e posteriormente pelo Treze de Campina Grande da Paraíba.
Mas foi jogando pelo Clube Náutico Capibaribe em 1960 que sua carreira decolou. Campeão pernambucano nas edições de 1960 e 1963, Rinaldo teve seu futebol notado e reconhecido pelas grandes equipes do eixo Rio-São Paulo.
Em grande fase no Palmeiras, Rinaldo lamentou ficar de fora da convocação final da Seleção Brasileira em 1966. Crédito: revista do Esporte número 391.
O Náutico em 1963. Em pé: Zequinha, Valdemar, Zé Luís, Evandro, Gilson Costa e Clóvis. Agachados: Nado, Bita, China, Ivan e Rinaldo. Crédito: site do Milton Neves.
Contratado pela Sociedade Esportiva Palmeiras em abril de 1964, sua estreia aconteceu na noite do dia 11 de abril no estádio do Pacaembu, em confronto vencido pelo Santos por 2×1.
Naquela oportunidade, o volante Dudu, contratado junto a Ferroviária de Araraquara, também fez sua primeira partida pela Academia alviverde.
Segundo o colaborador Pedro Luiz Boscato, presente no estádio do Pacaembu naquela noite, Rinaldo demonstrou muita personalidade na primeira bola que recebeu, quando arriscou um chute de longa distância e quase marcou do “meio da rua” no goleiro Gylmar.
Rinaldo marcou seu primeiro gol pelo time do Parque Antártica no triunfo sobre o São Paulo por 3×0, em partida realizada no dia 23 de abril de 1964.
Crédito: revista A Gazeta Esportiva Ilustrada.
Embora ponteiro esquerdo de origem, Rinaldo não se limitava apenas aos desconcertantes dribles nos laterais ou aos cruzamentos para o miolo da grande área.
Sempre que possível, Rinaldo entrava pelo meio e também marcava seus gols, o que coloca seu nome entre os 40 maiores artilheiros da história do Palmeiras.
Além de convocações para o selecionado paulista, Rinaldo também vestiu o uniforme da Seleção Brasileira em 11 oportunidades.
Foram 7 vitórias, 3 empates e uma única derrota, conforme os registros publicados no livro “Seleção Brasileira 90 anos”, dos autores Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf.
Servílio, Ademir da Guia e Rinaldo. Crédito: revista do Esporte número 319 – 1965.
Convocado para disputar a Copa das Nações em 1964, sua primeira participação na seleção aconteceu diante da Inglaterra. Ao lado de Pelé, Rinaldo foi o homem do jogo e marcou duas vezes na vitória pelo elástico placar de 5×1.
Em 7 de setembro de 1965, como parte das festividades da inauguração do estádio do Mineirão, o Brasil enfrentou o Uruguai em um amistoso.
Naquele dia, o time do Palmeiras representou o Brasil e venceu o encontro por 3×0, sendo que o primeiro tento da partida foi anotado por Rinaldo, em cobrança de penalidade máxima.
O ponteiro foi campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1965 e campeão paulista de 1966, quando novamente o Palmeiras interrompeu uma sequência de conquistas do Santos.
Gildo e Rinaldo. Crédito: revista do Esporte número 338 – 1965.
Dudu e Rinaldo. Crédito: revista do Esporte número 395.
Em 1966 Rinaldo integrou o grupo que se preparava para o mundial da Inglaterra. Carregado de esperanças, Rinaldo foi surpreendido com uma dispensa dolorosa.
Na convocação final, o técnico Vicente Feola optou pelo ponteiro Paraná do São Paulo, impedindo assim que Rinaldo fechasse o ano com uma merecida chave de ouro.
Rinaldo vestiu o uniforme do Palmeiras em 166 oportunidades, obtendo 96 vitórias, 35 empates, 35 derrotas e 61 gols marcados. Os números foram publicados pelo Almanaque do Palmeiras, de autoria de Celso Dario Unzelte e Mário Sérgio Venditti.
Campeão da Taça Brasil de 1967, seu último jogo pelo alviverde foi na vitória contra o São Paulo por 1×0, em 26 de maio de 1968.
Neste Palmeiras e Cruzeiro no estádio do Pacaembu, Rinaldo não deixa espaços para Tostão, enquanto Procópio, ao fundo, assiste ao duelo na meia cancha. Crédito: revista do Esporte número 487 – 1968.
Cedido por empréstimo ao Fluminense, Rinaldo retornou ao Palmeiras até ser negociado de forma definitiva com o Coritiba em junho de 1968.
Pelo “Coxa”, Rinaldo se apresentou bem e faturou o título paranaense de 1969. Rinaldo jogou ainda pelo Botafogo da Paraíba, pelo Garça (SP) e pelo União Barbarense.
Conforme colaboração do internauta João Domingos Custódio, Rinaldo também defendeu o Bandeirante de Birigui em 1974, quando decidiu pendurar suas chuteiras definitivamente.
Após encerrar sua carreira como jogador, Rinaldo tentou trabalhar como treinador, mas optou por seguir na área da saúde trabalhando como técnico de Raio X e gesso em um hospital público de Recife.
Rinaldo nas Laranjeiras. Crédito: revista do Esporte número 447.
Crédito: revista Placar – 10 de outubro de 1975.
Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista Placar (por Carlos Maranhão), revista do Esporte, revista A Gazeta Esportiva Ilustrada, revista Manchete (por Jáder Neves), revista Fatos & Fotos, gazetaesportiva.net, site do Milton Neves, museudosesportes.blogspot.com.br, placar.abril.com.br, globoesporte.globo.com, lancenet.com.br, oglobo.globo.com, palmeiras.com.br, gazetadelimeira.com.br, jogadoresdopalmeiras.blogspot.com.br, Livro: Seleção Brasileira 90 anos – Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf, Almanaque do Palmeiras – Celso Dario Unzelte e Mário Sérgio Venditti.

Nenhum comentário:

Postar um comentário