tribuna da bahia
O recorde de clássicos é de 1994, quando foram disputados 12, ao longo deste ano
Com ou sem torcida mista, o futebol baiano terá a disputa de sete clássicos entre Bahia e Vitória ao longo do início deste ano. Mas a sequência de quatro Ba-Vis consecutivos não é inédita, apenas reedita emoções entre os dois principais clubes do futebol baiano, nos anos de 1965, 1979 e 2000. O recorde de clássicos é de 1994, quando foram disputados 12, ao longo deste ano.
A novidade de 2017 é que os quatro clássicos serão por duas competições distintas, o Campeonato Baiano e a Copa do Brasil. Além disso, terão mais dois Ba-Vis na disputa da Série A do Campeonato Brasileiro, o primeiro pela 11ª Rodada, ainda com data a ser definida, mas provavelmente na segunda quinzena de junho, uma quarta-feira, dia 28, com mando de campo do Rubro-negro, no Estádio Manoel Barradas, na Toca do Leão.
Nos dois clássicos desta semana, dias 27, quinta-feira, e 30 de abril, domingo, pela Copa do Nordeste, não existe vantagem. Apenas o Bahia, por ter melhor campanha, tem o direito de fazer o jogo de volta em casa, no seu mando de campo na Arena Fonte Nova. Mas o gol marcado no campo do adversário tem força. No caso de empate de 1 a 1 no Barradão, o Tricolor tem a vantagem do empate de 0 a 0 no jogo de volta, na Arena.
Nos dois clássicos pelas finais do Campeonato Baiano, dias três, quarta-feira, na Arena Fonte Nova, e dia 7, domingo, no Estádio Manoel Barradas, o Vitória tem melhor campanha, maior número de pontos ganhos, 34 contra 27, o Rubro-negro tem a vantagem de jogar por dois empates, independente do placar, ou dois resultados iguais, além de fazer o jogo de volta, a final em casa, na Toca do Leão.
Em Ba-Vi cheio de emoções, Vitória vence Bahia por 2x1 e está a um empate da final
Tricolor marca com Edson logo no início, mas Leão consegue a virada com gols de Euller e André Lima no Barradão
Gols, bolas na trave, expulsão, chuva, queda de energia. O primeiro Ba-Vi da semifinal da Copa do Nordeste só não teve torcida dos dois times, mas sobrou emoção dentro de campo no Barradão. De virada, o Vitória venceu o Bahia por 2x1, na noite desta quinta-feira (27), e jogará pelo empate domingo (30), às 16h, na Fonte Nova. Para avançar, Bahia precisa fazer 1x0. Leão também avança se perder por um gol de diferença, desde que seja com placar a partir de 3x2 (4x3, 5x4...). E claro, 2x1 para o Bahia leva a decisão para os pênaltis.
O jogo começou sob muita chuva, que não foi suficiente para diminuir a vibração da torcida rubro-negra na arquibancada. Reinando sozinha, somente um gol do tricolor esfriaria os ânimos e foi o que aconteceu logo aos quatro minutos.
Allione cobrou escanteio e Edson subiu sozinho para cabecear e abrir o placar. Como não pôde correr pra galera para comemorar, restaram os abraços e carinhos dos companheiros e comissão técnica no banco de reservas: Bahia 1x0.
O Vitória tentou responder com David em jogada individual, mas o atacante foi derrubado por Hernane quando avançava em velocidade. Quem se deu mal, no entanto, foi o camisa 9 tricolor, que além de receber o terceiro cartão amarelo e ficar fora do jogo da volta, se machucou no lance e saiu do estádio direto para o hospital com suspeita de fratura. Guto Ferreira colocou Gustavo no lugar.
Na sua primeira jogada, fez bem o pivô e rolou na direita para Edigar Junio cruzar e a zaga afastar. Na segunda, aos 19 minutos, Gustavo foi pra uma dividida forte com Kanu próximo à bandeira de escanteio e deixou o braço. Apesar de não ter acertado, o zagueiro do Vitória caiu no chão, o árbitro entendeu que o lance era pra expulsão e aplicou cartão vermelho. Os jogadores do Bahia protestaram e houve confusão entre os dois times. Até Argel foi para o bolo.
Quando a bola voltou a rolar, o Vitória partiu logo pra cima em busca do empate. Tentou com André Lima de cabeça, mas o camisa 99 mandou pra fora. O Bahia levou mais perigo e quase ampliou em contra-ataque puxado por Armero. O colombiano lançou Allione, que tocou de trivela tentando encobrir Fernando Miguel e a bola passou por cima do gol.
O Bahia ainda teria outra boa chance em chute de Edigar Junio, que Fernando Miguel espalmou, mas, aos 37 minutos, o Vitória chegou ao empate. Edson tentou cortar o passe para André Lima, mas a bola imprensada caiu na cabeça de Euller, que aproveitou a saída atrapalhada de Jean e fez 1x1.
O gol embalou o time de Argel, que por pouco não virou no chutaço de Willian Farias que explodiu no travessão. Alguns jogadores pediram gol, mas o próprio rubro-negro Cleiton Xavier foi ver a marca da bola e fez sinal positivo para o bandeira. O Bahia respondeu na mesma moeda, em chute de Allione que também acertou o travessão de Fernando Miguel.
As equipes voltaram sem modificações para o segundo tempo e dessa vez foi foi o Vitória que marcou logo no início. Aos 6 minutos, Patric cobrou escanteio, Lucas Fonseca derrubou Fred na área, o juiz não marcou, mas André Lima pegou a sobra e mandou para o fundo da rede. Era a virada.
Mesmo com um a menos, o Bahia continuou levando perigo. Em boa tabela com Edigar Junio, Zé Rafael invadiu a área e chutou de chapa, por cima do gol, perdendo chance incrível. O Leão teve outra grande chance com David, que pegou de primeira dentro da área e mandou para fora.
Aos 40 minutos, se é que ainda faltava algo além da torcida visitante, veio o último fato marcante: uma queda de energia paralisou o clássico. Na volta, Jean ainda evitou o terceiro gol rubro-negro, em chute fontal de Willian Farias.
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