segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

OPINIÃO COSME RÍMOLI



Fluminense dá férias a 12 jogadores às vésperas de enfrentar o Internacional. O jogo pode custar o rebaixamento do clube gaúcho. Vitória e Sport estão sendo prejudicados. Palmeiras e Figueirense têm a obrigação de fazer o mesmo. A credibilidade do Brasileiro vai para o ralo de vez…


15 Fluminense dá férias a 12 jogadores às vésperas de enfrentar o Internacional. O jogo pode custar o rebaixamento do clube gaúcho. Vitória e Sport estão sendo prejudicados. Palmeiras e Figueirense têm a obrigação de fazer o mesmo. A credibilidade do Brasileiro vai para o ralo de vez...
Diego Cavalieri, Gum, Giovanni, Ayrton, Pierre, Marquinho...
Aquino, Alex Rojas, Maranhão, Magno Alves e Danilinho.
12 jogadores.
Alguns fundamentais ao elenco do Fluminense.
Todos entraram em férias ontem, não participarão da última rodada. Não enfrentarão o Internacional, no jogo de vida e morte para a tentativa de sobrevivência do time gaúcho. O time carioca convocou quatro juniores para completar o time.
A atitude atinge em cheio a credibilidade do Brasileiro.
A CBF deveria tomar uma providência séria.
O presidente recém-eleito Pedro Abad não deveria compactuar com esse planejamento. Pela decência do torneio. O Fluminense já ganhou vaga na Série A por virada de mesa. Embora o Flamengo acabasse beneficiado, o clube das Laranjeiras foi o principal personagem no estranho rebaixamento da Portuguesa, em 2013. Ou seja, um clube tão glorioso deveria preservar sua imagem.
Assim como Abel Braga. Embora assuma o time em 2017, ele deveria agir. O novo treinador deveria brigar publicamente pelo veto a essas féria. Mas ele nada fez. Nas redes sociais, a indignação é generalizada.
Por um motivo mais do que óbvio.
Ele tem sua carreira marcada como treinador do Internacional. Foi com o clube gaúcho que ganhou os seus maiores títulos. O Mundial e a Libertadores. Foram cinco passagens pelo clube. Mais de oito anos comandando a equipe coloradas. A cada troca de comando, seu nome é citado. Seu ambiente no Beira-Rio é excelente.
Na entrevista de apresentação, Abel Braga chorou. E deu uma declaração forte.
"Esse clube é diferente. Eu venho buscar algo que o torcedor pretende e gosta de ver. O time do Fluminense, hoje, é um time sem alma. É um time sem cara. O time tem que ter caráter, entrega. Até pouco tempo isso existia. Antes de tudo tem que existir alma. Já fica o aviso: vai ter que ter alma, caráter e uma noção exata do escudo que está no peito e de todos troféus."
Em seguida, o clube dá férias a 12 jogadores.
Compromete a rodada final do Brasileiro.
Não há como concordar com a falta de atitude de Abel.
Ele é um dos grandes prejudicados com essa decisão.
Deveria estar berrando ser contra esses 12 desfalques.
Berrando...
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Desfalcar o Fluminense na partida que o Internacional precisa vencer de qualquer maneira é inaceitável. Seja Abel, Abad ou quem for que autorizou férias antecipadas dos 12 atletas. Time misto é deixar os gaúchos mais próximos da vitória. Uma derrota contra os tricolores e o rebaixamento estaria confirmado.
O Internacional disputa a sobrevivência com Vitória e Sport.
Só há uma atitude que neutralizaria esse gesto do Fluminense.
Palmeiras e Figueirense deveriam escolher 12 jogadores de seu elenco, alguns titulares absolutos, e não colocarem para atuar contra os times nordestinos. Já que virou bandalheira, uma postura igual.
O Fluminense pode fazer o que quiser com seu elenco.
Escalar Gustavo Scarpa no gol.
Só que o silêncio da CBF consegue ser pior.
Um clube está, de maneira consciente, dando brecha para desconfiança na última rodada. Uma equipe, entre as três que podem cair, está sendo descaradamente beneficiada. E Marco Polo del Nero se cala.
Como é que patrocinadores têm coragem de bancar um torneio desse jeito?
Como empresas querem seus nome atrelados a essas situações bizarras?
Como o telespectador vai perder horas com campeonatos duvidosos?
Abel Braga é um treinador conhecido por sua seriedade, honestidade.
Ele deveria se opor publicamente a estas férias coletivas.
Segue em silêncio.
Os doze jogadores já estão descansando, viajando.
Justo quando o mundo do futebol está chocado com a morte dos atletas da Chapecoense e se esperava um renascer do futebol brasileiro, o Fluminense resolve tomar essa atitude reprovável. E que provocou a revolta de inúmeros torcedores.
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Por que o clube das Laranjeiras outra vez está na berlinda?
Na decisão de uma vaga na Segunda Divisão?
De novo, é questionado, ofendido.
Tudo parece inacreditável.
Mas não é.
Com a CBF calada.
Del Nero parece estar esperando o próximo Carnaval.
Seria ótimo que Palmeiras e Figueirense fizessem justiça.
Colocassem uma dúzia de seus atletas para descansar no domingo.
É o mínimo que Vitória e Sport  Recife e o torcedor sério merecem.
E que Marco Polo siga planejando sua ida ao Sambódromo em paz...


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