segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Chapecoense inicia semana com reunião para pôr fim ao luto e definir futuro

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A dor da tragédia ainda assola a Chapecoense, mas o clube sente que precisa seguir em frente. É hora de juntar os cacos e pensar no recomeço. É com essa missão que as pessoas que restaram no clube querem se reunir no início dessa semana para pôr fim ao luto e desenhar o futuro.
Os poucos integrantes da diretoria que não viajaram para a Colômbia devem ter uma conversa no início desta semana entre segunda e terça-feira. Estarão presentes o presidente Ivan Tozzo, o presidente do Conselho Deliberativo Plínio David de Nes Filho, o vice-presidente do conselho Gelson Dalla Costa e o ex-presidente Nei Maidana, além de dois diretores da base.
Apesar do momento de profundo trauma e abalo emocional, são muitas as questões esportivas a serem discutidas. Uma delas é qual será a postura do clube diante do jogo contra o Atlético-MG pela última rodada do Campeonato Brasileiro, remarcada para o próximo dia 11. O clube mineiro já comunicou que não pretende comparecer ao jogo e quer decretar WO.
Mas na Chapecoense, apesar de ser muito complicado montar um time, alguns diretores defendem a realização do jogo como forma de homenagear todos que morreram no acidente aéreo. Mas entendem também que seria muito difícil para um atleta ter condição de entrar em campo hoje.
Uma outra questão a ser pensada é como montar o elenco para 2017. A Chapecoense agora conta com somente 11 jogadores profissionais. Considerando os nomes das categorias de base, o clube soma 30 atletas disponíveis do BID (Boletim Informativo Diário) da CBF.
O clube tem categorias que vão do sub-13 ao sub-20. No entanto, integrantes da diretoria consideram que o trabalho feito na base é recente e que os atletas ainda estão muito crus para suportarem a Série A. Por isso, uma das alternativas mais viáveis inicialmente seria procurar os clubes que ofereceram ajuda e ver quais atletas do elenco podem ser disponibilizados.
Antes disso, ainda há um outro trabalho a ser feito. É preciso montar uma nova diretoria de futebol e, em seguida, formar uma comissão técnica.
De fato, a Chape vai precisar contratar novos profissionais em todos os setores. Mas também terá que considerar um fator preponderante: o lado emocional. Quem vier, vai ter que estar muito disposto a lidar com uma carga emocional muito pesada.
Além de tantos assuntos a serem considerados, o clube ainda precisa acompanhar os desdobramentos da final da Copa Sul-Americana e qual será a decisão da Conmebol. Caso seja decretada campeã, a Chape vai receber 2 milhões de dólares como prêmio.
uol

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