Ministro de Obras Públicas, Milton Claros revela suspeitas de uso indevido de influências na administração da empresa no voo da delegação da Chapecoense
O ministro de Obras Públicas da Bolívia, Milton Claros, declarou neste domingo que o governo do país investiga indícios de descumprimentos de deveres e uso indevido de influências na administração da empresa área LaMia e no voo que vitimou quase todo o elenco da Chapecoense na madrugada de terça-feira, em Medellín, na Colômbia, deixando 71 mortos.
– Há indícios de possíveis descumprimentos de deveres, descumprimento de controle interno e, possivelmente, uso indevido de influências – disse Claros à televisão estatal da Bolívia.
Segundo a agência EFE, as suspeitas se baseiam na relação de parentesco entre um ex-diretor da Direção Geral da Aeronáutica Civil (DGAC) e o diretor-geral da LaMia, Gustavo Vargas Villegas e Gustavo Vargas Gamboa, filho e pai. Vargas Villegas, que já deixou o cargo, era diretor do registro nacional da DGAC e, portanto, responsável por conceder licenças de voo às empresas.
O ministério boliviano investiga a regularidade do processo pelo qual a LaMia obteve sua licença de voo e também a autorização do plano de voo do avião acidentado – o prazo para os trabalhos serem concluídos é de dez dias.
O plano de voo do piloto Miguel Quiroga, também dono do LaMia, previa uma viagem direta de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, até Medellín sem parada para reabastecimento – a autonomia do avião era de 3 mil km, pouco mais do que os 2.985 km da distância entre as cidades. Falta de combustível é um dos motivos mais prováveis para a queda.
– Infelizmente mais de 70 pessoas foram sacrificadas por uma inação, uma irresponsabilidade ao cumprimento da legislação – completou Claros.
globo.com
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