segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Palmeiras homenageia ex-volante Dudu com busto no clube

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WILLIAN PEREIRA

Palmeiras homenageia ex-volante Dudu com busto no clube

Cerimônia de inauguração aconteceu nesta segunda-feira (7), dia do aniversário do ídolo alviverde, que completou 77 anos


O quinto busto, da direita para a esquerda. De um lado, Marcos, do outro Ademir da Guia. A escultura de Olegário Tolói de Oliveira, o Dudu, além de estar bem acompanhada, está, de vez, eternizada na história do clube que mais fez história: o Palmeiras.
“Ficou mais bonito que eu”. Foi com essas palavras de bom humor que o ex-volante se referiu ao seu busto, inaugurado na tarde desta segunda-feira (7), na sede social do clube que defendeu nas décadas de 1960 e 70. Ele se junta aos outros cinco eternos craques palestrinos: JunqueiraWaldemar Fiúme, Ademir da Guia, Oberdan Cattani e Marcos, que também já foram homenageados com uma escultura.
A data da cerimônia não poderia ser outra: 7 de novembro, dia do aniversário de 77 anos do eterno camisa 5. Para se ter uma estátua no clube, o atleta não deve ter enfrentado o Palmeiras em nenhuma ocasião como jogador. No entanto, em uma demonstração única de eterna gratidão a Dudu, o alviverde abriu mão da condição, já que o volante enfrentou o time quando defendia a Ferroviária.
"Respeitei muito o Palmeiras mesmo quando atuei por cinco anos na Ferroviária. Isso foi levado em consideração para eu conseguir essa homenagem", afirmou o ex-camisa 5.
O evento foi conduzido pelo presidente Paulo Nobre, que em sua gestão, já pôde homenagear outros dois atletas: Oberdan e Marcos.
Foi feita justiça com três jogadores completamente fora da curva, que têm suas imagens ligadas ao Palmeiras e sempre ajudam o clube quando necessitamos. Fazer justiça e reconhecer quem ajudou tão bem a escrever a história do Palmeiras nos deixa satisfeitos”, declarou o presidente.

Emoção e gratidão

Mesmo com tantas conquistas, ainda há espaço para se emocionar com mais um fato marcante. Para Dudu, ser homenageado no dia do seu aniversário, pelo clube que ama, é mais marcante do que se estivesse disputando um título.
Quando jogava, a gente tinha aquele equilíbrio de um jovem. Hoje eu tenho 77. Então meu coração bate mais acelerado. Não foi uma surpresa, mas eu não esperava tanta boniteza assim. O busto está ao lado de tantos craques e eu balancei um pouco. Mas a experiência deu pra controlar esse coração acelerado”.
E com toda esta experiência, mesmo sendo figura presente nas cinco conquistas das oito conquistas nacionais do Palmeiras, Dudu revela que sua grande lembrança vestindo a camisa do Palmeiras, é de um Campeonato Paulista. Mas não um qualquer.
Aquele contra o Corinthians, no Morumbi, teve bastante importância, porque eles eram nosso maior rival. A diretoria sempre queria que ganhássemos deles. E aquele jogo de 1974, que acabei desmaiando, foi um jogo emocionante pra mim e ficou na mente”, relembra o ex-volante, da decisão do Estadual em que o Palmeiras calou mais de 100 mil corintianos.

Ídolo eterno

Dudu nasceu em Araraquara, interior de São Paulo. Defendeu a Ferroviária entre 1959 e 1963. Depois de se destacar na Ferrinha, chegou ao Palmeiras em 64. Além de se tornar capitão, sua passagem pelo Verdão foi marcada por ser um dos protagonistas da Primeira e da Segunda Academia, nas décadas de 60 e 70, respectivamente.
Em sua passagem como atleta pelo clube, conquistou nove títulos: cinco Campeonatos Brasileiros, um Torneio Rio-São Paulo e três Campeonatos Paulistas. Ao todo, foram 609 partidas e 25 gols marcados. Em 1976, após encerrar a carreira como jogador, Dudu assumiu o comando técnico do time e conquistou a taça do Paulista do mesmo ano.
Nossa cultura na época, era de sempre respeitar a torcida, a camisa, a diretoria, a imprensa e todos os que estavam conosco no dia a dia. E quanto mais tempo permanecesse em uma equipe, mais valor a gente teria. E fazia um contrato melhor. Quando chegava no final de ano, como campeão, você tinha o direito de conversar de igual para igual com o diretor, porque não existia empresário. Então, se fossemos campeões, a gente tinha moral para chegar e falar. Nem precisava de muito”.

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