Golo tardio de Lisandro López restaurou a igualdade na partida e penalizou os "dragões" por terem baixado os braços depois do golo de Diogo Jota.
OFC Porto não foi além de um empate no Clássico no Dragão, frente ao Benfica, perdendo uma excelente oportunidade para ganhar pontos ao rival na luta pela liderança. A equipa portista dominou a partida durante a primeira hora, mas acabou por baixar o ritmo durante os últimos 30 minutos, com o Benfica a chegar ao golo já ao cair do pano.
O Jogo explicado em Números
- Como seria de esperar, a partida começou a um ritmo bastante elevado, com o FC Porto a comandar as operações. Aos dez minutos do desafio, a superioridade do FC Porto traduzia-se no primeiro remate enquadrado do encontro e num ligeiro ascendente na eficácia de passe (74% contra 67% do Benfica).
- Com o passar dos minutos, a pressão exercida pelos “dragões” tornou-se simplesmente sufocante: aos 25 minutos, os portistas levavam já cinco remates (dois deles enquadrados) e tinham 60% de posse de bola. O Benfica limitava-se a defender, o que se reflectia na eficácia de passe de apenas 63%, um número simplesmente anormal para esta equipa. De referir ainda que na equipa do FC Porto havia quatro jogadores com passes de ocasião (Danilo Pereira, Óliver Torres, Corona e Diogo Jota), o que demonstrava bem o envolvimento de todo o colectivo portista nas manobras ofensivas.
- A primeira ocasião digna de registo para o Benfica surgiu já no final da primeira parte, num cabeceamento ao poste de Lindelof, após um pontapé de canto.
45’ | Porto 0-0 Benfica
Danilo falhou apenas 1 passe em 32 e foi quem + bolas recuperou (5)#SomosPorto #CarregaBenfica #FCPxSLB
- Intervalo O susto causado por Lindelof foi, porém, o único sinal mais numa primeira parte bastante fraca das “águias”, que chegaram ao intervalo com uma percentagem de posse de bola de 39% e sem nenhum remate enquadrado. O destaque ia para o guarda-redes Ederson, que liderava os GoalPoint Ratings, com 6.9, depois de ter parado os cinco remates a ele dirigidos no primeiro tempo. Na equipa da casa, o melhor em campo era Danilo, que voltava a apresentar números impressionantes: eficácia de passe de 97%, um passe para ocasião e seis acções defensivas, o que resultava numa nota de 6.2.
- A segunda parte arrancou com o FC Porto novamente a carregar no acelerador, acabando por chegar ao golo aos 50 minutos, numa boa jogada de Corona a servir Diogo Jota, que bateu Nélson Semedo em velocidade antes de enganar Ederson com um remate rasteiro junto ao poste.
- A equipa “encarnada” acabou por reagir bem ao golo, fazendo o seu primeiro remate enquadrado da partida, aos 60 minutos, num “tiro” de Samaris que obrigou Casillas a uma boa defesa. Foi nesta altura que o Benfica atingiu os 60% de posse de bola e uma eficácia de passe de 80% – números bastante superiores aos da primeira parte e mais próximos daquele que é o seu registo habitual.
- Durante o resto da segunda parte, o FC Porto limitou-se a gerir a vantagem alcançada, acabando por “convidar” o Benfica a jogar no seu meio-campo. Mas apesar de comandar a posse da bola, as “águias” teimavam em não conseguir rematar de forma enquadrada. Até ao minuto 90+2, quando Lisandro López surgiu nas alturas a cabecear para o fundo das redes, penalizando o FC Porto por ter baixado o ritmo de jogo de forma drástica no final da segunda parte. Era a desilusão nas hostes portistas, que tinham visto a sua equipa rematar mais e melhor (17 disparos, oito deles enquadrados, contra 12 remates dos visitantes, dois dos quais enquadrados) e o Benfica empatar… no segundo remate enquadrado que fez.
O Homem do Jogo
Não entrou de início, mas nem por isso deixou de ser o melhor em campo. Lisandro López foi fulcral para as “águias”, entrando em campo para o lugar de Luisão numa altura em que a sua equipa se mostrava incapaz de conter o caudal ofensivo do adversário. O golo apontado, já ao cair do pano, acabou por ser a cereja no topo de um bolo que lhe valeu um GoalPoint Rating de7.4 somando, para lá do golo, somando cinco desarmes, três intercepções e bloqueando três disparos portistas. Uma parede.
40’ | Porto 0-0 Benfica
Lisandro já tem 6 acções defensivas. O dobro das de Luisão e Lindelof, juntas#SomosPorto #CarregaBenfica
Jogadores em foco
- Alex Teles 7.4 – Não dá nas vistas, mas a sua influência está lá. Somou 12 acções defensivas, venceu 82% dos duelos que protagonizou e esteve envolvido na fase atacante, contabilizando dois cruzamentos eficazes.
- Diogo Jota 7.0 – Muito esforçado nas manobras ofensivas, com quatro remates, um deles resultante no golo. Acabou por falhar na distribuição, com uma eficácia de passe de 58%, apesar de ter feito dois passes para ocasião.
- Danilo 6.8 – Nova exibição de grande qualidade do médio português, que acertou 89% dos passes que fez e acumulou 10 acções defensivas.
- Otávio 4.9 – Desapareceu na segunda parte, termindo a partida com seis passes falhados e um remate desenquadrado.
- Gonçalo Guedes 4.3 – Noite para esquecer. Controlou a bola de forma ineficaz em seis ocasiões e não fez nenhum remate enquadrado em três tentativas
goalpoint
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