Pepe tem 37 anos, mas ainda não pensa na reforma dos relvados. "Procuro o dia a dia. Sou muito disciplinado no que tenho de fazer. Acredito que ainda tenho alguns anos pela frente. Ainda sinto nervosismo e o bichinho dentro de mim", respondeu o central quando questionado sobre o fim da carreira durante um programa no Facebook do FC Porto.
Com contrato até junho de 2021, o internacional português ainda tem coisas para conquistar, pois sonha festejar o título de campeão nacional na Avenida dos Aliados. Ele até já foi campeão pelo FC Porto, mas, mas na altura, o corte de relações entre o clube e a Câmara Municipal do Porto então liderada por Rui Rio, limitou a festa ao Dragão: "O sonho? Voltar a ser campeão. Esse é o meu sonho, estávamos perto, mas infelizmente aconteceu isto [pandemia do Covid-19], mas o sonho é voltar a poder festejar e sobretudo celebrar nos Aliados. Na minha primeira passagem era sempre no estádio que celebrávamos. Ir ao Aliados é um grande desejo."
Mas os desejos não ficaram por aqui. "Espero que Sérgio Conceição continue muito anos no FC Porto para dar alegrias a todos nós. É cinco estrelas, é top" , elogiou o central, especificando mesmo algumas qualidades do técnico: "É extraordinário. É exigente claro, mas isso é bom para todos. É essencial para que cheguemos ao nosso objetivo que é sermos campeões. Pode ser meio "durão" ou parecer antipático mas não é nada disso, é super acessível. Deixa sempre a porta do gabinete aberta para qualquer um ir lá falar... Essa ligação aos jogadores, essa comunicação é fantástica. É uma ligação fantástica, assim como com toda a equipa técnica", disse Pepe, deixando um desejo para o futuro: "Espero que ele continue muitos anos no clube e possa dar nos alegrias.
Questionado como foi voltar ao Estádio do Dragão como adversário, quando estava no Besiktas, confessou que não foi fácil. "Este clube abriu-me as portas e ter de o defrontar na Champions foi mesmo muito difícil, mas tinha de fazer o meu papel. Pesou no subconsciente, mas tinha de representar o clube onde estava", explicou o central, que na altura teve de marcar o agora colega Marega. "Sabia que o Marega era forte e rápido. O FC Porto tinha um jogo de profundidade, tentei tirar os pontos fortes dele que eram, precisamente, a profundidade e rapidez. Tive um duelo [Quando estava no Besiktas] na esquerda com o Marega, chocámos ombro com ombro e ele caiu. Quando voltei para o FC Porto falou-me logo desse lance e eu disse não fui eu (risos)", contou o luso-brasileiro.
E porque voltou ao FC Porto? "Voltei porque que é um clube com o qual me identifico muito. A minha primeira passagem pelo FC Porto foi curta, três anos. Foi um clube que me deu tanto que queria voltar e queria um clube onde que pudesse dar meu contributo como jogador. O FC Porto ensinou-me muito a ser o que sou hoje, é o clube que amo. Gosto dos adeptos, das pessoas, identifico-me com a cidade e região", respondeu Pepe, que já sente "saudades do ambiente saudável do Olival" (local do centro de treinos dos dragões).
Pepe recordou ainda como foi jogar com Baía e Jorge Costa: "Tive a sorte de ter o bicho, o Jorge Costa, e o Vítor Baía como capitães. Ensinaram-me muito. Ensinaram-me a defender os interesse do clube e da equipa. Eu olhava para o Jorge Costa e o Baia e dizia: 'Meu Deus, só os via na televisão e agora estou ao lado deles'. Era um respeito enorme. Até na despedida foram enormes. Baía despediu-se do FC Porto num último jogo em que atuou nos quatro minutos finais."
E incluiu o guarda-redes Marchesín no grupo dos melhores cinco argentinos com quem jogou: "Lucho, Lisandro López, Marchesín, Dí Maria e Gago."
E incluiu o guarda-redes Marchesín no grupo dos melhores cinco argentinos com quem jogou: "Lucho, Lisandro López, Marchesín, Dí Maria e Gago."
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