"Estamos extremamente preocupados que um número significativo de clubes, em mais de meia dúzia de países, tenha começado a dispensar jogadores ou a reduzir unilateralmente os seus salários”, denunciou o organismo, em comunicado.
A FIFPro desafiou todos aqueles que estão com “dificuldades financeiras” a adequar-se à realidade dos respetivos países e a negociar “acordos proporcionais e justos”.
Vários clubes europeus reagiram aos efeitos do novo coronavirus, que suspendeu praticamente todos os campeonatos na Europa, refletindo no corte de salário dos seus atletas as previsíveis perdas com a paragem competitiva.
O FC Barcelona, bicampeão espanhol, anunciou uma redução de salários, os escoceses do Hearts convidaram os seus futebolistas a reduzir o vencimento para metade e vários clubes franceses e alemães privaram os atletas de parte do seu rendimento.
“No momento de uma crise social tão marcante, é preciso encontrar soluções com a contribuição de todos. A maioria dos jogadores de futebol fora das maiores ligas do mundo ganha ao mesmo nível, se não menos, do que o salário médio do país e seria seriamente afetada por cortes salariais", completa a FIFPro.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 572 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 26.500. Dos casos de infeção, pelo menos 124.400 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril, registaram-se 76 mortes e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.
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