Espião Estatístico apresenta como finalizam os principais definidores do Brasileirão; Atlético-MG, Flu, Santos e Vitória são destaques; Veja também belos gols acrobáticos
Se você abrir a tabela do Brasileirão agora e der uma olhada na artilharia, vai constatar que o artilheiro é Fred, do Atlético-MG, com 14 gols. Também vai notar, se consultar o Prêmio Artilheiro do Ano, que Robinho, do mesmo Galo, lidera com 25 gols em 2016. Até aí, tudo bem, talvez você já soubesse disso.
Mas... E se pegarmos todas as finalizações do Campeonato Brasileiro, jogador por jogador? Sabe quem é o atleta com mais chutes de canhota? E o que mais cabeceia a gol? Ok, e o ambidestro, aquele que chuta com as duas pernas, uma de cada vez, é claro? Ficou mais difícil, né? Nos rankings do Espião Estatístico logoabaixo temos Fred, temos Robinho, mas não tem só o Galo na parada, não. O panorama ficou bem dividido. Confira!
VAI MANDAR DAÍ? OS NÚMEROS DOS FINALIZADORES
Discriminamos os rankings de finalizações em chutes de perna esquerda, de perna direita e com as duas pernas, além das cabeçadas. Desta forma, avaliamos melhor se os jogadores são mais versáteis ou dependentes de uma só maneira de buscar o gol.
Gustavo Scarpa segue uma máxima bem clara: abriu espaço, bate para o gol. Dono da melhor estatística nos chutes com sua potente canhota, o meia é também quem mais finaliza em todo o campeonato, se somarmos todos os tipos de arremate: são 102 finalizações em 33 partidas.
O segundo colocado é Marinho, com a ressalva de ter perdido partidas por lesão. Não fossem seus oito jogos a menos que Scarpa (33 contra 25 do atacante do Vitória), era sério candidato a desbancá-lo, já que sua média de chutes é a mais alta de todas (quatro por jogo). Com um certo abismo abaixo dos dois, destaque para os laterais ofensivos Reinaldo e Danilo Barcelos, que desbancaram muitos homens de frente.
Luan lidera quando o assunto é chutes de direita. Mesmo tendo perdido rodadas pelo Grêmio para disputar a Rio 2016, sustentou-se na ponta e ficou à frente de Rogério, que termina o ano como titular e destaque do Sport após início de temporada pelo São Paulo. A dobradinha Keno e João Paulo, do Santinha, assustou os goleiros adversários 103 vezes com o pé direito.
Perigo pelo alto tem nome: Rafael Moura. Principal referência de ataque do rebaixado Figueirense, levou boa vantagem sobre a concorrência neste quesito e tirou o sono de muito defensor quando a bola foi alçada na área. O zagueiro Leonardo Silva, que liderou este ranking na temporada passada, está lesionado há mais de um mês e aparece fechando o Top10.
E lá vem ele, o ranking mais imprevisível. Com finalizadores natos, como Fred, Lucas Pratto e Robinho, o Atlético-MG é representado aqui pelo jovem Clayton, que cavou seu lugar com impressionante equilíbrio em chutes com as duas pernas. Mas, por ser reserva, não tem o mesmo volume de tentativas que outros centroavantes, como Ricardo Oliveira, Kieza e Vitinho. Tchê Tchê, do Palmeiras, e Willian Farias, do Vitória, são os únicos volantes na lista.
É REDE! OS NÚMEROS DOS GOLEADORES
Olha o jogo virando aí! Marinho desbanca Scarpa quando o assunto é sobre gols marcados de canhota. Assim como o famoso atacante holandês Robben, ele só tem a perna esquerda. Afinal, todos os dez gols no Brasileirão foram marcados com ela, sendo apenas um de falta e outro de pênalti - ocasiões em que se usa, preferencialmente, o pé bom. Grande nome da Ponte na competição, William Pottker divide posição com Copete, um dos três santistas da relação - inclusive Gabigol, que deixou o Santos para defender o Internazionale de Milão. O Peixe ainda tem
Entre os artilheiros destros, Robinho tomou a dianteira em briga boa com Gabriel Jesus e Diego Souza. O Rei das Pedaladas depende muito de sua perna preferida, pois só marcou uma outra vez, e de cabeça. Fred e o botafoguense Sassá assinaram presença duas vezes na tabela.
Rafael Moura levou a melhor nas finalizações, mas foi ultrapassado pela maior eficiência de dois jogadores. O volante Cícero, do Fluminense, sempre teve por característica um jogo aéreo mortal. Já o zagueiro Thiego, que não era muito de balançar as redes, vive temporada recheada de gols (já tem oito tentos em 2016) e tem aproveitado as chances quando se aventura no ataque. O líder Palmeiras usa e abusa do expediente de bolas levantadas, e conta com Vitor Hugo para provar sua força no quesito.
Boa, Ricardo Oliveira! Ano passado foi o grande artilheiro da temporada, mas não emplacou liderança alguma por aqui. Desta vez, não deixou por menos e cravou um 50 a 50 em gols de esquerda e direita. Para variar mais ainda no repertório, tem mais dois gols de cabeça na elite. Kempes e Ábila alcançaram marca semelhante, mas fizeram menos gols que Ricardo com a bola nos pés. Kieza também mostra desenvoltura para marcar com ambas as pernas pelo Vitória.
GOLS DE IMPROVISO
Réver segue em busca de seu gol "diferente" (Foto:THOMAS SANTOS/AGI/ESTADÃOCONTEÚDO)
O Espião Estatístico considera que, quando o jogador recorre a um improviso para finalizar, essas finalizações devem entrar num grupo à parte. É o caso dos lances de voleio, peito, bicicleta, calcanhar, letra, carrinho, etc.
Réver, do Flamengo, foi quem mais finalizou assim. O zagueiro tentou marcar em duas bicicletas e dois voleios, mas sem sucesso. É raro ver finalizações dessas, ainda mais que balancem a rede. Mas sempre tem quem consiga. Separamos alguns dos mais belos gols que saíram de recurso técnico utilizado pelos jogadores. Dê uma olhada!
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Eduardo Sousa, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Marcio Menezes, Paula Carvalho, Roberto Maleson, Valmir Storti e Wilson Hebert.
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