Um total de 25 técnicos nacionais trabalham no estrangeiro. Os argentinos são os líderes do ranking do CIES com 68 treinadores. Jesualdo Ferreira é o segundo mais velho em atividade.
Portugal é sexto país com mais treinadores a trabalhar no estrangeiro, numa lista liderada pelos técnicos argentinos, de acordo com um estudo divulgado esta segunda-feira pelo Observatório do Futebol, do Centro Internacional de Estudos do Desporto (CIES).
A 1 de junho, o organismo analisou 1646 equipas de 110 campeonatos de 79 países e encontrou um total de 25 treinadores portugueses a trabalhar no estrangeiro, um número que coloca Portugal no sexto lugar, logo atrás da Itália e Alemanha, que até à data do estudo tinham 27 técnicos espalhados pelo mundo.
O campeonato da Arábia Saudita é o que acolhe mais técnicos portugueses, estando neste momento três: Rui Vitória, Vítor Campelos e Jorge Simão. Seguem-se, com dois técnicos, o Luxemburgo (Carlos Fangueiro e Manuel Correia), França (André Villas-Boas e Paulo Sousa), Eslováquia (Hélder Cristóvão e Ricardo Chéu), Inglaterra (José Mourinho e Nuno Espírito-Santo), Grécia (Abel Ferreira e Pedro Martins) e Brasil (Jorge Jesus e Jesualdo Ferreira). Há ainda um treinador português em Itália (Paulo Fonseca), Ucrânia (Luís Castro), Suíça (Ricardo Dionísio), Arménia (António Caldas), Hungria (Filipe Oliveira), China (Vítor Pereira), Emirados Árabes Unidos (Rui Faria), Índia (Jorge Costa), Coreia do Sul (José Morais) e Argélia (Francisco Chaló).
No topo do ranking aparece a Argentina, com 68 treinadores a trabalhar em 22 países, seguida da Espanha, com 41, e da Sérvia, com 34.
O mesmo trabalho da CIES mostra que, atualmente, na I Liga portuguesa, os treinadores dos 18 clubes têm uma média de idade de 47.49, a 38.ª mais baixa dos 110 campeonatos examinados.
Nesta luta, a Estónia é o país com treinadores mais novos (40.97), seguida do Azerbaijão (42.20) e das Ilhas Faroé (42.33). O técnico mais jovem no ativo é Ole Martin Nesselquist, de 26 anos, que lidera o Strommen, da segunda divisão da Noruega.
A segunda liga turca tem a média etária mais alta, com 54.92, e é onde trabalha o mais velho: Hamdi Yilmaz, de 74 anos, no Keciorengucu.
O turco tem apenas mais poucos dias de vida do que o português Jesualdo Ferreira, o segundo mais experiente em atividade, igualmente com 74 anos, no Santos, do Brasil.
A I Liga portuguesa aparece no 34.ª lugar das provas com menos técnicos estrangeiros, apenas com 11.1%. Nesse sentido, a Roménia é único país onde não existem forasteiros a comandar as equipas do primeiro e segundo escalão.
A nível de duração no cargo, a I Liga apresenta uma média de 261 dias da permanência dos treinadores nos atuais clubes. O francês Bruno Luzi aparece no topo dos técnicos que mais duram, com 6.910 dias passados no Chambly, da segunda liga de França.
Em termos gerais, o perfil típico do treinador é homem, com pouco menos de 50 anos (48.8) e a ocupar o lugar há menos de um ano (301 dias). 64,3% são ex-jogadores e os defesas são aqueles que mais seguem essa via.
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