segunda-feira, 18 de junho de 2018

Clássico das Emoções marca reencontro e põe à prova futuro de Santa Cruz e Náutico na Série C

Principal personagem, Roberto Fernandes enfrenta ex-clube no Arruda


Ricardo Fernandes/Spia Photo // Nando Chiappetta/DP


Vinte e dois jogadores, um árbitro e dois assistentes em campo. A bola. Alguns milhares de torcedores na arquibancada. Barulho de um lado e de outro. Copa do Mundo rolando. Nervosismo. Nada nem ninguém, porém, vai chamar mais a atenção no Clássico das Emoções desta segunda-feira, às 21h15, do que o técnico Roberto Fernandes. Hoje à frente do Santa Cruz, o personagem da partida estava há até pouco mais de um mês à frente do Náutico. No reencontro com o ex-clube, no Arruda, tem a missão de não apenas colocar o coração declaradamente alvirrubro de lado. Mas, muito mais, comprovar, no primeiro grande teste no Tricolor, que pode enraizar de vez o time no G4. Pelo lado timbu, significa mais uma tentativa de ratificar uma reação na Série C. 

Aos 47 anos e com mais de 20 clubes no currículo, Roberto Fernandes admite que ver o Náutico como rival é sempre diferente. Após tirar, há pouco meses, o clube de um jejum de quase 14 anos sem títulos, o treinador foi demitido. Garante não carregar mágoas no coração. Tampouco nega que o jogo não será como “mais um” na carreira. "Não vou ser hipócrita em dizer que será um jogo como qualquer outro, é diferente. O Náutico vai buscar fazer o melhor dele e tenha certeza que o Santa Cruz da mesma forma", disse o técnico.

Com 14 pontos e inserido no G4 independentemente do resultado do clássico, o Santa Cruz tem como meta seguir no script planejado por Roberto Fernandes: vencer e ficar com uma rodada de gordura dentro do grupo dos classificados. Para tanto, o treinador poderia se fazer valer do profundo conhecimento que tem do Timbu. Pensa diferente, no entanto. “Do mesmo jeito que conheço lá, as pessoas que lá estão me conhecem: o Kuki, Levir (Gomes), Dudu (Capixaba). Um anula o outro. Vai ser um clássico de muito foco e concentração. Isso que vai fazer mais a diferença, mais que o conhecimento que tenho de lá e eles de mim", afirmou.

Pelo lado alvirrubro, os três pontos não são menos importantes. Após o início do returno, o Timbu voltou a figurar na zona de rebaixamento. Vencer o Santa Cruz, porém, projeta o Náutico à quinta posição - um salto de quatro posição, que deixa o time beirando o G4. O maior desafio do técnico Márcio Goiano é fazer a equipe existir fora de casa. Até o momento, em quatro jogos como visitante, foram quatro derrotas. Nenhum gol sequer marcado. A reação na Série C passa diretamente pela reação longe da Arena de Pernambuco.

"Eu venho falando sempre para os atletas que uma situação de diferencial na competição será a vitória fora de casa. Nosso jogo é muito importante e os outros confrontos também. Equipes podem abrir uma distância muito grande. Então, a gente coloca de suma importância esse jogo contra o Santa Cruz", ressaltou Márcio Goiano.

Ficha do jogo

Santa Cruz
Tiago Machowski; Vítor, Sandoval, Augusto Silva e Allan Vieira (Eduardo Brito); Charles, Carlinhos Paraíba e Arthur Rezende (Jailson); Robinho, Fabinho Alves (Leandro Costa) e Pipico. Técnico: Roberto Fernandes.  

Náutico
Bruno; Thiago Ennes, Camacho, Rafael Ribeiro (Suéliton) e Assis; Jhonnatan (Josa ou Negretti), Luiz Henrique, Dudu (Wallace Pernambucano) e Lelê (Rafael Assis); Robinho e Ortigoza. Técnico: Márcio Goiano.

Local: Arruda, no Recife.
Data: 18/06/2018.
Horário: 21h15.
Árbitro: Edmar Campos Encarnação (AM).
Assistentes: Marcos Santos Vieira e Uesclei Regison Pereira dos Santos (ambos do AM).
Ingressos: Arquibancada Inferior – R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia); Conselho: R$ 25; Cadeira aluguel – R$ 60 (não sócio) e R$ 50 (sócio); Sócios: R$ 10 (Patrimonial e Prata) e Grátis (Diamante e Ouro).

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