domingo, 8 de março de 2020

O sub-rendimento foi demasiado nítido: As notas de Vitória FC-Benfica

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Muita desinspiração e falta de confiança por parte da equipa encarnada, que nos últimos oito jogos venceu... apenas um. Vitória FC primou pela organização e eficácia.




O Benfica conseguiu apenas uma vitória nos últimos oito jogos. Este sábado, depois de terem perdido a liderança para o FC Porto na última jornada, as águias voltaram a escorregar no Bonfim e não foram além de um empate a um golo frente ao Vitória FC, em jogo da 24.ª ronda da I Liga. Carlinhos marcou para os sadinos e Pizzi fez, de grande penalidade, o único golo da equipa encarnada.

Num jogo de duas partes completamente distintas, se a primeira foi um completo deserto de ideias, de poucas ocasiões de golo e de pouco futebol, o segundo tempo melhorou significativamente.
O Vitória FC entrou aguerrido e foi premiado com um golo logo no primeiro minuto da segunda metade Pouco depois, o Benfica conseguiu chegar ao empate, mas fez sempre muito pouco para conseguir passar a muralha sadina em jogo corrido. Pizzi teve nos pés, novamente de grande penalidade, o golo que poderia dar os três pontos aos encarnados, mas da marca dos 11 metros voltou a vacilar, à imagem do que aconteceu no último jogo frente ao Moreirense.
A falta de confiança é notória na equipa do Benfica e são vários os jogadores em sub-rendimento. Bruno Lage tem que dar 'um murro na mesa', até porque nas últimas 5 jornadas já tem mais empates e derrotas (2 empates, 2 derrotas) do que nas suas primeiras 38 jornadas na I Liga no comando técnico da equipa da Luz.

Figura do jogo: Marcou o golo do Vitória FC e deixou, para lá disso, uma excelente imagem daquilo que é a sua qualidade. O médio de 25 anos mostrou uma grande qualidade técnica, assumiu a batuta e foi lá à frente marcar quando assim teve oportunidade. Um dos melhores elementos da equipa sadina conseguiu provar diante do Benfica que consegue brilhar frente a qualquer adversário.
Surpresa: Aos 33 anos, Zequinha ainda está aí para as curvas. Sempre que teve bola foi um problema para a defesa encarnada. Inspirado, o avançado fez ainda o passe que deu origem ao golo do Vitória FC e, nem o facto de perder algum fulgor com o desenrolar do encontro, apaga uma exibição muito positiva do atacante português.

Desilusão: Pizzi é, talvez, o jogador que mais salta à vista pelo facto de ter falhado a grande penalidade que poderia ter dado a vitória ao Benfica. Não só pelo penálti, o camisola 21 das águias atravessa um mau momento de forma, mas não é único. Muitos dos jogadores da equipa de Bruno Lage apresentam-se em sub-rendimento. Cervi, ontem, foi titular e não justificou essa aposta, tal como Tomás Tavares colecionou um enorme número de passes falhados e de cruzamentos disparatados. Além de ainda ter alguma culpa no golo sofrido, uma vez que Carlinhos surge no espaço que deveria ser ocupado por si.
Bruno Lage: O Benfica conta com apenas uma vitória nos últimos jogos. Se tivermos em conta que alguns desses encontros foram diante de equipas acessíveis, como Moreirense ou Vitória FC, o peso dos números ganha outros contornos. Os jogadores do Benfica estão em claro sub-rendimento e recuperar a confiança é trabalho do treinador. Algo que Bruno Lage não tem conseguido fazer. Nem com as mexidas na equipa… Neste jogo da 24.ª jornada apresentou uma dupla de meio-campo inédita, mas mais uma vez sem o efeito pretendido. A equipa voltou a sofrer e ficou muito aquém no processo ofensivo, que atravessa um verdadeiro deserto de ideias.

Júlio Velázquez: Colocou a sua equipa muito retraída num primeiro momento, mas com as transições bastante afinadas. Primeiro, Zequinha podia ter feito estragos, depois Carlinhos chegou mesmo ao golo. É certo que o Vitória FC teria de passar muito tempo a defender, mas para não sofrer não basta colocar uma equipa atrás da linha da bola. É preciso organização e o treinador espanhol organizou os seus jogadores de forma sublime. O Benfica mostrou-se desinspirado, mas o conjunto sadino soube sempre como colocar-se em campo.
Árbitro: Esteve bem nas decisões mais complicadas. Recorreu ao VAR no lance do primeiro penálti e decidiu bem relativamente à cotovelada de Semedo em Rúben Dias. Na segunda grande penalidade também ajuizou bem a mão na bola de Artur Jorge.

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