Reportagem do Superesportes ouviu profissionais de imprensa que cobriram alguns clubes dirigidos pelo novo comandante alvirrubro
Anunciado na noite de domingo, o técnico Márcio Goiano desembarca na noite desta segunda-feira no Recife para tentar levar o Náutico a uma reação na Série C do Campeonato Brasileiro. E diante de uma carreira construída basicamente em Goiás, onde vem de um vice-campeonato estadual com a Aparecidense, e em Santa Catarina, onde coleciona três passagens pelo Figueirense, o Superesportes entrou em contato com profissionais de imprensa desses dois estados para saber o que o torcedor alvirrubro pode esperar do seu novo comandante. E apesar de ser zagueiro de origem, com passagem pelo Sport entre 1997 e 1999, a principal caracaterística relatada pelos jornalistas ouvidos pela reportagem é de um treinador que preza pelo jogo ofensivo e pela posse de bola.
De acordo com o jornalista João Paulo de Medeiros, do jornal O Popular, de Goiânia, o ponto forte dos times trabalhados por Márcio Goiano está no meio de campo. O que pode surgerir a indicação de reforços para o setor, já que o Náutico conta apenas com os irregulares Júnior Timbó e Wallace Pernambucano na função de criação.
"Ele trabalha times que gostam de ficar com a bola, bem forte no meio de campo com um atacante que ajudava na marcação e três meias. Apesar de ter sido zagueiro ele não é um técnico retranqueiro. Gosta do jogo mais jogado na frente, basicamente no esquema 4-2-3-1. Só que na Aparecidense, ele tinha jogadores mais fortes no meio de campo mas não possuia muitos velocistas nas pontas. Mas ele também já trabalhou desse jeito", analisou.
Já o editor de Esportes do Diario Catarinense, Jorge Júnior lembrou que no ano em que Márcio Goiano conseguiu o acesso à Série A com o Figueirense, em 2010, no seu primeiro trabalho como treinador, a qualidade na troca de passe já era característica marcante. "Naquele time tinha o Roberto Firmino (atacante do Liverpool e da seleção brasileira) e o Maicon (volante hoje no Grêmio). Era um time que tinha uma boa posse de bola e um bom passe. Dependendo do elenco, ele pode trabalhar até com dois meias, que saibam trabalhar a saída de bola. Porém, se o elenco for fraco, ele vai penar. Mas não é um treinador retranqueiro", repetiu.
Outro ponto ressaltado no trabalho de Márcio Goiano é o seu estilo mais tranquilo junto ao elenco. Bem diferente da forma ríspida de cobrança do antecessor Roberto Fernandes. "Até pelo estilo dele, não sei se ele vai ser aquele cara de dar um choque no elenco. Até porque não faz o estilo sargentão, que briga com jogadores ou faz o estilo linha dura. Ele vai tentar organizar o time e se tiver de onde tirar pode dar uma boa resposta", analisou João Paulo de Medeiros.
"A relação dele com o elenco e com a imprensa sempre foi boa. Ele não é um cara de conflito. Acredito que a carreira dele não decolou por escolhas erradas dele mesmo em aceitar certas propostas. Mas acredito que tenha sido um bom nome para crescer junto com o Náutico. É a chance dele retormar a carreira em um clube maior e com certeza chega muito motivado", finalizou Jorge Júnior.
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