O treinador Sérgio Conceição, de 43 anos, foi um dos grandes responsáveis pelo 28.º título nacional de futebol conquistado pelo FC Porto, mantendo, assim, o pleno: quatro títulos em quatro épocas de ‘azul e branco’.
Nascido a 15 de novembro de 1974, o ex-internacional ‘AA’ luso foi futebolista dos ‘dragões’ em 1996/97, 1997/98 e 2003/2004 e em todas elas acabou campeão nacional, como agora, em 2017/18, no regresso a ‘casa’, no papel de técnico.
Sérgio Conceição, que se tornou o 11.º treinador a conseguir repetir o título conquistado como jogador, e o primeiro depois do ‘imenso’ feito de Jaime Pacheco, em 2000/2001, no Boavista, logrou, ainda por cima, o campeonato em ano de ‘vacas magras’.
À perna com o ‘fair play’ financeiro da UEFA, o FC Porto teve de recorrer aos emprestados e foi apoiado neles que o ex-técnico do Nantes, clube que deixou de forma polémica, levou os ‘dragões ao título, superando o tetracampeão Benfica e o Sporting.
Sem problemas em ‘enfrentar’ os futebolistas Casillas ou Soares ou o diretor de comunicação do clube, quando estes, na sua opinião, ‘pisaram o risco’, Sérgio Conceição foi o de sempre, intempestivo, capaz de soltar um ‘impropério’ e no ‘instante’ seguinte pedir desculpa, lamentar ter-se excedido.
Aos jogadores, passou, certamente, o seu espírito inconformado, a sua enorme vontade de vencer, bem visível no ‘mau feitio’ muitas vezes demonstrado na hora da derrota, com a qual mostrou continuar a ter dificuldades em lidar.
Muitas vezes crítico em relação às arbitragens e ao VAR, o treinador portista não teve, porém, demasiados desaires para comentar, já que o FC Porto esteve quase sempre na frente do campeonato e nunca deixou de depender de si próprio para chegar a um título que foi uma obsessão desde o início da época.
Sérgio Conceição conseguiu o grande objetivo, de evitar o ‘penta’ do Benfica e devolver o troféu ao Dragão, impondo-se a Rui Vitória e Jorge Jesus, os técnicos que construíram o ‘tetra’ do Benfica, entre 2013/14 e 2016/17.
Depois de dois títulos em dois anos na Luz, Rui Vitória esteve, depois de enorme recuperação, em ótima posição para selar o ‘penta’, quando liderava a cinco jornadas do fim, mas acabou ‘traído’ pela ausência de Jonas e o desaire caseiro com o FC Porto.
Por seu lado, Jorge Jesus voltou a fracassar no Sporting, pela terceira época consecutiva, ficando muito cedo fora da corrida ao título, como na época passada, isto depois de uma estreia promissora (2015/16), em que ficou a dois pontos do Benfica.
Após conquistar três títulos em seis anos ao comando dos ‘encarnados’, Jesus continua, assim, em ‘branco’ pelos ‘leões’, que somaram a 16.ª época a ver os outros festejar, numa ‘tradição’ iniciada após o cada vez mais longínquo cetro de 2001/2002.
Se Rui Vitória e Jorge Jesus levaram ‘nega’, Abel Ferreira merece uma positiva bem alta, depois de conseguir lutar até à última ronda pelo pódio, não concretizado por culpa de um desaire por 1-0 no reduto do Rio Ave.
Aos bracarenses, que continuam a ‘sonhar’ em repetir os títulos de Belenenses (1945/46) e Boavista (2000/2001), faltou conseguirem pontos com FC Porto e Benfica, essa ‘emancipação’, já que deixaram bem longe os outros ‘pequenos’.
Entre estes, mais sete, para um total de 11, mantiveram os técnicos até final, entre eles os três que lutaram pelo quinto posto, o Rio Ave, de Miguel Cardoso, o Desportivo de Chaves, de Luís Castro, e o Marítimo, de Daniel Ramos, que privilegiaram o futebol de qualidade, o futebol ‘positivo’.
Pepa, que já tinha salvado o Tondela a época passada, voltou a fazê-lo, com o ‘upgrade’ de um inesquecível 3-2 na Luz, e Vítor Oliveira, o conhecido técnico das subidas, guiou tranquilamente o Portimonense à manutenção, com um ataque de ter em conta.
Apesar de ter lutado pela manutenção até à última jornada, Nuno Manta Santos (Feirense) e José Couceiro (Vitória de Setúbal) conseguiram segurar o lugar, acabando por conseguir a salvação.
Foram, assim, apenas sete os clubes que protagonizaram ‘chicotadas’, apenas uma no caso de Vitória de Guimarães (Pedro Martins por José Peseiro), Boavista (Miguel Leal por Jorge Simão), Belenenses (Domingos Paciência por Silas) e o Estoril Praia (Pedro Emanuel por Ivo Vieira), que desceu.
Por seu lado, o Desportivo Aves, com José Mota a acabar, depois de Ricardo Soares e Lito Vidigal, numa estranha saída, teve três técnicos, tal como Paços de Ferreira e Moreirense, que ‘repetiram’ Petit.
O ex-jogador do Boavista e Benfica, que começou a época no ‘desemprego’, foi o único treinador que orientou dois clubes, o Paços de Ferreira da 10.ª à 17.ª jornadas e o Moreirense a partir da 23.ª. O Paços caiu e o conjunto de Moreira de Cónegos ficou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário