"Não adianta o clube tentar manter a maioria dos jogadores com folha de Primeira Divisão", afirmou Grafite
Mais uma vez, atacante expôs desejo de terminar a carreira no Tricolor no próximo
A visão administrativa do futuro diretor já está presente hoje em Grafite. Desapegado de um salário que atualmente gira em torno de R$ 200 mil, entende que a diminuição de despesas no elenco é importante. "Concordo (com a redução) até pela situação do clube. Não adianta o clube tentar manter a maioria dos jogadores com folha de Primeira Divisão. É normal uma readequação para o próximo ano. A gente sabe que os valores recebidos vão sofrer uma queda drástica", declarou.
O contrato prolongado de Grafite poderia até ser cancelado, já que o clube chegou a dever três meses a ele. Porém, com uma boa relação com o presidente Alírio Moraes, já expôs ao mandatário o seu desejo de seguir no Santa Cruz. "Tive uma conversa com Alírio dias atrás e ele me falou que estava na espera do planejamento do clube para o ano que vem, ver quem interessa e quem não interessa. Até li uma matéria sobre isso. Disseram que eu e Tiago Cardoso temos os maiores salários e temos de nos enquadrar. Acho válido (reduzir os salários), sim. O que for para o clube se reestruturar tem que ser feito. Cabe a nós, jogadores, tentarmos nos readequar à realidade do clube", disse. “Quero permanecer, mas não sei o que vai acontecer no ano que vem. Não quero ficar tirando dinheiro do clube. Quero jogar em alto nível e onde me queiram também”, emendou.
Apesar ainda desta incerteza, aposentar-se no Santa Cruz, em 2017, é algo que já está certo na cabeça de Grafite. “Eu pretendo terminar a carreira aqui. Quero jogar mais um ano, quero jogar bem, estar bem fisicamente e ficar por aqui.” E quando pendurar ele as chuteiras? Novamente, o Tricolor nos seus planos. Quando foi repatriado pelo clube, no ano passado, já havia sido cogitada uma atuação dele nos bastidores após a aposentadoria. O centroavante de 37 anos amadureceu a ideia e reforçou-a.“Vou continuar no futebol. Alguns falam que eu tenho o perfil de treinador, mas não tenho. Não iria conseguir lidar com vestiários. Não sei o dia de amanhã, mas vou continuar no futebol. Quem sabe, ajudando o Santa na administração, como gerente, pela experiência que tive na Europa, no Oriente Médio. Primeiro, preciso me capacitar”, ponderou.
Diario de Pernambuco
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