quinta-feira, 10 de maio de 2018

Fluminense encara Nacional Potosí e altitude para seguir na Copa Sul-Americana


Fluminense terá um duro desafio nesta quarta-feira para avançar à segunda fase daCopa Sul-Americana. Às 21h45 (de Brasília), o time carioca estará no estádio Víctor Agustín Ugarte, na cidade boliviana de Potosí, com uma altitude de mais de 4 mil metros acima do nível do mar, para enfrentar o Nacional Potosí, pela rodada de volta da fase inicial da competição mata-mata continental.


Uma vantagem que o Fluminense tem é o fato de terem ganhado a partida de ida por 3 a 0, no dia 11 de abril, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Agora podem perder por até dois gols de diferença que vão se classificar. Ao Nacional Potosí resta devolver o 3 a 0 e forçar a disputa de pênaltis ou golear por quatro ou mais gols de vantagem para avançar diretamente, uma vez que os tentos anotados como visitante valem para critério de desempate.
Abel Braga
Abel Braga, técnico do Fluminense. Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC
O técnico Abel Braga fez questão de montar uma logística para tentar superar os efeitos da altitude. O fato de chegar ao local no dia do jogo é uma estratégia para amenizar os efeitos, mas não é nenhuma garantia de sucesso. Recentemente o Vasco, após vencer o Jorge Wilstermann por 4 a 0 na ida da terceira fase preliminar da Copa Libertadores, foi goleado pelo mesmo marcador na altitude boliviana e só não foi eliminado de forma precoce por ter vencido a disputa de pênaltis.
"É algo que preocupa muito e isso que aconteceu com o Vasco está vivo na nossa memória. Vamos precisar ter força ofensiva, nos defender muito bem e reduzir os espaços para cruzamentos e chutes de fora da área. O triunfo no jogo de ida nos dá uma tranquilidade para sentir o jogo, mas está longe de ter nos garantido a classificação, pois existem fatores atípicos envolvidos neste cenário", analisou Abel antes da viagem à Bolívia.
O planejamento inicial traçado pelo clube carioca previa que a equipe faria apenas uma escala em Santa Cruz de la Sierra e depois seguiria para Sucre, cidade onde pretendia treinar nesta quarta-feira. A logística montada também indicava o plano de viajar para Potosí apenas horas antes da partida. Entretanto, o Fluminense se viu obrigado a acionar o seu plano B de viagem por causa da crise enfrentada na Bolívia, motivada por uma disputa por royalties da reserva de gás situada entre os estados de Chuquisaca e Santa Cruz. Devido ao problema, manifestantes fecharam estradas e o aeroporto de Sucre.
Abel Braga pretendia que seus jogadores treinassem em Sucre, que fica a 2.810 metros acima do nível do mar, para começarem a se aclimatar à altitude, mas teve de se contentar em ficar em Santa Cruz de la Sierra, que tem somente 416 metros de altitude.
Em campo, o Fluminense terá os retornos do zagueiro Gum e do lateral-esquerdo Ayrton Lucas, que não jogaram no último domingo contra o Vitória, em Salvador, pelo Campeonato Brasileiro, por causa de dores musculares.
Estadão

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