O Fluminense terá um duro desafio nesta quarta-feira para avançar à segunda fase daCopa Sul-Americana. Às 21h45 (de Brasília), o time carioca estará no estádio Víctor Agustín Ugarte, na cidade boliviana de Potosí, com uma altitude de mais de 4 mil metros acima do nível do mar, para enfrentar o Nacional Potosí, pela rodada de volta da fase inicial da competição mata-mata continental.
Uma vantagem que o Fluminense tem é o fato de terem ganhado a partida de ida por 3 a 0, no dia 11 de abril, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Agora podem perder por até dois gols de diferença que vão se classificar. Ao Nacional Potosí resta devolver o 3 a 0 e forçar a disputa de pênaltis ou golear por quatro ou mais gols de vantagem para avançar diretamente, uma vez que os tentos anotados como visitante valem para critério de desempate.
O técnico Abel Braga fez questão de montar uma logística para tentar superar os efeitos da altitude. O fato de chegar ao local no dia do jogo é uma estratégia para amenizar os efeitos, mas não é nenhuma garantia de sucesso. Recentemente o Vasco, após vencer o Jorge Wilstermann por 4 a 0 na ida da terceira fase preliminar da Copa Libertadores, foi goleado pelo mesmo marcador na altitude boliviana e só não foi eliminado de forma precoce por ter vencido a disputa de pênaltis.
"É algo que preocupa muito e isso que aconteceu com o Vasco está vivo na nossa memória. Vamos precisar ter força ofensiva, nos defender muito bem e reduzir os espaços para cruzamentos e chutes de fora da área. O triunfo no jogo de ida nos dá uma tranquilidade para sentir o jogo, mas está longe de ter nos garantido a classificação, pois existem fatores atípicos envolvidos neste cenário", analisou Abel antes da viagem à Bolívia.
O planejamento inicial traçado pelo clube carioca previa que a equipe faria apenas uma escala em Santa Cruz de la Sierra e depois seguiria para Sucre, cidade onde pretendia treinar nesta quarta-feira. A logística montada também indicava o plano de viajar para Potosí apenas horas antes da partida. Entretanto, o Fluminense se viu obrigado a acionar o seu plano B de viagem por causa da crise enfrentada na Bolívia, motivada por uma disputa por royalties da reserva de gás situada entre os estados de Chuquisaca e Santa Cruz. Devido ao problema, manifestantes fecharam estradas e o aeroporto de Sucre.
Abel Braga pretendia que seus jogadores treinassem em Sucre, que fica a 2.810 metros acima do nível do mar, para começarem a se aclimatar à altitude, mas teve de se contentar em ficar em Santa Cruz de la Sierra, que tem somente 416 metros de altitude.
Em campo, o Fluminense terá os retornos do zagueiro Gum e do lateral-esquerdo Ayrton Lucas, que não jogaram no último domingo contra o Vitória, em Salvador, pelo Campeonato Brasileiro, por causa de dores musculares.
Estadão
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