domingo, 22 de março de 2020

Covid-19: «O Benfica sempre foi um clube do povo e muito solidário» –Vieira

O presidente do Benfica destacou hoje a matriz popular e solidária do clube, depois do anúncio de uma doação de um milhão de euros para comprar equipamentos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), devido à pandemia de Covid-19.


Covid-19: «O Benfica sempre foi um clube do povo e muito solidário» –Vieira

"O nosso clube sempre foi um clube popular, do povo, e muito solidário. Nesta fase tão difícil entendemos que esta iniciativa era a melhor ajuda que podíamos dar. Espero que esta e outras iniciativas possam ajudar todos aqueles que na linha da frente estão a combater esta terrível pandemia. O vosso exemplo e a vossa coragem é a melhor esperança para todos nós", afirmou à Benfica TV Luís Filipe Vieira.
O Benfica e a Benfica SAD vão doar um milhão de euros para a aquisição de equipamentos para o SNS), no âmbito de uma iniciativa conjunta com a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Universidade de Lisboa.
O líder das ‘águias' aproveitou a ocasião para deixar uma "palavra de otimismo" aos benfiquistas e salientou que, na atual crise, todos pertencem ao mesmo clube, que é "o clube da vida".
Por seu turno, o presidente da CML, Fernando Medina, deixou um agradecimento sentido ao clube da Luz, considerando que é um exemplo a ser seguido por outras entidades e pessoas.
"É uma atitude que nos sensibiliza muito. É um gesto muito importante do Benfica para com toda a comunidade, com todo o país, que vive um momento de grande dificuldade e de um desafio muito grande", afirmou Medina.
E acrescentou: "O Benfica dá aqui um sinal muito forte e muito claro. Primeiro, para reunirmos os meios para conseguirmos vencer mais rápido e coletivamente esta crise. Estes recursos financeiros vão ajudar a fazer a diferença. E isso conta muito. Vão ajudar a salvar vidas, vão ajudar a proteger a comunidade, vão ajudar a construir coisas importantes para que todos possamos passar melhor este período".
Segundo o presidente da CML, este é também "um grande sinal para todos os outros, para a comunidade, para as empresas, para as pessoas que possam contribuir neste momento", de forma a que a situação causada pelo novo coronavírus seja ultrapassada o mais rapidamente.
"Estamos a fazer um grande trabalho na cidade, em primeiro lugar para apoiar o SNS, com aquilo que é necessário para que eles funcionem na primeira linha, mas, em segundo lugar, fazer aquilo que é a nossa obrigação, que é estar em prontidão e em ação. Temos mais de cinco mil pessoas entre a CML e as juntas de freguesia que estão todos os dias no terreno, para assegurarmos que a cidade funciona", lançou Medina.
De acordo com o político, a cidade de Lisboa mantém em prontidão os serviços de higiene urbana, os bombeiros, na proteção civil, e as equipas da área social a cuidar dos sem-abrigo e dos mais vulneráveis, estando também "já no terreno uma rede de fornecimento de alimentação", à população mais carenciada, especialmente, os mais idosos, que é articulada com as juntas de freguesia.
Já António Cruz Serra, reitor da Universidade de Lisboa (ULisboa), fez um "agradecimento muito grande ao Benfica por esta contribuição tão significativa", que vai "ajudar a minorar as dificuldades no SNS e no ataque a esta calamidade" e "vai seguramente, no imediato, aliviar a pressão sobre os cuidados intensivos" dos hospitais portugueses.
"Acabei de ter a confirmação, pelo diretor da Faculdade de Medicina [da ULisboa], da adequabilidade dos primeiros 40 ventiladores que poderemos encomendar de imediato com esta ajuda do Benfica, que será um contributo muito importante para melhorar as condições que temos para quando a epidemia atingir um momento mais grave do que o atual", avançou o responsável.
E rematou: "Espero que esta oferta venha a ser seguida por outros, porque nós conseguimos fazer as encomendas e isso possibilita para termos a capacidade reforçada" deste tipo de equipamentos no território português.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, infetou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.100 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 90.500 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 182 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.032 mortos (mais 627 que na quinta-feira) em 47.021 casos.
A Espanha regista 1.002 mortes (19.980 casos) e a França 264 mortes (9.134 casos).
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira.
O número de mortos no país subiu para seis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário