quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Inter elimina U. de Chile na pré-Libertadores, mas expõe falta de repertório ofensivo

Colorados na próxima fase! Depois de ficar no 0 a 0 em Santiago, o Internacional bateu a Universidad de Chile por 2 a 0 no Beira-Rio, em Porto Alegre. A vitória gaúcha carimbou vaga na terceira e última fase da pré-Libertadores. Boschilia e Marcos Guilhermes foram os heróis que saíram do banco de reservas para deixar o público vermelho carregado de satisfação ao fim do confronto.
Ao final da história porto-alegrense, os donos da casa tiveram 62% da posse de bola, mas apenas seis finalizações no gol adversário. O que chama atenção é a quantidade de cruzamentos do Inter. No primeiro tempo, quando precisava fazer gol, o time de Eduardo Coudet mandou 15 vezes a bola na área, expondo a deficiência de jogada por baixo. No entanto, depois do intervalo e placar aberto, apenas um cruzamento no segundo período.

Ataque x defesa

Durante todo o primeiro tempo o Internacional foi superior à Universidad de Chile. Pelo lado esquerdo se concentrou 55% das chegadas coloradas, principalmente com Moisés. O lateral fez seis dos 15 cruzamentos realizados pelo time da casa. Assim, percebeu-se a falta de criatividade do time de Coudet. Mas de tanto o Inter ter a bola, exigindo grande atenção da defesa chilena, o zagueiro Carrasco vacilou aos 43' na frente de Boschilia, que não perdoou e abriu o placar antes do intervalo.

Foto: Reprodução/Internacional
Foto: Reprodução/Internacional

Víctor Cuesta atacando (Foto: Reprodução/Internacional)
Víctor Cuesta atacando (Foto: Reprodução/Internacional)
Uma das poucas variações do Inter com a bola ofensiva foi a presença de Víctor Cuesta na grande área para entrar nos espaços deixados por Guerrero.
Com a vantagem no placar, Cuesta já não buscava mais ações à frente. Jogo do Inter se resumiu, a partir dali, em Moisés buscar o atacante peruano, que fez má partida. Isso porque não conseguiu criar ou finalizar nenhuma boa jogada no segundo tempo.

De destaque, a arrancada de Marcos Guilherme

Falando nisso, a etapa final do Colorado não foi tão tranquila. Hernan Caputo fez duas alterações no intervalo, adiantando seu time, que deixou de ser passivo e buscou ousar nos contra-ataques. Faltou qualidade e lucidez no time chileno. Numa dessas investidas, Edenílson lançou Marcos Guilherme nas costas da zaga. O baixinho, que entrou no segundo tempo, deu um pique à Usain Bolt e chegou primeiro que o zagueiro. Driblou o mesmo marcador e o goleiro. Aí foi só empurrar às redes aos 73'. Depois do 2 a 0, nada de estupendo no Sul do Brasil.

Marcos Guilherme fechou a conta (Foto: Reprodução/Internacional)
Marcos Guilherme fechou a conta (Foto: Reprodução/Internacional)
Agora, o Internacional aguarda o classificado do confronto entre Tolima (COL) e Macará (EQU), que também jogam na noite desta terça-feira (11). Vale lembrar que na ida, no Equador, quem venceu foi o time colombiano pelo placar de 1 a 0.


Na primeira grande decisão da Era Coudet, o Inter passou com méritos. Na noite desta terça-feira, no Beira-Rio, controlou o jogo ao longo dos 90 minutos, se impôs diante da Universidad do Chile e construiu vitória por 2 a 0 para avançar à terceira fase da Pré-Libertadores.
Os gols foram marcados um em cada etapa, por dois jogadores que entraram ao longo do confronto. No primeiro tempo, Boschilia anotou. Na segunda etapa, Marcos Guilherme fez um golaço para assegurar a vaga. Na terceira fase da Pré-Libertadores, o Inter enfrenta o Tolima, que venceu o Macará por 1 a 0. O confronto, que vale um lugar na fase de grupos, já inicia semana que vem. 
Antes disso, o Inter ainda volta a campo para o primeiro Gre-Nal do ano, válido pela semifinal do primeiro turno do Gauchão. O clássico será as 16h30min de sábado, no estádio Beira-Rio. 

Superior, Inter domina e marca no fim do primeiro tempo

Apesar da possibilidade de trocas no time, conforme informação surgida no início da semana, o técnico Eduardo Coudet optou por repetir a equipe que empatou em 0 a 0 o jogo de ida, no Chile. Assim, Boschilia, de boa atuação diante do Novo Hamburgo pelo Estadual, ficou no banco, e o quarteto de meio-campo foi mantido, com Musto, Edenílson, Lindoso e Patrick.
Com muito mais posse de bola nos minutos iniciais, o Inter começou bem a partida, apertando a saída de bola e pressionando a La U em seu próprio campo. Com as linhas adiantadas, foi um defensor que criou a primeira chance. Após jogada trabalhada pela esquerda, a bola ficou para Cuesta na entrada da área. Ele limpou dois defensores e bateu cruzado, de canhota. A bola passou perigosamente à frente do goleiro Campos.
As construções de jogada do Inter ao longo do primeiro tempo foram, em boa medida, nas combinações pelo lado esquerdo, com Moisés sendo um dos jogadores mais participativos ofensivamente. Somou-se a ele Boschilia, que aos 17 minutos entrou no lugar de Patrick, substituído por conta de dores após receber uma pancada nas costelas. 
Apesar do maior volume e da grande diferença na posse da bola, o Inter não criou tantas chances de gol. Foram apenas cinco finalizações na primeira etapa. Uma das mais perigosas veio após cobrança de escanteio curto de D'Alessandro, buscando Rodinei. Ele cruzou e achou Rodrigo Lindoso, que cabeceou muito perto do gol.
Mas a bola na rede viria apenas na última finalização da etapa inicial, aos 43 minutos. E ela veio justamente em uma das virtudes do time de Coudet: a pressão alta na saída de bola do adversário. Boschilia apertou o defensor da La U e roubou a bola. Ele avançou em velocidade, saiu na cara do goleiro e o deslocou com categoria para fazer 1 a 0 e deixar o Inter em vantagem ao intervalo.

Golaço de Marcos Guilherme decide classificação

Para a segunda etapa, a La U fez duas trocas, na tentativa de mudar o cenário do jogo, já que precisava de pelo menos um gol para avançar à próxima fase. O técnico Héctor Caputto lançou a campo o atacante Lobos e o meia Gonzalo Espinoza, nos lugares de Henríquez e Cornejo.
O Inter perdeu a chance de encaminhar a classificação logo aos sete minutos da etapa final. Do círculo central, Edenílson fez belo lançamento de primeira buscando Guerrero no comando de ataque. O peruano avançou livre e saiu na cara de Campos. No entanto, o atacante preferiu driblar o goleiro, e perdeu o ângulo. O atacante ainda chegou a escorregar, mas conseguiu permanecer de pé a tempo de cruzar para D'Alessandro, que vinha entrando na pequena área. O argentino não alcançou o cruzamento e ainda sofreu uma pancada, que a arbitragem não interpretou como pênalti. 
Com as alterações, a La U voltou com uma postura diferente para a etapa final, buscando um pouco mais o gol e conseguindo reter a bola, especialmente graças à entrada de Gonzalo Espinoza, que mudou a dinâmica do meio do time chileno. O Inter, por outro lado, reduziu o ritmo e não manteve a intensidade do primeiro tempo, ainda que sempre mantendo uma posse de bola muito maior que a do adversário.
Controlando as ações, o Inter carimbou a vaga para a próxima fase aos 30 minutos da etapa final. Em belo lançamento do campo de defesa, a bola chegou até Marcos Guilherme, pelo lado esquerdo de ataque. Em alta velocidade, ele ganhou do defensor e em seguida o driblou. O goleiro Campos também foi fintado antes do chute seco, no alto, sem chance para a zaga chilena. O 2 a 0 assegurou a classificação do Inter, que só precisou administrar o resultado nos minutos finais. 

Pré-Libertadores - 2ª fase

Inter 2
Marcelo Lomba, Rodinei, Cuesta, Moledo e Moisés; Musto (Johnny), Edenílson, Lindoso e Patrick (Boschilia); D'Alessandro (Marcos Guilherme) e Guerrero. Técnico: Eduardo Coudet.
Universidad de Chile 0
Campos; Matias Rodriguez, Del Pino, Carrasco e Beausejour; Moya, Aranguiz (Zacaria), Salani e Cornejo (Gonzalo Espinoza); Larrivey e Henríquez (Lobos). Técnico: Héctor Caputto.
Gols: Boschilia (43/1T) e Marcos Guilherme (30/2T)
Cartões amarelos: Rodinei, D'Alessandro, Lindoso, Guerrero (Inter); Mathias Rodríguez, Carrasco (Universidad de Chile)
Árbitro: Esteban Ostojich (URU)
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Público: 41.864 torcedores
Renda: R$ 1.794.150,00



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