"[Atingir a final da Taça de Portugal] tem um significado muito especial, quer para mim, quer para muitos jovens, que ainda no ano passado estiveram aqui, no meu último jogo pela equipa B, onde fizemos uma grande exibição e ganhámos ao Famalicão [para a II Liga]. Tivemos uma entrada muito forte. Nos primeiros 30 minutos, estivemos muito bem no jogo, quer a nível ofensivo e a nível defensivo. Celebrámos muito o golo [do Pizzi], porque fazia parte da nossa estratégia pressionarmos daquela maneira e tirar proveito disso. Mas o Famalicão foi crescendo e, na segunda parte, fez uma grande exibição. Encostou-nos um pouco à área. Nos últimos 15 minutos, não pressionámos como pretendíamos. O Famalicão chegou com justiça ao resultado [empate].
O mais importante foi conseguirmos a final, perante um adversário que joga bem, que provoca um desgaste enorme na forma como explora a largura e a profundidade. Não estou satisfeito com a exibição, mas sim com o facto de termos conquistado a final.
[Este jogo foi mais um numa fase exibicional menos boa?} Por coincidência, a sequência de jogos num curto espaço de tempo foi Belenenses SAD, Famalicão, para a primeira mão da Taça, FC Porto e Famalicão novamente. Marcámos muitos golos nesses jogos: três com o Belenenses SAD, três com o Famalicão, dois com o Porto e um hoje. No momento defensivo, não estivemos tão fortes a nível de equilíbrio e de transição. Temos permitido algumas transições aos nossos adversários. Hoje não fizemos uma exibição consistente. Tivemos uma entrada forte, mas fomos perdendo [fulgor]. Na segunda parte, houve uma forte pressão do Famalicão. Fomos fazendo as substituições no sentido de controlar mais o jogo com bola, mas não conseguimos.
Não se trata de uma quebra física [a razão de exibições menos conseguidas]. Hoje a equipa correu muito. Com o Belenenses e com o Porto, correu muito. O desgaste vem de não recuperarmos totalmente de um jogo para outro. O Famalicão, quando joga contra os ‘grandes', não sofre a mesma pressão de uma equipa ‘grande'. O Famalicão eventualmente terá mais dificuldades em ter este tipo de jogo contra uma equipa que se fecha lá atrás. Uma equipa como o Benfica não pode esperar; na Luz, se isso acontecer, o jogo fica aborrecido. De hoje para sábado, a equipa vai ter tempo suficiente para recuperar.
Todos os jogadores são importantes. Quando se perde, falta sempre alguma coisa. Em setembro ou outubro, houve queixas pelo facto de [Cervi] ter sido titular na Liga dos Campeões. Há quatro meses, colocá-lo a jogar não era o melhor para a equipa. As escolhas [para o ‘onze'] são feitas consoante o momento".
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