quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Liga de futebol americano nos EUA é pressionada por ex-jogadores a aceitar maconha no tratamento da dor



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O futebol americano é um esporte de alto contato e de muitas lesões. É muito comum os jogadores ficarem fora de jogos importantes por causa dos graves machucados. E a dor é um companheiro nada agradável neste processo, que permanece até mesmo quando os atletas se aposentam. Remédios e mais remédios são utilizados para tentar conter os efeitos.
Mas os atletas da liga NFL, nos Estados Unidos, encontraram um novo aliado para conter as dores das lesões. Um grupo de ex-atletas começou a usar o canabidiol (THC), uma das principais substâncias encontradas na maconha. O canabidional é um importante aliado para diminuir casos de convulsões, por exemplo, e também pode aliviar casos de dores intensas.
Jogadores como Jake Plummer, que jogou em times como Arizona Cardinals e Denver Broncos, Eugene Monroe, do Ravens, e Derrick Morgan, do Titans, já usam o medicamento e estão liderando uma campanha dentro da NFL para autorizar o uso do canabidiol para atletas que ainda estão na ativa. Em novembro, mais três estados americanos (Califórnia, Massachussets e Nevada) aprovaram nas eleições nacionais o uso legal da maconha. Agora, 23 times associados à NFL estão em estados onde a maconha é legalizada.
Os ex-jogadores estão pressionando os dirigentes do esporte para analisar as principais reclamações de dores e lesões em ex e atuais jogadores da liga. "Não é uma reclamação", disse Monroe, em entrevista ao Denver Post . "Nós sabemos que fomos contratados nestas condições. Mas também sabemos que há opções para nos ajudar a aliviar esses problemas. Se você machuca seu joelho, se recupera e volta na próxima temporada, você ainda está lidando com as dores todos os dias. Mas as pessoas que estão assistindo não sabem disso", afirmou.
Além de fazer campanha pela permissão do canabidiol, os ex-jogadores também mobilizam os atletas sobre o perigo dos atuais medicamentos permitidos para combater a dor. "Por que eu preciso me sentir, em um estado onde a maconha é permitida, como se eu estivesse fazendo algo ilegal?", questionou Plummer. Eu poderia entender se eles fossem profissionais de riscos. Mas eles são jogadores de futebol", complementou.
As atuais regras da NFL valem até a temporada de 2020. Mas a política de drogas e medicamentos foi modificada pela última vez em 2014 e pode ser alterada antes deste período. Jogadores que têm utilizado o canabidiol fora da temporada, podem sofrer graves punições se tiverem mais de 35 nanogramas por cada milímetro de urina.
A NFL se comprometeu em contratar estudos para saber o impacto da maconha no esporte. "Acho que o comitê, neste momento, vai se focar em identificar as dores crônicas mais comuns entre os nossos membros", explica George Atallah, diretor executivo assistente da NFL. "Depois desta etapa, nós vamos estar mais confortáveis para analisar as opções de tratamento", disse.

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