quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Planejamento e cidade que respira futebol: os trunfos da Chapecoense para a Série A


DANIEL SILVA, FLORIANÓPOLIS 



A comemoração do quinto título da Chapecoense no Estadual durou apenas um dia. No calendário do Verdão do Oeste, viagem para Curitiba, onde a equipe perdeu de virada para o Paraná, pela Copa do Brasil, e outro deslocamento, para Porto Alegre, local da partida contra o Internacional, neste domingo, às 18h30. Se o adversário traz boas recordações para os torcedores da Chape, a maratona pela qual os atletas passaram pode dificultar as coisas no estádio Beira-Rio. “Foi uma semana corrida e importante para o clube. Logo depois viajamos para Curitiba e agora temos o jogo em Porto Alegre, contra o Inter, pela estreia do Brasileiro, que é uma competição difícil. Temos que pensar grande e pontuar fora de casa”, afirmou o goleiro Danilo.
Cleberson Silva/Divulgação Chapecoense
Sandro Pallaoro credito o sucesso do time ao apoio da cidade

Titular nas duas participações da Chapecoense na Série A, Danilo e o clube já estão habituados aos perigos que o Brasileirão oferece. O objetivo do Verdão do Oeste na competição é superar o 14º lugar conquistado na última temporada. O título sobre o Joinville traz confiança para mais uma boa campanha na Série A. “São jogos mais difíceis. O Grupo está muito bem, está confiante. E chegarão novas contratações. Eu tenho certeza que faremos um grande Campeonato Brasileiro. Será nossa terceira temporada e sabemos muito bem todas as dificuldades que vamos enfrentar, mas estamos preparados e o título estadual nos dá uma confiança a mais”, comentou. 
Para o jogo contra o Colorado, o atacante Bruno Rangel, artilheiro do Catarinense e autor do gol contra o Paraná, deve começar no banco.
O mês tem 15 dias em Chapecó
O crescimento da Chapecoense no cenário nacional pode ser explicado por fatores variados. Mas são dois os pilares mais importantes: Envolvimento da cidade, antes dividida em torcedores de Internacional e Grêmio. Planejamento – Sandro Pallaoro assumiu o time em 2010 e, desde então, aposta na gestão compartilhada para levar o Verdão do Oeste adiante. “A cidade respira o futebol, abraçou o time. Vendemos uma ideia e todo mundo comprou. O poder público nos ajuda muito, as empresas e patrocinadores, e dentro de campo o resultado está acontecendo. Não adianta fazer tudo isso se o resultado não vem. Trabalhamos juntos nas tomadas de decisões. Do roupeiro ao presidente cada um faz a sua parte”, comentou. 
A manutenção dos principais jogadores de uma temporada para outra é o segredo para o sucesso dentro de campo. Prova disso é o título do Campeonato Catarinense, conquistado de maneira incontestável. Segundo o presidente, os jogadores vêm ao Oeste pois sabem que em Chapecó todos recebem em dia. E, novamente, a torcida é um dos atrativos na hora de fechar o contrato. “Aqui o mês tem 15 dias. No dia 10 pagamos a carteira (60%) e no dia 25 os direitos de imagem (40%). Chapecó é uma cidade média, com coisas de cidade grande. Aeroporto que funciona, restaurantes, um povo acolhedor. O atleta é bem recebido. Com a força do torcedor, acredito que podemos surpreender”, afirmou Pallaoro. 

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