autor / Cassio Zirpoli
A vantagem do empate bastou ao Sport. Num clássico equilibrado e nervoso, o leão ficou no 1 x 1 com o Náutico e se classificou à final do Campeonato Pernambucano de 2017. Na arena, o rubro-negro manteve a escrita. Foi o 5º mata-mata contra o timbu desde a implantação do formato com semifinal e final, em 2010, sempre obtendo sucesso. Agora, pega o Salgueiro numa decisão inédita, onde manterá o perfil deste confronto, com força máxima.
No jogo de volta, só um desfalque. O mesmo, Ronaldo Alves. Mas ao contrário da ida, com amplo domínio leonino, quando o placar de finalizações foi 19 x 6, desta vez foi 7 x 9. Em vez de um timbu tentando se organizar na defesa, basicamente, o que se viu foi um time postado à frente. Marcou bem a saída de bola e atacou em velocidade, sobretudo com Erick. Liso, o atacante de 19 anos foi o melhor na primeira etapa. Aos 8, fez fila e mandou de longe, acertando a trave de Magrão. Rápido, ainda foi derrubado próximo à área, em dois lances de perigo. A bola parada, de fato, era um ponto forte com Marco Antônio – que marcara na Ilha. E assim saiu o gol do mandante, aos 31 minutos. O camisa 10 cobrou escanteio e Giovanni escorou de cabeça. O gol igualava o confronto, levantando de vez a torcida timbu na arena.
Porém, a festa mudou de lugar dois minutos depois, com as arquibancadas do setor norte vibrando com o gol de Matheus Ferraz. O contestado zagueiro, o 4º na fila de Ney Franco, acabou ganhando nova chance após os vetos a Ronaldo Alves e Henríquez. Em cobrança de falta de Fabrício, subiu mais que dois marcadores. Dali até o intervalo, o domínio passou a ser rubro-negro, trocando passes e saindo com calma, orientado por Diego Souza.
No intervalo só houve uma mudança, com Lenis no lugar de André, em jejum há oito partidas. O objetivo era aumentar o escape do time, a partir da velocidade do colombiano. Já Milton Cruz só foi mexer com 17 minutos, acionando Maylson (pedido pela torcida) no lugar de Dudu, numa tentativa de dar força ao meio-campo, com os três volantes leoninos presentes – curiosamente, Rithely foi o de menor intensidade (CK?). Acabou sendo um tempo com menos oportunidades, sendo a melhor com Rogério, lançado pro Raul Prata (que acabara de entrar). Ficou cara a cara com Tiago Cardoso, mas chutou em cima do goleiro. No fim, com Náutico insistindo na bola aérea, Matheus Ferraz apareceu novamente. À parte dos erros em seu histórico, ele tem, sem dúvida, essa jogada como ponto forte. Ofensiva e defensivamente.
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