Técnico volta ao clube da Avenida Rosa e Silva após quase dois anos longe do Recife
Após quase dois anos o técnico Dado Cavalcanti volta ao comando técnico do Náutico. Após o clube sinalizar que não continuaria com Givanildo Oliveira como seu treinador em 2017, o Timbu acertou com o também pernambucano para a próxima temporada. Dado deve chegar ao Recife na próxima segunda-feira e assinar o acordo de forma oficial.
A direção do Náutico mais uma vez mostrou que não está disposta a perder tempo e assim como fez nas demissões de Alexandre Gallo e Gilmar Dal Pozzo, não demorou para anunciar um substituto. “Se você pegar o currículo de Dado, podemos dizer que é muito bom. Conhece muito bem a região e tem um perfil que se encaixa no Náutico”, comentou o diretor de futebol Marcílio Sales.
Dado estava no Paysandu e terminou a competição na 14ª colocação. Com 49 pontos. A equipe chegou a empolgar em alguns momentos na Série B, mas perdeu fôlego e não chegou a brigar de forma efetiva pelo acesso.
Na sua primeira passagem pelo Náutico, em 2014, Dado obteve nove derrotas, cinco empates e nove derrotas, obtendo um aproveitamento de 46,3%na Série B. Em 128 jogos na competição, na qual já comandou Paysandu, Paraná e Ponte Preta, além do Náutico, Dado conquistou 50 vitórias, 33 empates e 45 derrotas, obtendo um aproveitamento de 47,65%.
Período complicado e saída conturbada
Apesar dos elogios da atual direção alvirrubra, a passagem de Dado no Alvirrubro não foi tão tranquila. Além de ser bastante criticado pela gestão do clube quando decidiu não continuar no clube e assinar com o Ceará para a temporada 2015, o técnico teve que lidar com a crise financeira que refletiu diretamente em campo. Os atletas chegaram a ter três meses de salários atrasados e fizeram greve. Outro caso que marcou a passagem de Dado Cavalcanti no Timbu foi quando teve que pagar o jantar da delegação alvirrubra após enfrentar o América-RN em Natal. O cartão do então diretor de futebol Carlos Kila não passou e o técnico assumiu a dívida.
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Clube segue analisando lado financeiro do clube para tomar decisões sobre time
Em 2016 o Náutico conseguiu algo que é um verdadeiro desafio para os times brasileiros. Manter as contas em dia. Diferentemente dos três anos anteriores, quando atrasou salários até na Série A, quando teve seus maior orçamento da história do clube, o Timbu conseguiu equilibrar os gastos com a arrecadação e terminará o ano sem dívidas com os atletas. Para repetir o feito em 2017, as reuniões têm sido diárias no clube e o assunto principal não é a formação do elenco. O lado financeiro é o principal foco e o patrocínio com a Caixa Econômica Federal pode ser fundamental na próxima temporada.
Após reunir toda a documentação e ser um dos clubes contemplados com o apoio da instituição federal em 2016, a direção do clube não acredita que haverá problemas para a renovação do acordo que foi firmado no último mês de setembro na próxima temporada. “Normalmente os clubes que têm patrocínio da Caixa tem os acordos praticamente mantidos. Se continua na Série B os valores continuam os mesmos. Se vai para a Série A, ganha um upgrade”, confirmou o diretor de futebol Emerson Barbosa.
Além de conseguir manter o patrocínio dos últimos quatro meses de 2016 para a próxima temporada, o clube ainda tem esperança de conseguir até um valor maior em 2017. Isso depende de uma série de relatórios que são apresentados a Caixa. Se tivesse conseguido o acesso à Série A, a previsão era que os valores do patrocínio fosse dobrado.
“Apresentamos vários relatórios que são levados em conta para a renovação e pode ser que ganhemos algum valor a mais. Porém, o fundamental é manter as certidões em dia. Conseguimos um bom relacionamento com a Caixa e acredito que não teremos problemas para renovar”, finalizou Barbosa.
Ao todo são 18 clubes do futebol brasileiro com o patrocínio da instituição financeira e a previsão de renovação do Timbu para a temporada 2017 é de R$ 3,6 milhões. Algo que daria R$300 mil por mês ao clube.
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