terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Potencial que nunca vira realidade: Diniz já é um fracasso no São Paulo

De contratação recomendada pelas referências do atual elenco tricolor, Fernando Diniz foi oficializado como comandante do ​São Paulo no dia 26 de setembro, ou seja, completou dois meses de trabalho há poucos dias. Sua missão ao chegar no Morumbi era 'simples': vencer o suficiente para garantir o time paulista no grupo dos classificados de forma direta à ​Libertadores 2020 e construir uma nova identidade ao Soberano, totalmente descaracterizado por ter vivido múltiplas trocas em sua área técnica ao longo das últimas temporadas

Dois meses é pouco para condenar definitivamente um trabalho, apesar do futebol brasileiro seguir uma ideia de 'tempo' bem distinta (quase exclusiva) em relação ao estrangeiro. Contudo, também não é exagero dizer que Diniz já fracassou em sua experiência à frente do São Paulo: além de sua equipe estar bastante ameaçada de perder sua vaga no G-6 - tem três pontos de vantagem para o Inter, sétimo colocado, seu rival na próxima rodada -, o Tricolor Paulista passa longe de ter uma 'cara' após dois meses do treinador à frente da comissão técnica.

Justo com o elenco mais qualificado tecnicamente com o qual já teve oportunidade de trabalhar, Diniz não conseguiu impor/construir um padrão de jogo: o Fluminense, ao menos, tinha uma identidade e não vencia jogos por ser bastante limitado em peças/qualidade, algo que não falta ao Tricolor Paulista. A equipe do Morumbi, no entanto, consegue ir de propositiva à reativa em uma mesma partida (como foi contra o Ceará), além de pecar demais na falta de intensidade e sempre perder fôlego nas retas finais de jogos.

Fernando Diniz

É fato que Diniz é 'prejudicado' por estar em um ambiente politicamente instável e de enorme pressão pela urgência do clube em voltar a ser protagonista. Há um entorno desafiador para qualquer treinador, jovem ou experiente, que vista a camisa do Soberano. Contudo, o próprio também dificulta sua própria missão ao dar declarações totalmente desconectadas da realidade, como a entrevista após a derrota por 3 a 0 para o Grêmio no domingo (01), em que afirmou que o São Paulo é o 'clube que mais tem sua cara após dois meses de trabalho'

Com 48% de aproveitamento total, distante de conseguir formar uma equipe consciente de como deve atuar e aparentemente alheio ao tamanho do clube e sua 'seca' por resultados, o jovem técnico caminha para mais uma experiência de curta duração na elite do futebol brasileiro, se consolidando como a promessa de revolução que nunca vira realidade.

Fernando Diniz


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