Carcará buscou a vitória desde início, diante de um Tricolor acuado e defensivo
Pela segunda vez em três anos, o Salgueiro faz história no futebol de Pernambuco. Primeiro clube do interior a disputar uma final de Estadual, o Carcará repete o feito alcançado em 2015. Foi gigante e senhor do jogo, neste sábado, no Cornélio de Barros, diante de um Santa Cruz encolhido. Em quatro minutos, reverteu a vantagem conquistada pelo Tricolor na partida de ida. Construiu o placar de 2 a 0, a vitória que precisava para garantir seu lugar na decisão, que será inédita. Agora, espera Náutico ou Sport para, quem sabe, ir além e fazer diferente que há dois anos.
O Salgueiro precisava de gols e desde o início da partida se propôs ao ataque. Com uma rápida transição e jogadas pelos lados do campo, chegava com facilidade. Valdeir, sem um posicionamento fixo, era o melhor do time, com muita velocidade e chutes perigosos. O Santa Cruz foi exatamente o oposto. Com a vantagem obtida no primeiro jogo, esteve posicionado para se defender. Halef Pitbull ficou isolado na frente, recebendo as bolas sempre de costas para a defesa.
Com muito mais posse de bola, o primeiro tempo foi do Salgueiro. Chegou a incomodar Júlio César em algumas oportunidades, mas, por outro lado, não teve uma grande chance de marcar. Por ironia, essa oportunidade apareceu para o Santa Cruz, aos 35, quando Pitbull conseguiu dominar e servir Everton Santos, que entrou livre na área e bateu cruzado. A bola foi para fora.
Com muito mais posse de bola, o primeiro tempo foi do Salgueiro. Chegou a incomodar Júlio César em algumas oportunidades, mas, por outro lado, não teve uma grande chance de marcar. Por ironia, essa oportunidade apareceu para o Santa Cruz, aos 35, quando Pitbull conseguiu dominar e servir Everton Santos, que entrou livre na área e bateu cruzado. A bola foi para fora.
Segundo tempo
Na volta para a etapa final, com um meio campo pouco produtivo e sem disposição para o combate, o técnico Vinícius Eutrópio tirou Pereira, que tinha a função de criar, mas pouco apareceu no primeiro tempo, e colocou Elicarlos. A partir de então, Thomás passou a ser única válvula de escape para os contra-ataques do Santa Cruz. A proposta coral estava muito clara: se defender ainda mais.
O Salgueiro, por sua vez, não mudou a postura. Voltou para o segundo tempo com a mesma mentalidade ofensiva. A pressão seguiu forte. Até demorou, mas após tanto tentar, o Carcará chegou ao primeiro gol. Aos 21, após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Rodolfo Potiguar, livre. Ele bateu com força, sem chance para Júlio César. O Tricolor ficou desestabilizado. O time do Sertão se lançou ainda mais ao ataque. O placar levava a decisão para os pênaltis, mas claramente não era o que a equipe da casa queria.
Diante de um Santa Cruz sem reação, talvez por não ter se planejado para sofrer um gol, o Salgueiro fez 2 a 0 com Jean, que havia acabado de entrar. Agora, a vaga na final estava com o Carcará, que dominava o jogo. Ao Tricolor, restava correr atrás do que não havia feito até então. Eutrópio mexeu no time, tentando colocá-lo mais à frente. Mas a equipe coral simplesmente não acertava jogar ofensivamente.
Na base do desespero, o Santa Cruz tentou ir ao ataque, mas sem sequer assustar. No último lance do jogo, aos 48 do segundo tempo, o lance que poderia mudar a história da partida. Falta na meia lua da grande área. Praticamente um pênalti para Anderson Salles. O zagueiro, que decidiu para o Tricolor diversas vezes nesta temporada, cobrou com perfeição. Mas Mondragón foi o herói dessa vez. Fez uma grande defesa e garantiu a vitória por 2 a 0 e o Salgueiro na final do Pernambucano.
Ficha do jogo
Salgueiro
Mondragon; Marcos Tamandaré (Jean), Ranieri, Luiz Eduardo e Daniel Nazaré; Rodolfo Potiguar (Victor Caicó), Moreilândia, Toty e Valdeir; William Lira e Álvaro. Técnico: Evandro Guimarães.
Santa Cruz
Julio Cesar; Vitor, Anderson Salles, Bruno Silva e Tiago Costa; David, Federico Gino (Léo Costa), Pereira (Elicarlos), Thomás e Everton Santos (Júlio Sheik); Halef Pitbull. Técnico: Vinícius Eutrópio.
Estádio: Cornélio de Barros (Salgueiro-PE). Árbitro: José Woshington da Silva (PE). Assistentes: Clóvis Amaral (PE) e Marlon Rafael Gomes de Oliveira( PE). Gols: Rodolfo Potiguar (aos 21min do 2°T) e Jean (aos 25min do 2°T). Cartões amarelos: Thomás, David, Vitor, Bruno Silva, Tiago Costa (SC). Público: 5.184. Renda: R$ 53.690.
Salgueiro
Mondragon; Marcos Tamandaré (Jean), Ranieri, Luiz Eduardo e Daniel Nazaré; Rodolfo Potiguar (Victor Caicó), Moreilândia, Toty e Valdeir; William Lira e Álvaro. Técnico: Evandro Guimarães.
Santa Cruz
Julio Cesar; Vitor, Anderson Salles, Bruno Silva e Tiago Costa; David, Federico Gino (Léo Costa), Pereira (Elicarlos), Thomás e Everton Santos (Júlio Sheik); Halef Pitbull. Técnico: Vinícius Eutrópio.
Estádio: Cornélio de Barros (Salgueiro-PE). Árbitro: José Woshington da Silva (PE). Assistentes: Clóvis Amaral (PE) e Marlon Rafael Gomes de Oliveira( PE). Gols: Rodolfo Potiguar (aos 21min do 2°T) e Jean (aos 25min do 2°T). Cartões amarelos: Thomás, David, Vitor, Bruno Silva, Tiago Costa (SC). Público: 5.184. Renda: R$ 53.690.
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