A uma semana do clássico, o Sporting mostrou que não está disposto a deixar o rival dormir descansado
Domingo, 11 de dezembro, 18 horas.
Anote este momento na sua agenda, porque vai valer a pena. Domingo, 11 de dezembro, às 18 horas vai discutir-se a liderança da Liga no Estádio da Luz, num dérbi que o Sporting fez o favor de tornar ainda mais dérbi: mais agitado, mais entusiasmado e sobretudo mais coberto de rivalidade.
No fundo é isso que de mais essencial fica do triunfo do Sporting sobre o V. Setúbal, que os leões estão a dois pontos da liderança e com o primeiro lugar à vista de um triunfo.
É isso que fica de mais essencial deste triunfo, mas não é a única coisa que fica. Fica também, por exemplo, o demasiado óbvio bom momento leonino: a equipa está na melhor fase da época, e ponto.
Sobretudo na primeira parte, a enxurrada de futebol foi impressionante.
Basta dizer que durante todo o primeiro tempo, o V. Setúbal não fez um único remate à baliza. Não se aproximou, aliás, com perigo da baliza de Rui Patrício por uma vez que fosse.
O Sporting, por outro lado, subiu os laterais, fez os extremos jogar várias vezes por dentro, asfixiou o adversário, encontrou linhas de passe e criou várias ocasiões de perigo.
Lapidar, portanto.
Fez dois golos e podia ter feito bem mais. Fez aliás mais um, através de Bas Dost, mas foi anulado pelo árbitro e bem anulado: o holandês apoia o braço sobre Fábio Cardoso. Já na segunda parte, diga-se desde já, foi anulado outro golo a Coates, e neste caso mal. O central não comete falta sobre o guarda-redes Bruno Varela, sendo o contacto posterior ao cabeceamento. Mal aqui Rui Costa.
Voltando ao jogo, porém, interessa dizer que logo aos vinte segundo o Sporting teve uma soberana ocasião de golo para marcar, mas Bas Dost (outra vez ele) falhou na cara do guarda-redes.
A exuberância ofensiva leonina começou cedo, portanto, e durou muito tempo.
Durou toda a primeira parte.
Pelo meio fez dois golos, ambos na sequência de bolas paradas. Primeiro num canto à maneira curta que William Carvalho encostou de cabeça ao primeiro poste, o segundo num livre, de ângulo complicado, lindo, lindo, lindo de Bruno César.
É obrigatório falar, porém, do que fez Adrien Silva à passagem da meia hora: pegou na bola fora da área e atirou com a força e a colocação certas para o que seria um enorme golo. Seria. Não o foi porque Bruno Varela voou a desviar a bola com a ponta dos dedos. Que grande momento...
Por aqui também já se percebe como o jogo valeu a pena. Valeu muito a pena.
Na segunda parte, aliás, o V. Setúbal saiu da toca e estendeu-se no relvado, o que trouxe também mais animação. Quase marcou à passagem da hora de jogo, mas Patrício defendeu o cabeceamento de Vasco Costa. Manteve a vantagem de dois golos e evitou nervosismos desnecessários.
O Sporting, por outro lado, fez o tal golo mal anulado e ficou perto de marcar num remate de Bas Dost e numa descida perigosa de Markovic.
Não foi por falta de ocasiões que o resultado não engordou, portanto.
Não engordou, é verdade, mas também não precisou de engordar. O que aconteceu chegou para motivar as bancadas de Alvalade, que se fartaram de fazer a festa, de sorriso aberto e alma cheia. O Sporting está bem e recomenda-se, está entusiasmado e com isso promete inflamar o dérbi.
Domingo, 11 de dezembro, 18 horas. Não se esqueça.
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