quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Benfica: AG da SAD aprova contas com 20 milhões de lucro


Período entre julho de 2015 e junho de 2016


A Assembleia-Geral da SAD do Benfica aprovou na noite desta quarta-feira as contas relativas à época desportiva de 2015/16.

O exercício foi encerrado com um lucro de 20,396 milhões de euros em termos consolidados. Em análise esteve o período entre julho de 2015 e junho de 2016.

Na reunião magna foram ainda aprovados outros temas: a apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade, a declaração sobre a política de remunerações dos membros dos órgãos de administração e fiscalização e a eleição dos membros dos órgãos sociais para o quadriénio 2016/2020.
Domingos Soares de Oliveira, administrador executivo da SAD, sublinhou outro dado: pela primeira vez, a SAD ultrapassou os 200 milhões em receitas.

«Os resultados estão em linha com os dos três últimos exercícios, com resultados e capitais próprios positivos, crescimento das receitas e forte impacto das receitas de televisão»

Sporting: primeiro trimestre foi o «melhor de sempre»


SAD apresentou quase 63 milhões de euros de lucro entre julho e setembro de 2016


O Sporting apresentou um lucro de 62,932 milhões de euros no relatório e contas que a SAD enviou esta quarta-feira para a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) relativo ao primeiro trimestre da presente temporada, que engloba o período de 1 de julho a 30 de setembro de 2016, resultado que o clube classifica como o «melhor de sempre» desde que foi constituída a SAD leonina.
Numa comparação com o período homólogo da temporada anterior, em que a SAD registou um lucro de 74 mil euros, a diferença é de facto abismal. Uma diferença que se explica pelo aumento dos proveitos operacionais (12,017 milhões de euros), pela participação na Liga dos Campeões (8,219 milhões de euros), aumento das receitas televisivas (2,436 milhões de euros) e aumento das receitas relacionadas com a bilheteira (mais 737 mil euros do que temporada anterior).
Jogadores: 75 milhões em vendas, 59,6 em mais-valias
Acima de todas estas receitas estão as vendas de jogadores - com João Mário (40ME) e Slimani (30ME) à cabeça - que renderam um total superior a 75 milhões de euros e mais-valias de 59,640 milhões de euros. A diferença entre estes dois valores (receitas/mais-valias) explica-se pelos custos envolvidos nas transações, bem como as percentagem de direitos económicos detidas por entidades terceiras (cerca de 15 milhões de euros).
João Mário, por exemplo, foi vendido ao Inter Milão por 40 milhões de euros, mas a esta receita é preciso descontar quase 9 milhões de despesas associadas à transação. Islam Slimani, vendido ao Leicester por 30 milhões, também teve custos avaliados em 4 milhões. Em menor escala, neste capítulo de vendas, também está contabilizada a saída de Naldo para o Krasnodar por 4,5 mihões de euros.
No total, a venda de jogadores proporcionou uma receita próxima dos 60 milhões de euros (59,563ME), bem superior ao período homólogo de 2015 em que as receitas proporcionadas pelas vendas de Naby Sarr, Ramy Rabbia, Shikabala e Diego Rubio não chegaram ao 1,5 milhões de euros (1,437ME).
Na rúbrica «outros ativos correntes» também se nota uma subida assinalável dos 5,4 milhões de euros para os 22,5 milhões de euros. Boa parte desta subida explica-se pelas receitas proporcionadas pelas competições europeias (17,1ME), mas aqui também está contabilizada, no capítulo de «mecanismo de solidariedade», a mais-valia de 1,125ME pagos pelo FC Porto pela transferência de João Moutinho para o Monaco em junho de 2013.
O relatório também diz que a SAD leonina continua com o seu «fundo de maneio» negativo, mas com menor peso. Segundo os números apresentados, o fundo de maneio era no final de setembro de 2016 de 20,4 milhões de euros negativos, enquanto há dois anos, em setembro de 2014 era de 79,3 milhões negativos.

Onze perguntas a Nuno Espírito Santo



Geraldinos e Arquibaldos XXIII


Bom dia, caro Nuno Espírito Santo.
Considerando que de há uns tempos a esta parte as raríssimas entrevistas de responsáveis do FC Porto são concedidas apenas a órgãos oficiais do clube, venho por este meio solicitar-lhe resposta a onze perguntas.
Esta espécie de entrevista por correspondência funciona nestes moldes: as perguntas são apresentadas aqui publicamente e o Nuno responde quando e se puder via e-mail (para este endereço: smp.externo@mediacapital.pt).
Caso contrário, pode considerar este exercício como um mero artigo de opinião.
1 – Em janeiro deste ano, quando Lopetegui foi demitido, o Nuno já era um treinador sem clube. Foi convidado para assumir o comando técnico do FC Porto nessa altura e recusou ou foi preterido por José Peseiro, apontado então como primeira escolha?
R: _________________  
2 – Segundo consta, a demissão de Antero Henrique de administrador da SAD (seis meses após ter sido nomeado) e de diretor-geral para o futebol tem, em boa medida, que ver com a sua escolha para técnico principal, em detrimento de Marco Silva. Dado que não houve qualquer explicação até ao momento por parte da estrutura, pode esclarecer-nos sobre esta versão?
R: __________________________________________________________________________
3 - Falemos então de contratações: no início da época, dispensou, entre outros avançados, Vincent Aboubakar e Alberto Bueno. Em contrapartida, resgatou Adrián López e terá pedido Laurent Depoitre (que veio do Gent por cerca de 6 milhões de euros), que raramente são opção. Além destes, o médio João Carlos Teixeira terá sido a primeira contratação feita a seu pedido, mas até ontem não tinha feito qualquer minuto num jogo oficial. Pode explicar estas opções?
R: __________________________________________________________________________
4 – Apesar da qualidade inegável de talentos como André Silva, Diogo Jota e Otávio, por exemplo, acha que a responsabilidade de resolver os problemas de eficácia do FC Porto cabe a três jogadores sub-21 que no início da época passada atuavam respetivamente na equipa B, no Paços de Ferreira e no V. Guimarães?
R: __________________________________________________________________________
5 – Falando do jogo do FC Porto: apesar de defensivamente e em termos de atitude a equipa dar boa resposta, ofensivamente há problemas notórios: a equipa joga com tração atrás, prescinde da iniciativa de jogo em largos períodos, não joga pelos flancos, abusa do jogo interior no último terço do terreno, por vezes sem grande critério, e sente a falta de um goleador na área que materialize as oportunidades criadas. Discorda deste diagnóstico?
R: __________________________________________________________________________
6 – Tendo em conta a previsibilidade no ataque do FC Porto, acha lógico prescindir de Brahimi, o principal desequilibrador da equipa? Essa decisão é técnica ou disciplinar?
R: __________________________________________________________________________
7 – Na sequência da sua menção à «euforia dos adeptos»; após o empate em Setúbal, a 29 de outubro, afirmou que a equipa continuava a crescer. No último sábado, após o empate com o Belenenses, disse que a equipa está em crescimento e acredita no processo, apesar de entretanto o FC Porto ter ficado a sete pontos do líder na Liga, estar eliminado da Taça e ter deixado para o último jogo o apuramento num grupo aparentemente acessível da Liga dos Campeões. Em que aspetos a equipa cresceu neste último mês?
R: __________________________________________________________________________
8 – Através dos seus canais de comunicação, quase em exclusivo dessa forma, o FC Porto reclama esta época ter sido prejudicado em 12 grandes penalidades. No entanto, no seu discurso, o Nuno tem desvalorizado este assunto. Existe dissonância? Evita falar sobre o tema para não comprometer a sua imagem?
R: __________________________________________________________________________
9 – Desde o erro cometido no clássico Héctor Herrera deixou de ser opção (até ontem). Esta relação entre o erro e a penalização imediata não terá um efeito negativo na confiança dos jogadores?
R: __________________________________________________________________________
10 – Considerando que é preciso reforçar a equipa em posições-chave, está o FC Porto em condições de lhe oferecer reforços de qualidade no mercado de inverno, atendendo a que a SAD acaba de apresentar um prejuízo de 58,4 milhões de euros e está em risco de incumprimento das regras do fair-play financeiro da UEFA?
R: __________________________________________________________________________
11 - Considera que o seu destino está ligado ao da administração da SAD? Ou seja, se for a quarta escolha seguida falhada como técnico, entende que será mais uma vítima das circunstâncias e que a sua demissão implica que os responsáveis pelo FC Porto coloquem o próprio lugar à disposição?
R: __________________________________________________________________________
Agradeço-lhe, desde já, a eventual disponibilidade e os possíveis esclarecimentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário