Um banho de bola no primeiro tempo, um balde de água fria no segundo. Assim se resume a noite do Benfica em Istambul. Os encarnados tiveram tudo na mão para sair com a primeira vitória em solo turco, acabaram com uma marca inédita, e negativa, na História do clube.
A tarde/noite da Liga dos Campeões acabou ainda a coroar outro feito inaudito: pela primeira vez há um jogador no futebol europeu a chegar aos 100 golos em provas internacionais de clubes: Lionel Messi, esse mesmo, que também se aproxima vertiginosamente das marcas de Cristiano Ronaldo.
Primeiro o Benfica, porém. O clube da Luz começou o dia a poder chegar aos oitavos de final da prova. A meio do caminho tinha tudo feito: vencia por 3-0 o Besiktas, em Istambul. Na altura, parecia impensável que a vitória fugisse. Mas fugiu mesmo. Algo parecido, em toda a História do emblema da águia, aconteceu há 70 anos pela última vez.
Esta foi a terceira ocasião de sempre que uma equipa do Benfica chegou a uma vantagem de 3-0 e não ganhou o jogo. Do mal o menos, desta vez não o perdeu. Isso aconteceu em 1938/39, na quarta jornada, frente ao Belenenses.
O Benfica vencia por 3-0 aos 19 minutos, ao intervalo por 3-2. Perderia por 4-3. Ora, sete anos depois disso, em 1946, sucedeu o mesmo: vencia o Sporting por 3-0, chegou ao descanso com 3-2, acabou derrotado por 4-3.
Em Istambul, porém, aconteceu o que nunca tinha acontecido: chegar ao intervalo a vencer 3-0 e não ganhar a partida. A formação de Rui Vitória entra, desta feita, no historial encarnado de forma negativa.
O acontecimento é inédito nos registos da Luz e raro na Champions: é apenas a sexta vez que uma equipa consegue somar pontos depois de estar a perder 3-0.
Para isso contribuiu Ricardo Quaresma. Foi o quinto golo do extremo português ao Benfica, o 10º na Liga dos Campeões. O penálti transformado faz de Quaresma o 9º melhor português na Taça/Liga dos Campeões Europeus: passou Nani, que tem nove golos, está a um de Mário Coluna. Tirando Cristiano Ronaldo, é o português em ativo com mais golos na prova.
A noite foi de vários recordes: por exemplo, Antoine Griezmann tornou-se no melhor marcador de sempre do At. Madrid na Taça/Liga dos Campeões Europeus, ao lado de um monstro do clube como foi Luis Aragonés. A marca do clube está em 12 golos.
No entanto, quando se fala de recordes em noites de Champions, há dois nomes que normalmente sobressaem: Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Foi a vez do argentino, agora.
O camisola 10 do Barça chegou aos 92 golos na Liga dos Campeões e está a apenas três dos 95 de Cristiano Ronaldo. Para além disso, leva já nove golos na fase de grupos: o recorde do português é de 11, diga-se.
Messi foi ainda mais longe com o bis ao Celtic, em Glasgow. Apontou o golo 500 com a camisola do Barcelona, mas aqui a contar com particulares.
Tornou-se, ainda assim, no primeiro jogador da história da Europa a chegar aos cem golos por um clube da UEFA em provas internacionais: tem 92 na Liga dos Campeões, três na Supertaça Europeia e cinco no Mundial de Clubes. Cristiano Ronaldo tem 98 nas provas da UEFA e é ainda o melhor marcador em competições que se refiram apenas e só ao Velho Continente. Mas Messi está cada vez mais perto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário