Com atividades paralisadas desde a última terça-feira, clima dos bastidores do Timbu é de apreensão pela continuidade das competições e das receitas
Uma semana após a paralisação das atividades relacionadas ao futebol no Náutico, o clube alvirrubro vive - como tantos outros clubes - momentos de incerteza para a continuidade da temporada 2020. Com o avanço da pandemia causada pelo coronavírus no Brasil, as competições em que o Timbu está envolvido foram suspensas por tempo indeterminado. Dessa forma, as estruturas do clube como o CT Wilson Campos e o estádio dos Aflitos, que estava passando por reforma para consertar coluna danificada por um caminhão, estão praticamente sem atividades.
Outro ponto que vem preocupando é a preparação física. Sem prazo para retornar aos gramados, os jogadores do Náutico receberam uma cartilha elaborada pelo preparador Walter Grassman de modo a minimizar os prejuízos no condicionamento dos atletas quando ocorrer o retorno das competições.
Outra importante medida adotada foi a disponibilização que a diretoria do Timbu fez do CT Wilson Campos para o governo do Estado, caso haja a necessidade de ampliar a rede de atendimento a pacientes acometidos pela Covid-19. Localizado no bairro da Guabiraba, as instalações do empreendimento contam com leitos, sala de médicos e restaurante. Pioneiro, o Náutico foi seguido por Santa Cruz, Sport e Retrô, que também colocaram suas estruturas à disposição da Secretaria Estadual de Saúde.
Para colocar o torcedor a par do que está acontecendo no clube da Rosa e Silva durante este período de isolamento, a reportagem do Diario de Pernambuco traçou um panorama do que foi feito na última semana e quais as atitudes que o Alvirrubro vem tomando, tendo em vista que ainda não há estimativa de quando a temporada 2020 será reiniciada.
Início das restrições
O jogo do Náutico contra o Fortaleza, no dia 14 de março, quando o Timbu saiu derrotado de campo por 3 a 0, foi a última partida de futebol realizada com público no Estado antes da interrupção das competições. No dia 16, quando os atletas se reapresentaram, foi montado um esquema de prevenção do contágio, quando apenas um profissional de imprensa de cada veículo poderia entrar no CT Wilson Campos, além da suspensão de entrevistas coletivas.
No dia seguinte, o clube acabou suspendendo suas atividades com o futebol, recomendando que os atletas ficassem em casa. O prazo inicial era até domingo passado, mas foi renovado por mais uma semana devido à continuação da crise da Covid-19.
Futebol
Com os atletas em quarentena nas suas casas desde terça-feira, apenas os lesionados têm ido ao Centro de Treinamento Wilson Campos, em horários alternados de modo a minimizar a possibilidade de contágio, para dar continuidade aos seus tratamentos.
Negociações
No mercado em busca de reposição para o ataque após as lesões no joelho de Álvaro e Matheus Carvalho, o Náutico segue procurando opções, porém, de acordo com o presidente Edno Melo, os possíveis nomes para compor o elenco alvirrubro têm sido analisados com calma e a paralisação das competições pode atrapalhar, pois o clube aguarda o encerramento de mercados de outros estaduais, como o Paulista e o Mineiro.
Contas
Sem as rendas dos jogos e o consumo nos bares do clube, o Náutico tem se apegado fortemente a conscientização dos sócios sobre a sua importância para que o clube equacione as contas. Com uma folha salarial que gira em torno de R$ 600 mil mensais, o presidente do clube, Edno Melo, salientou em entrevista à reportagem do Diario de Pernambuco, que o pagamento das mensalidades em dia será fundamental para o futuro da temporada 2020.
"Vamos tentar conscientizar o sócio da importância que eles têm para ajudar nesse momento de dificuldade. É um problema muito sério a nível mundial e que não irá afetar só o Náutico. O que vamos tentar fazer é que eles continuem pagando as mensalidades em dia para auxiliar a fechar as contas do clube", apontou.
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