RESUMO DA BIOGRAFIA DE EUSÉBIO
OcupaçãoFutebolista português
Data do Nascimento25/01/1942
Data da Morte05/01/2014 (aos 71 anos)
Eusébio (1942-2014) foi um futebolista português, um dos maiores jogadores da história de Portugal e um dos grandes nomes do futebol mundial.
Eusébio da Silva Ferreira (1942-2014) conhecido como Eusébio, nasceu em Maputo, Moçambique, na época colônia portuguesa na África, no dia 25 de janeiro de 1942. Filho de angolano que trabalhava na construção de estradas jogava no Sporting Lourenço Marques (57-60). Com 16 anos, mal iniciado na carreira, de tão habilidoso, seus colegas o apelidaram de Pelé, que naquele ano encantou o mundo.
Em 1960, foi para Lisboa defender o Benfica e em maio de 1961 estreou oficialmente em um jogo contra o Vitória de Setúbal pela Taça de Portugal, mas marca um único gol e o Benfica perde por 4 a 1. Nesse mesmo ano, estreou no campeonato nacional, marcou um gol contra o Belenense, levando o Benfica a vencer por 4 a 0, sagrando-se campeão, conquistado a Taça dos Campeões Europeus (Atual Liga dos Campeões). Ainda em 1961, estreou na seleção Portuguesa num jogo contra o Luxemburgo, quando marcou um gol, mas o time perdeu de 4 a 2.
Em 1962, o Benfica conquistou sua segunda Taça dos Campeões Europeus ao derrotar o Real Madrid por 5 a 3, na final em Amsterdam, sendo o autor de dois gols. Em 1963, na final da Taça dos Campeões Europeus, em Wembley, o Benfica é derrotado pelo Milan por 2 a 1. Eusébio foi o autor do único gol. Foi o maior artilheiro em 65, 66 e 68. Em 1965 recebe a Bola de Ouro como o melhor jogador europeu daquele ano.
Em 1966, na Copa do Mundo na Inglaterra, Eusébio torna-se uma estrela mundial ao fazer nove gols e levar Portugal ao terceiro lugar. Fez dois gols na vitória contra o Brasil, por 3 a 1, na primeira fase (num jogo em que Pelé foi cruelmente marcado). Nas quartas de final, Eusébio, atacante destro, rápido e forte, teve uma atuação brilhante. A Coréia do Norte vencia por 3 a 0, mas com quatro gols de Eusébio, Portugal virou o jogo para 5 a 3. Foi o maior marcador da competição, recebendo a Bola de Ouro. Eusébio era chamado de: “Pantera Negra”, “Pérola Negra” e “King”. Com a camisa da seleção, completou 64 partidas, com um total de 41 gols.
No dia 29 de março de 1975, Eusébio faz o seu último jogo com a camisa do Benfica, jogando no Estádio da Luz contra o Oriental a partida terminou 0 a 0. Eusébio foi o maior goleador da história do Benfica, com 727 gols em 715 partidas. Ganhou 11 campeonatos Nacionais. Com a seleção portuguesa foram 64 jogos com 41 gols marcados.
Em 1976, jogando nos Estados Unidos, Eusébio sagrou-se campeão pelo Toronto Metros Croatia, com dois gols na final contra os Seattle Sounders. Jogou ainda no Boston Minutemen, no Las Vegas Quicksilver, no New Jersey Americans e no Buffalo Stallions. Em 1977, de volta a Portugal, jogou no Beira Mar e no União de Tomar.
Eusébio faleceu em Lisboa, Portugal, de parada cardíaca, no dia 5 de janeiro de 2014.
Benfica
A 15 de dezembro de 1960 chegou a Lisboa. Eusébio jogava na filial leonina de Lourenço Marques quando um funcionário do Benfica tratou da sua transferência para as águias. Colocou o Eusébio num avião sob um nome falso (Ruth Malosso - que pertence a uma cidadã portuguesa) e avisou os leões de que o jogador tinha partido para Lisboa de barco. Na capital, Eusébio era esperado por dirigentes da equipa da Luz e alguns jornalistas.
O Sporting Clube de Portugal não desistiu e voltou à carga, duplicando a oferta do Benfica, que acabou por pagar à mãe de Eusébio, Elisa Anissabene, 250 contos (250 milhares de escudos) pela transferência. Os encarnados esconderam o rapaz de 18 anos numa unidade hoteleira em Lagos, Algarve, evitando que ele fosse comprado pelo Sporting, e assim seguraram o reforço.
Menos de uma semana passou e Eusébio regressou à capital e já era jogador do Benfica.
Estreou-se no Estádio da Luz a 23 de maio de 1961, numa partida amigável contra o Atlético em que marcou três dos quatro golos do Benfica. As peripécias que se sucederam desde a sua chegada atrasaram a assinatura do contrato, o que iria impedir de estar presente em Berna, na noite do primeiro triunfo europeu do Benfica. A sua fama internacional vem do jogo da segunda final europeia do Benfica em 1962, contra o Real Madrid. Não só marcou dois golos como fez uma exibição de luxo com as características que o iriam tornar famoso: a velocidade estonteante e o remate fortíssimo.
A France Football considera-o o segundo melhor jogador do mundo, em 1962. Os convites para jogar no estrangeiro obviamente surgiram. A Juventus oferece-lhe 16000 contos, em 1964, numa altura em que ganhava 300 contos no Benfica. A tentação era tão grande que o governo de então o envia para a tropa, não permitindo que se venda um tesouro nacional deste tamanho. O Benfica acabaria por lhe aumentar o salário para 4000 contos. No mundial de 1966 em Inglaterra, torna-se definitivamente uma estrela mundial, um digno rival de Pelé. O epíteto de "Pantera Negra" vai correr o mundo. A facilidade em marcar golos torna-o no melhor marcador do mundial com nove golos, ajudando a levar Portugal ao terceiro lugar. Após o mundial, os italianos fazem uma nova oferta a Eusébio: 90000 contos. Quando parecia que desta vez nem o governo poderia impedi-lo de aceitar, surge a notícia de que os clubes italianos deixam de poder contratar jogadores estrangeiros.
Em tempos em que disputar constantemente a Taça dos Campeões Europeus (atual Liga dos Campeões) não era mesmo aos clubes mais fortes algo comum, uma vez que somente campeões nacionais e o campeão europeu vigente participavam da competição, Eusébio conseguiu: com ele em campo, o Benfica obteve 13 dos 17 campeonatos portugueses disputados e estiveram nove vezes na década de 1960 na principal competição clubística do continente. Foram dois títulos, dois vice-campeonatos, duas eliminações nas quartas-de-final e duas na segunda fase. Entre 1961 e 1965, estiveram em quatro de cinco finais. Nenhum outro clube europeu teve retrospecto desse nível no dito período,[8] no qual o Benfica também marcou gols por quarenta e sete jogos seguidos (de dezembro de 1963 a janeiro de 1965), recorde mundial só quebrado em 2017, pelo Real Madrid.[9] Em tempos em que a competição continental se consolidava, a seguida presença de Eusébio despertava respeito que poderia alçá-lo a maior jogador africano e europeu da década. Quando faleceu, Real Madrid e Manchester United, adversários contumazes de Eusébio, estiveram entre os clubes que o homenagearam, celebrando um oponente temido por anos.[8]
A carreira de Eusébio foi recheada de lesões, tendo sido operado 6 vezes ao joelho esquerdo e 1 vez ao direito. Nunca deixou de jogar, mesmo em condições dolorosas, até porque sabia que o Benfica dependia muito dele e que os espetadores não aceitariam bem a sua ausência. Realizaram-lhe uma festa de despedida, em Setembro de 1973, mas continuou ainda a jogar até 1979.
A sua última partida com a camisola do Benfica foi no dia 18 de junho de 1975, frente à Raja Casablanca, em Casablanca.
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