Clube teve ano turbulento na política, administração investigada pela polícia e péssima gestão; crise respingou no elenco e culminou com queda à Série B
1
Investigações policiais
Jair Amaral/EM/D.A Press
Em maio, a Rede Globo revelou que o clube deu direitos econômicos de jogadores, entre eles uma criança de 12 anos, em garantia de empréstimo, o que fere as regras da Fifa. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar também denúncias de falsificação de documento, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A diretoria negou as irregularidades, mas segue respondendo por isso.
2
Descontrole financeiro
Tulio Santos/EM/D.A Press. Brasil
Desde o início da atual gestão de Wagner Pires de Sá, em janeiro de 2018, os gastos se multiplicaram no clube. Não bastassem renovações de alguns veteranos por valores questionáveis, houve aumento de salário de dirigentes, cujos contratos previam multas rescisórias milionárias. Além disso, há denúncias de notas frias e pagamentos de comissões a empresários por negócios que estavam previamente acertados ou que foram fechados por outros intermediários.
3
Falta de comando e compra de apoio
Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
O presidente Wagner Pires de Sá deu plenos poderes a Itair Machado para gerir o futebol. O ex-presidente do Ipatinga é acusado de ter feito negócios prejudiciais ao clube, beneficiando empresários e atletas com quem tinha bom relacionamento. Pires de Sá ainda colocou Sérgio Nonato, sem experiência para o cargo, como diretor-geral. Também foram criadas inúmeras diretorias nos clubes sociais e muitos conselheiros ganharam cargos, supostamente em troca de apoio político.
O presidente Wagner Pires de Sá deu plenos poderes a Itair Machado para gerir o futebol. O ex-presidente do Ipatinga é acusado de ter feito negócios prejudiciais ao clube, beneficiando empresários e atletas com quem tinha bom relacionamento. Pires de Sá ainda colocou Sérgio Nonato, sem experiência para o cargo, como diretor-geral. Também foram criadas inúmeras diretorias nos clubes sociais e muitos conselheiros ganharam cargos, supostamente em troca de apoio político.
4
Troca de treinadores
Gladyston Rodrigues/EM/D.A Pres
Reconhecido como clube que costuma dar estabilidade aos técnicos, o Cruzeiro teve nada menos que quatro treinadores só no segundo semestre de 2019. A saída de Mano Menezes em agosto, depois de três anos no clube, desestabilizou o trabalho que já era questionável. Rogério Ceni, Abel Braga e Adilson Batista não deram conta de fazer o time voltar a obter os resultados desejados.
5
Falta de reposição
Paulo Galvão/EM/D. A Press
Comissão técnica e, principalmente, diretoria erraram ao não repor a saída de peças importantes. A partir de abril, o clube viu o êxodo de atletas como o zagueiro Murilo, os volantes Lucas Romero e Lucas Silva, o armador Rafinha e o atacante Raniel. Eles podiam não ser titulares absolutos, mas fizeram falta. As chegadas foram mais modestas, como a de Ezequiel e a reintegração de Joel, ambos atacantes.
6
Contratações que não renderam
Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press
O clube investiu em jogadores que, por diversos motivos, não renderam como desejado. É o caso do armador Rodriguinho, que se destacou no primeiro semestre, mas não conseguiu mais jogar em função de hérnia de disco. Os problemas físicos também prejudicaram o atacante Pedro Rocha. Já o lateral-esquerdo Dodô e o volante Jádson não conseguiram se firmar, apesar de a concorrência não ser tão grande.
7
Medalhões sem brilho e dando as cartas
Vinnicius Silva/Cruzeiro
A diretoria sabia que a média de idade da equipe titular era alta, mas pouco fez para mudar o panorama. Assim, jogadores como o zagueiro Dedé, os laterais Edilson e Egídio, os armadores Thiago Neves e Robinho e o atacante Fred foram caindo de rendimento ao longo da temporada, até terminarem muito criticados ou na reserva. Esses também foram apontados como os principais responsáveis pela queda de Rogério Ceni. Também influenciaram na chegada de Abel Braga quando Itair ainda estava à frente do futebol. Thiago Neves ainda se envolveu em várias polêmicas e acabou afastado do grupo pelo gestor do futebol Zezé Perrella depois de ser visto em show enquanto se recuperava de lesão.
8
Jovens só entraram na fogueira
Ramon Lisboa/EM/D.A Press
Desde que Mano Menezes era o técnico, atletas da base tinham pouco prestígio no Cruzeiro. Assim, muitos preferiram deixar o clube, como o Alisson, atualmente no Grêmio. Os que ficaram só ganharam espaço por necessidade, casos do volante Éderson e do zagueiro Cacá. Ambos deram conta do recado e se salvaram no meio de uma temporada péssima, mas correram risco de serem queimados
9
Inoperância ofensiva
Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press
O ataque celeste se mostrou muito fraco neste segundo semestre. Assim, não conseguiu impedir as eliminações na Copa do Brasil e Copa Libertadores, além de ter passado todo o Campeonato Brasileiro como dos menos eficientes. Para isso contribuiu a má fase dos armadores. Juntos, Thiago Neves, Robinho, Marquinhos Gabriel, David, Fred, Sassá, Pedro Rocha, Ezequiel e Joel foram responsáveis por um fiasco.
10
Mau mandante
Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press
Conhecido pela força histórica no Mineirão, o Cruzeiro não meteu medo em ninguém neste Brasileiro, tendo um dos piores aproveitamentos da competição como mandante. Quando foi para o Independência deu vexame, tendo sido goleado pelo Grêmio por 4 a 1, por exemplo. Não foi por falta de apoio da torcida, que nunca abandonou a equipe, sendo responsável por uma das melhores
médias de público da competição.
Conhecido pela força histórica no Mineirão, o Cruzeiro não meteu medo em ninguém neste Brasileiro, tendo um dos piores aproveitamentos da competição como mandante. Quando foi para o Independência deu vexame, tendo sido goleado pelo Grêmio por 4 a 1, por exemplo. Não foi por falta de apoio da torcida, que nunca abandonou a equipe, sendo responsável por uma das melhores
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