O Sporting subiu este domingo ao terceiro lugar da classificação da Liga, ao vencer o Portimonense, penúltimo classificado, por 2-1.
Numa partida que mais uma vez pôs a nu a instabilidade que o clube vive, os homens de Silas saíram vivos do tapete de Alvalade graças à classe de Mathieu e a um autogolo de Jadson já na segunda parte.
Jackson e Mathieu pintaram com classe uma primeira parte muito pobre
Para uma equipa que tinha três derrotas consecutivas e que não vencia há oito jogos, uma viagem a Alvalade afigurar-se-ia como uma das deslocações mais difíceis para inverter este ciclo, correto?
Errado.
Este Portimonense chegava à partida desta tarde pressionadíssimo pelos últimos resultados, fruto dos tais oito jogos sem conhecer o sabor da vitória e do penúltimo lugar na classificação, mas rapidamente começou a libertar-se da pressão.
Para isso muito contribuiu o ambiente de Alvalade, que aqui e ali é mais nocivo do que benéfico para a própria equipa. Os protestos contra Frederico Varandas arrastaram-se de fora para dentro do estádio e aquilo que se viveu no primeiro tempo foi, no mínimo, uma atmosfera estranha.
De um lado os cânticos contra o presidente do Sporting, do outro os assobios. A bancada de Alvalade espelhava o clima que se vive atualmente no clube e não ajudava os jogadores a libertarem-se dos fantasmas que as derrotas importantes frente a Sp. Braga, Benfica e FC Porto deixaram no balneário verde e branco.
Aproveitou o Portimonense, como já dissemos, que teve uma primeira parte relativamente tranquila. Com um meio-campo forte tecnicamente – Bruno Costa esteve em evidência – os algarvios conseguiram, a espaços, ter bola, e afastar o adversário da sua área.
Num primeiro tempo parco em situações de golo, até aí o registo foi de equilíbrio. Battaglia ameaçou logo aos três minutos, Gonda defendeu para canto. Jackson marcou para o Portimonense aos 26 minutos, num golo cheio de qualidade, Mathieu respondeu aos 32 ainda com mais classe. Pelo meio, Boa Morte esteve perto do 2-0 para a formação visitante, mas Max negou.
Conta-se assim a história dos primeiros 45 minutos, que, seja feita justiça, não deixava muita água na boca para a etapa complementar.
Vietto no meio, o segredo bem guardado de Silas
Silas abdicou do sistema de três centrais ao intervalo, fazendo entrar Jovane para o lugar de Neto. O Sporting melhorou, sim, mas não melhorou muito. Ainda assim, dessa alteração surgiu uma boa notícia: a mudança de Vietto para o meio.
O argentino deslocou-se da esquerda para as costas de Sporar e os leões cresceram no jogo. O próprio Vietto ameaçou três vezes o golo, mas em nenhuma delas conseguiu concretizar com sucesso.
Até que Acuña, sempre dos mais insatisfeitos, foi ao lado direito para desenhar o 2-1, quando fez o cruzamento perfeito que originou o autogolo de Jadson.
O golo deu um maior oxigénio ao Sporting, as bancadas de Alvalade empolgaram-se pela primeira vez e o resultado não mais esteve em discussão até ao fim do jogo. Plata entrou e acrescentou muita irreverência na frente, com bons pormenores técnicos, e os homens de Silas tiveram várias oportunidades para ampliar o resultado, com destaque para Wendel, que atirou ao poste.
O Portimonense, apesar de um primeiro tempo competente, não conseguiu aproveitar a instabilidade leonina e continua afundado no penúltimo lugar da classificação. São já quatro derrotas nos últimos quatro jogos.
Por fim, um Sporting de serviços mínimos saiu vivo de Alvalade e novamente no terceiro lugar, fruto dos deslizes de Sp. Braga e Famalicão
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