Saúde ficou bastante debilitada após sofrer um AVC em 2016 e sofreu falência múltipla de órgãos após passar mal; além do Verdão, Valdir também esteve na Seleção Brasileira
Em seus vitoriosos 105 anos de história, a Sociedade Esportiva Palmeiras teve vários jogadores que permaneceram na lembrança por incontáveis gerações. E, quando se trata de goleiros, os nomes são vários. De Marcos a Oberdan Cattani, jovens e idosos se unem nas mais maravilhosas recordações. Na noite deste sábado (11), um dos mais lendários nomes do Alviverde imponente deixa a existência humana para virar um fantástico personagem à beira do mito. Aos 88 anos, o ex-goleiro Valdir Joaquim de Morais morreu aos 88 anos, na cidade de Porto Alegre/RS.
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Valdir Joaquim de Morais passou mal na madrugada da última terça-feira (7) e foi internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre/RS. Até esta noite, lutou pela vida, mas a saúde debilitada dificultou o processo de recuperação. Em 2016, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e teve seu quadro bem debilitado. No ano seguinte, fraturou o fêmur e passou a viver em uma cama. A morte neste fim de semana se tornou o fim de uma agonia para o próprio ex-goleiro e para os mais próximos.
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Valdir iniciou sua carreira no Renner em 1947 e permaneceu em Porto Alegre/RS até 1958, quando conquistou o Campeonato Gaúcho. Após muitos títulos no futebol gaúcho, veio sua transferência ao Palmeiras. Passou uma década – 1958 a 1968 – e vestiu a camisa verde em 480 jogos. Goleiro completo, tinha como principais características a impulsão, reflexividade, boa colocação, reflexo apurado, boa reposição de bola e coragem para sair da meta. No Verdão, conquistou sete troféus: Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967, a Taça Brasil em 1960 e 1967, o Torneio Rio-São Paulo em 1965 e o Campeonato Paulista de 1959, 1963 e 1966. Em 480 jogos, conquistou 291 vitórias, 93 empates e 96 derrotas.
“O Valdir foi um dos maiores goleiros que eu vi jogar. Ele não fazia festa, pose nas defesas, nada disso. Ele ‘apenas’ tinha uma colocação fora de série. Se o atacante não tivesse tranquilidade, perdia o gol. O Valdir tinha uma presença que espantava os adversários. Como o primeiro na carreira de preparador de goleiros, ele foi muito importante para o Palmeiras e para o futebol brasileiro. Ele passou esta escola para as demais equipes e, por isso, está marcado na história. Hoje é uma profissão. Sem contar a ‘Academia de Goleiros’ que se iniciou no Verdão. A maioria aprendeu sobre colocação, reflexo e outras habilidades com ele”, disse o ex-atacante do Palmeiras, César Maluco.
Ao deixar o Palmeiras, encerrou sua carreira de jogador no Cruzeiro de Porto Alegre, em 1969. É o terceiro goleiro com mais jogos no Verdão, atrás de Marcos (532) e Emerson Leão (620). Em seguida, fundou a categoria de preparador de goleiros no próprio Palmeiras, mas também trabalhou na Seleção Brasileira, São Paulo e Corinthians. Só deixou o Alviverde idolatrado em 2011. Ao todo, 42 títulos dentro e fora das quatro linhas, além de treinar nomes históricos do futebol brasileiro, como Emerson Leão, Gilmar, Zetti, Rogério Ceni e Marcos.
Valdir Joaquim de Moraes também foi preparador de goleiros do Corinthians no começo da década de 80, durante a inesquecível #DemocraciaCorinthiana.
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Valdir Joaquim de Moraes deixa a esposa Yvonne Carvalho de Morais (87), com quem foi casado por sete décadas. Além de dona Yvonne, existem os filhos Renato Carvalho de Morais (64) e Denise Carvalho de Morais (59), os netos Suanny Morais (37) e Danny Morais (34), zagueiro do Santa Cruz. Ainda deixa cinco bisnetos: Bernardo, Henrique, Matheus, Sofia e Thomás. O corpo será velado no Cemitério São Miguel e Almas, entre 8h30 e 16 horas deste domingo (12). Em seguida, haverá a cremação.
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